Diabetes mellitus gestacional em um hospital de la Ciudad de Buenos Aires, Argentina
incidência, tratamento e frequência de tamizaje para reclassificação luego del parto
DOI:
https://doi.org/10.31053/1853.0605.v79.n3.36734Palavras-chave:
diabetes gestacional, incidência, estudos de coortesResumo
Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) é definido como a intolerância à glicose diagnosticada durante a gravidez. Esta patologia pode estar associada a complicações maternas e feto-neonatais, tanto a curto como a longo prazo. A prevalência de DMG na Argentina (com base nos critérios diagnósticos da Associação Latino-Americana de Diabetes (ALAD) é estimada entre 7,5-10% das gestantes. As informações na Argentina sobre a incidência de DMG são escassas. O objetivo deste trabalho foi estimar a incidência de DMG, avaliar seu tratamento e a frequência de rastreamento para reclassificação pós-parto de diabetes em uma população de gestantes atendidas em um hospital privado da cidade de Buenos Aires. Materiais e métodos: coorte retrospectiva de gestantes avaliadas no Hospital Italiano de Buenos Aires, Argentina entre 2015 e 2018. Resultados: A incidência cumulativa de DMG foi de 7,6% (IC 95% 7,0-8,2). Todos os pacientes receberam orientação nutricional (plano alimentar). Do total de gestantes estudadas, 229 (39,3%) necessitaram de tratamento farmacológico; 97 (16,7%) receberam insulina e 132 metformina (22,7%). Em relação ao seguimento da patologia, entre seis semanas e um ano pós-parto, 267 mulheres (45,9%) foram submetidas ao rastreamento do diabetes para reclassificação. A frequência de triagem foi maior no grupo tratado com insulina. Dos pacientes que realizaram a triagem, 36 mulheres (13,5%) apresentavam glicemia de jejum alterada, 16 mulheres (6,0%) tinham tolerância à glicose diminuída e 3 mulheres (1,1%) foram diagnosticadas com diabetes mellitus tipo 2. Conclusão: o a incidência de DMG foi de 7,6%. Menos da metade das mulheres diagnosticadas com DMG necessitaram de tratamento farmacológico. A frequência de rastreamento de diabetes até um ano pós-parto para reclassificação foi semelhante à relatada.
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