Feminismos sob ataque: reação ou negligência?
Palavras-chave:
Reação adversa, Linguagem inclusiva, eleiçõesResumo
Na atual conjuntura argentina e após os desoladores resultados eleitorais - cujos efeitos devastadores estão sendo o pão de cada dia em termos de violência multiplicada e brutal -, há discursos sociais que circulam e funcionam com força, tanto vinculando quanto (des)articulando, questionando os feminismos e as dissidências naquilo que vêm provocando, naquilo que aparentemente não levaram em conta, naquilo que está pendente e aberto e não resolvido, ou mesmo naquilo que estão impedindo. Nesse contexto, há posições que, ao contrário de entender os ataques aos feminismos como um backlash - ou seja, como uma reação adversa por parte dos setores conservadores que historicamente se opõem a eles, um contra-ataque às suas conquistas transformadoras -, tendem a contestar as pautas feministas e sexo-dissidentes como radicais, descontextualizadas e/ou “piantavotos”. Outras leituras apontam para problemas de prioridades: reconhece-se a centralidade da legalização do aborto e, em alguns casos, também da linguagem inclusiva, mas também se aponta que, nesse contexto, há outras prioridades sociais e econômicas; em termos coloquiais, a prioridade é “parar a panela, não falar com o e”. Nesse contexto, em que as bandeiras da igualdade e da justiça social são abertamente questionadas, quais lutas e princípios você acha que devemos priorizar para fortalecer a ação coletiva e criar um presente feminista? Que tipo de liberdade estamos construindo? E, especificamente, você diria que, nesse contexto, é necessário desentranhar o destaque que a discussão sobre a linguagem inclusiva adquiriu ou, na realidade, privilegiar essa demanda representa hoje uma expressão inevitável de resistência?
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Copyright (c) 2024 Carolina Aphesteguy, Amparo Agüero Solís, Lucia Bonafe, Delia Ferro, Rocio García Garro, Natalia Monasterolo
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