Decolonialidade, género e resistência: a animalidade como ponto de encontro

Autores

  • Anahí Gabriela González Universidad Nacional de San Juan, CONICET
  • María Belén Ballardo Universidad de Buenos Aires, Facultad de Filosofía y Letras, Buenos Aires, Argentina.
  • Martina Davidson Universidade Federal do Rio de Janeiro, Núcleo de Bioética e Ética Aplicada. NUBEA-CAPES. Rio de Janeiro, Brasil.
  • Agustina Marín Universidad de Buenos Aires, Facultad de Filosofía y Letras, Buenos Aires, Argentina

Palavras-chave:

animalidade, colonialidade, teoria queer, resistência

Resumo

A colonialidade não foi apenas um processo violento e agravante das opressões no mundo globalizado, mas também a origem fundadora de novas fronteiras entre corpos e existências. A modernidade-colonialidade colocou o ideal normativo do humano (o homem cisgénero, branco, heterossexual e burguês) no centro do "que é", resultando na dominação e subordinação de diversos corpos que, dentro de algumas visões de mundo indígenas, foram marcados como diferentes ou "queer": pessoas racializadas, existências queer e outras subjectividades não-normativas. Com base na dicotomia humano/não-humano, estes "novos" corpos e existências foram organizados em hierarquias ontológico-políticas - determinando quais importam e quais não importam - através de diferentes códigos de dominação como a raça, a capacidade, a localização geopolítica, o género, a orientação sexual e a espécie, entre outros. No âmbito desta matriz de poder humanista, os corpos queer e as pessoas queer têm sido animalizados e, ao mesmo tempo, codificados como não naturais e desviantes; sendo estigmatizados por desobedecerem à ordem da heterossexualidade supostamente "natural". A partir do exposto, pretendemos apontar para a des(s)colonialidade como uma experiência e prática que reivindica e emancipa corpos, pessoas e existências não-normativos.

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Referências

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Publicado

2023-08-24

Como Citar

Decolonialidade, género e resistência: a animalidade como ponto de encontro. (2023). Polémicas Feministas, 7, 1-8. https://revistas.unc.edu.ar/index.php/polemicasfeminista/article/view/40954

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