As mulheres como "o povo". Reflexões sobre os protestos negros como contrapeso ao populismo autoritário de uma perspectiva transnacional.
Palavras-chave:
Mobilização política, Protesto Negra, Populismo, Movimentos feministas, Greve Internacional de MulheresResumo
Tomando como ponto de partida o que Chantal Mouffe chamou o "momento populista da Europa", este artigo analisa o movimento feminista polaco chamado os Protestos Negros. Embora o seu surto inicial fosse uma reacção contra um projecto de lei para restringir ainda mais as já rigorosas leis abortivas do país, rapidamente ganhou ímpeto e tornou-se uma luta popular pela democracia, tanto a nível nacional como internacional, na Europa e fora dela. Baseando-se nas teorias de Ernesto Laclau e Joan Scott, o artigo investiga como o movimento rapidamente começou a articular uma vasta gama de diferentes exigências políticas, bem como como essas exigências se espalharam pela Internet, apelando a slogans e imagens emocionalmente carregadas através das fronteiras nacionais. Nesta base, o artigo mostra, por um lado, que o movimento segue uma "lógica populista de articulação", mas também como, através de "ecos de solidariedade", inscreve a sua luta tanto em lutas feministas anteriores como em lutas feministas contemporâneas em outras partes do mundo. Estes ecos de solidariedade são, por sua vez, um elemento crucial para o actual movimento feminista transnacional, um movimento que hoje oferece um contrapeso importante às tendências existentes de populismo de direita, iliberalismo e autoritarismo de ambos os lados do Atlântico.
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