Mortalidade infantil devido à microcefalia antes do surto de zika no Brasil

Autores

  • José Edgardo Dipierri Universidad Nacional de Jujuy. Instituto de Biología de la Altura
  • Lavinia Schuler-Faccini Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Departamento de Genética. Hospital de Clínicas de Porto Alegre.Serviço de Genética Médica do; Porto Alegre. Brasil
  • Valeria Fernanda Chapur Universidad Nacional de Jujuy, Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas.Instituto de Ecoregiones Andinas. Instituto de Biología de la Altura
  • Rubén Adrián Bronberg Hospital General de Agudos Dr. José María Ramos Mejía; Buenos Aires, Argentina

DOI:

https://doi.org/10.31053/1853.0605.v76.n4.25172

Palavras-chave:

mortalidade infantil, microcefalia, Brasil

Resumo

Introdução

Apresentamos a variação temporal e espacial das mortes por microcefalia em crianças menores de um ano de idade analisadas nos níveis regional, estadual e municipal no período pré-zika no Brasil.

Materiais e métodos

Os dados sobre o nascimento e morte de crianças com microcefalia é obtido DATASUS 1996 a 2013. A taxa de mortalidade infantil por microcefalia (IMR-M) foi estimada região nível, UF (UF) e município. A tendência secular (ST) e a variação do risco de morte foram estimadas usando um modelo de regressão de Poisson. A análise estatística espacial foi realizada por um modelo de Poisson utilizando o software Satscan.

Resultados

O IMR-M mostra um ST negativo não significativo nas regiões sudeste, sul e centro-oeste do Brasil. Uma maior variação no risco de morte da IMR-M é encontrada nas regiões Norte e Nordeste. A maioria das UF nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentou um ST negativo, ao contrário do que ocorre na UF das Regiões Norte e Nordeste, que apresentou um ST positivo. Seis grupos significativos de alto risco foram encontrados: 3 no Norte-Nordeste e 3 no Sul-Sul-Oeste-Centro-Oeste.

Conclusões

As regiões Norte e Nordeste apresentaram um ST positivo para RM e um aumento do risco de morte, o que não foi observado nas demais regiões. A distribuição dos grupos de maior IMR-M e risco assemelha-se à distribuição dos casos de microcefalia e zika no período do surto.

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Biografia do Autor

  • Valeria Fernanda Chapur, Universidad Nacional de Jujuy, Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas.Instituto de Ecoregiones Andinas. Instituto de Biología de la Altura

    BECARIA DOCTORAL INECOA-CONICET

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Publicado

2019-12-03

Edição

Seção

Artículos Originales

Como Citar

1.
Dipierri JE, Schuler-Faccini L, Chapur VF, Bronberg RA. Mortalidade infantil devido à microcefalia antes do surto de zika no Brasil. Rev Fac Cien Med Univ Nac Cordoba [Internet]. 3º de dezembro de 2019 [citado 23º de dezembro de 2024];76(4):217-21. Disponível em: https://revistas.unc.edu.ar/index.php/med/article/view/25172

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