Editorial

Resumo

A (nova) direita e seus aliados militaristas não são fenômenos novos, embora a singularidade de um espaço-tempo sempre os imbua de novidade. O ano de 2023 foi um marco que julgávamos impossível: a composição de forças de extrema direita e militaristas conseguiu chegar a uma fórmula presidencial (já havia parlamentares e mais) e conseguiu constituir uma votação tensa e sombria na nova presidência da Argentina. O que (aconteceu) conosco? Devido às várias e imprevistas limitações deste ano, não conseguimos organizar um Dossiê como fizemos em volumes anteriores. Mesmo assim, conseguimos dar a esta edição uma identidade da La Polêmica. Com base nas questões levantadas na chamada de trabalhos e em outras sugeridas posteriormente, os líderes locais apresentaram suas posições sobre o desafio que nos convoca: questionar e repensar alguns dos desvios do que, a partir de certos setores políticos e sociais, podemos entender polemicamente como uma “má prática feminista” (desidentificação, “piantavotos”) ou, ao contrário, fortalecer e erguer com perseverança as práticas e bandeiras que consideramos inalienáveis. A polêmica ainda está aberta e aguardamos sua participação.