Os casos "A" e "L": A posição do analista entre o delírio e a alucinação

Resumo

O presente artigo faz parte do trabalho monográfico final da disciplina de Tratamento das Psicoses e Loucuras do curso de Especialização em Psicologia Clínica com Orientação Psicanalítica da UBA. O objetivo é esclarecer a análise de dois casos de psicoses, tendo como eixo principal a posição do analista a partir do papel do secretário do alienado. No caso A, apresentam-se alguns tropeços por parte do analista, que, nas palavras de Freud, poderiam ser considerados parte do período de prova, no qual se estabeleceram várias manobras que possibilitaram o diagnóstico diferencial e o fio condutor da intervenção com o paciente e sua família. Já no caso L, evidencia-se uma acomodação da palavra sem a pressa de um diagnóstico e um tempo de compreensão. São precisas questões para futuros trabalhos de pesquisa clínica: o que fazer para introduzir o discurso dos tempos lógicos na saúde pública, que precisa afirmar que defende o bem-estar de todos.