Mudanças na percepção de tinnitus pós-stapedectomia. Experiência em hospital Universitário

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31053/1853.0605.v77.n2.27743

Palavras-chave:

otosclerose, zumbido, audição, estapedectomía

Resumo

INTRODUÇÃO: A otosclerose é um distúrbio de remodelação óssea caracterizado por diminuição da mobilidade do estribo, o que resulta em perda auditiva e zumbido. O tratamento mais utilizado e mais eficaz é a cirurgia. O objetivo principal é uma melhora significativa na perda auditiva, mas a redução do zumbido é um benefício adicional. OBJETIVOS: Determinar as alterações na sensação de zumbido após estapedectomia em pacientes com otosclerose operados em nosso ambiente; bem como os fatores que podem estar associados a essas alterações. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo prospectivo, observacional, analítico e longitudinal, que incluiu 15 pacientes com otosclerose operados no Sanatório, submetidos a exame completo com audiometria, zumbido e tomografia computadorizada; Os dados foram coletados por meio da Escala Global de Impressão Clínica e do Índice de Zumbido Funcional, no período anterior à cirurgia e três meses após a cirurgia. Soft R-medic e Infostat foram utilizados para analisar as variáveis ​​e representar graficamente os resultados. RESULTADOS: As diferenças entre o status auditivo pré e pós-operatório foram estatisticamente significantes (p << 0,001). Além disso, foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre a percepção do zumbido antes e após a cirurgia (p << 0,001). E essa referida diferença está estatisticamente relacionada à melhora da audição (p = 0,01). DISCUSSÃO- CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes relatou melhora no estado de percepção do zumbido; além da melhoria na sua audição; resultando em associação significativa de ambas as variáveis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Laura Moyano, Sanatorio Allende, Universidad Nacional de Cordoba

Médica Residente del Servicio de Otorrinolaringología. Dirección de e-mail: marialmoyano89@gmail.com Tel: 3512679916- Avenida Hipolito Irigoyen 398, Edifico Aguaribay. Dpto 12 A. Cod postal:  5000. Cordoba Capiltal, República Argentina.

Mario Zernotti

Professor de otorrinolaringologia da Universidade Católica de Córdoba Professor de Otorrinolaringologia da Universidade Nacional de Villa María. Professor Clínica Otológica, Universidade Nacional de Córdoba Gerente de Serviços de ORL, Sanatório Allende. Cordoba, Argentina

Referências

1- House JW, Cunningham CD, Flint PW, Haughey BH, Lund VJ, Niparko JK, et al. Cummings otolaryngology head and neck surgery (5th ed.), Mosby-Elsevier, Philadelphia, PA (2010), pp. 2028-2035.

2- Declau F, Van Spaendonck M, Timmermans JP, Michaels L, Liang J, Qiu JP, et al. Prevalence of otosclerosis in an unselected series of temporal bones. Otol Neurotol. 2001; 22:596-602. doi: 10.1097/00129492-200109000-00006.

3- Karosi T, Sziklai I. Etiopathogenesis of otosclerosis. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2010; 267:1337-1349. doi: 10.1007/s00405-010-1292-1.

4- House HP, Hansen MR, Al Dakhail AAA, House JW. Stapedectomy versus stapedotomy: comparison of results with long-term follow-up. Laryngoscope. 2002; 112:2046-2050. doi: 10.1097/00005537-200211000-00025.

5- Calmels MN, Viana C, Wanna G, Marx M, James C, Deguine O, et al. Very far-advanced otosclerosis: stapedotomy or cochlear implantation. Acta Otolaryngol (Stockh) 2007; 127:574-578. doi: 10.1080/00016480600987768.

6- Green JD, Mc Elveen JT. Next generation shape memory prosthesis for stapedotomy: short-term results. Laryngoscope. 2016; 127:915-920. doi: 10.1002/lary.26114.

7- Skarżyński PH, Król B, Mrówka M, Porowski M, Skarżyński H. Evaluation of the benefits of using Teflon prostheses in the treatment of otosclerosis. Nowa Audiofonología. 2016; 5:58-59.

8- Skarżyński H, Mrówka M, Młotkowska-Klimek P, Sitarz L, Wysocki J, Skarżyńska B. Stapedotomy in advanced otosclerosis and tympanosclerosis. Audiofonologia. 2003; 24:43-51.

9- Szymański M, Gołabek W. Mills Effect of stapedectomy on subjective tinnitus. J Laryngol Otol, 117 (2003), pp. 261-264.

10- Causse JB, Vincent R. Poor vibration of inner ear fluids as a cause of low tone tinnitus. Am J Otol, 16 (1995), pp. 701-702.

11- Ayache D, Earally F, Elbaz P. Characteristics and postoperative course of tinnitus in otosclerosis. Otol Neurotol. 2003; 24:48-51. doi: 10.1097/00129492-200301000-00011.

12- Sparano A, Leonetti JP, Marzo S, Kim H. Effects of stapedectomy on tinnitus in patients with otosclerosis. Int Tinnitus J. 2004; 10:73-77.

13- Sobrinho PG, Oliveira CA, Venosa AR. Long-term follow-up of tinnitus in patients with otosclerosis after stapes surgery. Int Tinnitus J. 2004; 10:197-201.

14- Da Silva Lima A, Sanchez TG, Marcondes R, Bento RF. The effect of stapedotomy on tinnitus in patients with otospongiosis. Ear Nose Throat J. 2005; 84:412-414.

15- Rajati M, Poursadegh M, Bakhshaee M, Abbasi A, Shahabi A. Outcome of stapes surgery for tinnitus recovery in otosclerosis. Int Tinnitus J. 2012; 17:42-46.

16- Bast F, Mazurek B, Schrom T. Effect of stapedotomy on pre-operative tinnitus and its psychosomatic burden. Auris Nasus Larynx. 2013; 40:530-533. doi: 10.1016/j.anl.2013.04.006.

17- Ismi O, Erdogan O, Yesilova M, Ozcan C, Ovla D, Gorur K. Does stapes surgery improve tinnitus in patients with otosclerosis? Braz J Otorhinolaryngol. 2017; 83:568-573. doi: 10.1016/j.bjorl.2016.07.001.

18- Dziendziel B, Skarżyński PH, Rajchel J, Skarżyńska MB, Skarżyński H. Assessment of the frecuency and severity of tinnitus in patients undergoing surgery for otosclerosis- a review of the literature. Nowa Audiofonologia. 2017; 6:13-20.

19- Gersdorff M, Nouwen J, Gilain C, Decat M, Betsch C. Tinnitus and otosclerosis. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2000; 257:314-316. doi: 10.1007/s004059900138.

20- Ramsay H, Kärkkäinen J, Palva T. Success in surgery for otosclerosis: hearing improvement and other indications Am J Otolaryngol, 18 (1997), pp. 23-28.

21- Ayache D, Earally F, Elbaz P. Characteristics and postoperative course of tinnitus in otosclerosis Otol Neurotol, 24 (2003), pp. 48-51.

22- Busner J, Targum SD. The clinical global impressions scale. Psychiatry Edgmont. 2007; 4:28-37.

23- Meikle MB, Henry JA, Griest SE, Stewart BJ, Abrams HB, McArdle R, et al. The tinnitus functional index: development of a new clinical measure for chronic, intrusive tinnitus. Ear Hear. 2012; 33:153-176. doi: 10.1097/AUD.0b013e31822f67c0

24- Fackrell K, Hall D, Barry J, Hoare D. Tools for tinnitus measurement: development and validity of questionnaires to assess handicap and treatment effects. Tinnitus Causes Treat Short Long-Term Health Eff. New York: Nova Science Publishers Inc; 2014. pp. 13-60.

25- Mangeaud A , Elías Panigo DH. 2018 R-Medic. Un programa de análisis estadísticos sencillo e intuitivo. Revista Methodo 3 (1) 18-22.
26- Stromback k, Lundman L, Bjorsne A, Grendin J, Stjernquist-Desatnik A, Dahlin-Redfors Y. Sptapedectomy surgery in Sweden. Evaluation of a national registry. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2017; 274: 2421-7.

27- Heller MF, Bergman M. Tinnitus aurium in normally hearing persons. Ann Otol Rhinol Laryngol, 62 (1953), pp. 73-83.

28. Del Bo L, Forti S, Ambrosetti U, Costanzo S, Mauro D, Ugazio G, et al. Tinnitus aurium in persons with normal hearing: 55 years later. Otolaryngol Head Neck Surg. 2008; 139:391-4.

29- Lima Ada S, Sanchez TG, Marcondes R, Bento RF. The effect of stapedotomy on tinnitus in patients with otospongiosis. Ear Nose Throat J. 2005; 84:412-4.

30- Glasgold A, Altmann F. The effect of stapes surgery on tinnitus in otosclerosis. Laryngoscope. 1966;76:1524-32.

Publicado

2020-04-27

Como Citar

1.
Moyano ML, Zernotti ME. Mudanças na percepção de tinnitus pós-stapedectomia. Experiência em hospital Universitário. Rev Fac Cien Med Univ Nac Cordoba [Internet]. 27º de abril de 2020 [citado 17º de julho de 2024];77(2):73-8. Disponível em: https://revistas.unc.edu.ar/index.php/med/article/view/27743

Edição

Seção

Artículos Originales