Genealogias difíceis. Contracultura punk, efeitos negativos e políticas estranhas do arquivo na pós-ditadura de Buenos Aires
Palavras-chave:
Contracultura, Política sexual, Arquivos queer, Afecções negativasResumo
Neste artigo interrogamo-nos sobre as características singulares dessas genealogias esculpidas a partir do contacto entre a contracultura punk e a dissidência sexual na cidade de Buenos Aires, recuperando na nossa reflexão não só a acentuada fragilidade das suas materialidades e as economias precárias da sua circulação, mas também as relações desiguais de poder simbólico que desvalorizam politicamente estas ligações, replicando estigmas subalternizadores que concebem estas formas de acção político-sexual contra-cultural como erráticas, inorgânicas, efémeras, combustíveis, reticentes ou demasiado opacas para as matrizes normativas da política heterossexual. Queremos reparar os desafios críticos que estas materialidades conflituosas introduzem aos horizontes imaginativos da política de arquivos queer, para abordar formas de organização e contacto com o passado que podem conter, abrigar ou ser feridas pelo poder insubordinado dessas utopias sexuais negativas criadas no calor das fricções entre dissonâncias musicais, políticas corporais radicais e imaginários convulsivos de diferença sexual.
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