Marxismo e revolução sexual: a passagem do caso Buenos Aires affair para o El beso de la mujer araña (Beijo da Mulher Aranha) de Manuel Puig
Palavras-chave:
Puig, gênero, sexo, revoluçãoResumo
A publicação do The Buenos Aires Affair (1973) marcou uma ruptura na carreira literária de Manuel Puig. Enquanto as reflexões sobre gênero e o autoritarismo do machismo já haviam sido exploradas em La traición de Rita Hayworth (1968) e Boquitas pintadas (1969), seu terceiro romance ajustou os termos ao maior debate que estava ocorrendo no início dos anos 70, ou seja, o sexismo e a necessidade de incorporar a sexualidade à tão almejada revolução. Em suas páginas Puig narra o prelúdio ao Cordobazo através da história de seus dois protagonistas: um artista visual e um crítico de arte que foram sexual e politicamente reprimidos. A partir de seu contato com a Frente de Liberação Homossexual (FLH), Puig incorporou um marco teórico que lhe permitiu propor uma saída para as pressões sexuais que pesavam sobre seus personagens, que finalmente se cristalizou em El beso de la mujer araña (1976), seu quarto romance, onde propôs uma resolução utópica para o conflito entre o marxismo e a libertação sexual dentro dos setores esquerdistas, que continuavam a considerar a homossexualidade como uma perversão burguesa e decadente sem poder ver seu potencial revolucionário.
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