Somos as netas das bruxas que nunca poderiam ser queimadas: um reflexo antropológico da Maré Verde na Argentina

Autores

  • María Celeste Bianciotti Departamento de Antropología y Centro de Investigaciones “María Saleme de Burnichon”, Facultad de Filosofía y Humanidades, Universidad Nacional de Córdoba, Argentina. https://orcid.org/0000-0001-7725-8622

Palavras-chave:

Maré Verde, Drama social, Juventude, Feminismos

Resumo

Este documento aborda o fenômeno da maré verde na Argentina da explosão do ativismo feminista, especificamente da juventude, em torno da legalização do aborto, que foi estabelecido especialmente com a entrada de um projeto de lei sobre a interrupção voluntária da gravidez no Congresso Nacional e sua discussão nas casas baixas e altas durante o inverno de 2018. O trabalho se baseia na hipótese de que a maré verde implicou uma comoção da vida social em geral, e das relações estabelecidas dentro de certas instituições sociais - entre as quais se destaca a educação secundária -, e que, portanto, pode ser analisada a partir da noção antropológica de "drama social" de Victor Turner. O cisma em grande escala produzido pela massificação dos feminismos que ocuparam as ruas de todo o país durante as vigílias de 13 de junho e 8 de agosto de 2018, nos permitirá investigar alguns dos traços salientes desta maré verde. Nomeadamente: sua marca geracional - o processo visível de juvenilização dos ativismos feministas locais -, suas marcas de sexo/gênero/desejo e raça/classe, e certos processos (des)identificadores que esta maré oferecia.

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Publicado

2021-12-03 — Atualizado em 2022-11-25

Como Citar

Bianciotti, M. C. (2022). Somos as netas das bruxas que nunca poderiam ser queimadas: um reflexo antropológico da Maré Verde na Argentina. Polémicas Feministas, 5, 1–20. Recuperado de https://revistas.unc.edu.ar/index.php/polemicasfeminista/article/view/35720