DESIGUALDADE AMBIENTAL, ECONOMIA E POLÍTICA

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Henri Acselrad

Resumen

Otexto discute as razões pelas quais a adoção efetiva de mudançasnas práticas e padrões técnico-espaciais do capitalismo destinadasa ajustar o ritmo da acumulação intensiva e as fronteiras daacumulação extensiva aos requisitos da reprodução utilitária deecossistemas não ocorreu até aqui – para além do que a própriadinâmica mercantil o tenha admitido. Sustenta que, por vigorar defato uma divisão socio-espacial da degradação ambiental, os danosambientais da acumulação são, de forma sistemática, destinadosaos grupos sociais e étnicos dominados – seja pela expropriaçãodas bases territoriais de formas sócio-produtivas não hegemônicas,seja pela deterioração das bases reprodutivas de grupos sociais quenão se integram ao circuito do capital a não ser como consumidoresforçados dos produtos invendáveis da atividade capitalista – achamada poluição. A tecnologia social acionada para a imposiçãodesigual de riscos é, no plano intra-nacional ou internacional, nocapitalismo liberalizado, a chantagem locacional dos investimentos –ou seja, a ameaça de deslocalização dos empreendimentos com acolocação dos trabalhadores em situação de competição, não sóno que diz respeito ao nível de seus salários, mas também aosdireitos e condições normativas destinadas a assegurar proteçãosocial e ambiental.

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Sección
Debates intelectuales contemporáneos
Biografía del autor/a

Henri Acselrad, IPPUR Universidad Federal Rio de Janeiro

Profesor Instituto de Planejamento Urbano e Regional

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