Educação museal intercultural na exposição “Rio Araguaia: Lugar de memórias e identidades”, Goiás, Brasil

Autores

Palavras-chave:

Educação Museal, Interculturalidade, Exposição, Iny Karajá

Resumo

Pensar a educação museal a partir da interculturalidade significa reconhecer que a colonialidade está marcada em nossa prática, gerando hierarquias entre os discursos museais e as narrativas de coletivos subalternizados historicamente. Reconhecer é o primeiro passo, que deve ser desdobrado em ações efetivas para a criação de fissuras no edifício colonial. A exposição “Rio Araguaia: lugar de memórias e identidades” é compreendida como uma dessas fissuras. Elaborada em colaboração com pesquisadores/as indígenas das aldeias Buridina e Bdè-Burè, em Aruanã (Goiás-Brasil), a exposição evidenciou os desafios e as possibilidades para a superação das hierarquias epistêmicas da colonialidad

Biografia do Autor

  • Camila Azevedo de Moraes Wichers, Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo

    Docente do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), atuando no Programa de Pós-graduação Interunidades em Museologia (PPGMus-USP). Colabora com o Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (FCS/UFG). É mestra e doutora em Arqueologia pelo MAE-USP e doutora em Museologia pela Universidade Lusófona de Lisboa, atuando na encruzilhada entre museologia, arqueologia e antropologia. Inspirada pelos feminismos decoloniais, examina e intervém nas políticas da memória em museus, patrimônios culturais e processos de musealização.

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Publicado

2025-03-10

Edição

Seção

Dossier

Como Citar

Educação museal intercultural na exposição “Rio Araguaia: Lugar de memórias e identidades”, Goiás, Brasil. (2025). EducaMuseo, 4, 1-10. https://revistas.unc.edu.ar/index.php/EducaMuseo/article/view/48330