Os limites do social: natureza, hierarquia e teoria do gênero

Autores

  • Paula Gabriela Núñez Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET), Universidade Nacional de Rio Negro

Palavras-chave:

Sociedad, naturaleza, antagonismo, jerarquía, paternalismo

Resumo

Este artigo analisa a capacidade da teoria de gênero de avaliar a forma de entender a diferença entre natureza e sociedade, que em nossa sociedade ocidental e herdada da modernidade é assumida como antagônica e exclusiva. A revisão desta diferenciação é crucial, não porque assume diferenças entre o humano e o natural, mas porque a partir da elaboração do conhecimento moderno esta diferenciação se coloca em termos hierárquicos que envolvem lógicas de dominação.
É uma questão de investigar o que é considerado natural, analisando como um contraponto o que é avaliado como humano. A partir daqui buscamos aprofundar as estratégias adotadas para traçar esta diferenciação, que assumem novas dimensões quando estudadas sob a perspectiva da teoria do gênero. A teoria de gênero expõe um plano de fundamentos paternalistas que imprimem no modo de conhecer o mundo uma pressuposição de relações assimétricas. Assim, a teoria de gênero é particularmente relevante para repensar tanto a dicotomia sociedade/natureza antagônica quanto o corpo de conhecimento produzido nas ciências sociais e naturais.

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Publicado

2011-03-01

Como Citar

Núñez, P. G. (2011). Os limites do social: natureza, hierarquia e teoria do gênero. Polémicas Feministas, 1, 15–25. Recuperado de https://revistas.unc.edu.ar/index.php/polemicasfeminista/article/view/12415