Avaliação dos avaliadores: um requisito ocluído
DOI:
https://doi.org/10.61203/2347-0658.v11.n1.36534Palavras-chave:
evaluacão, arbitrariedade, teses, pós-graduaço, ciências sociaisResumo
A avaliação era considerada uma prática permanente nas universidades desde a década de 1990 e, claro, era uma prática anterior em outros níveis, como processos de defesa de teses ou aceitação de artigos em periódicos científicos, mecanismos que adquiriram maior formalização desde então. Com a Covid-19, a “desaceleração” promove a possibilidade de reflexão sobre tais práticas institucionais. A velha pergunta sobre "quem avalia o avaliador" volta, porque surpreendentemente os avaliadores gozam de enorme impunidade em suas decisões: ninguém avalia suas atividades, o que permite todo tipo de arbitrariedade relativamente aberta, além dos erros involuntários que sempre existem. Vinganças pessoais, acerto de contas entre tribos acadêmicas rivais, diferenças de posição teórica e até inveja profissional são descarregadas contra os autores de artigos científicos, e ainda mais contra alunos de teses que muitas vezes recebem os ataques que são dedicados a seus diretores, enquanto nos casos de tese os nomes dos acadêmicos envolvidos são públicos. É hora de propor modalidades de amostragem estatística que selecionem sistematicamente algumas avaliações e examinem o que tem sido feito pelos avaliadores, com penalidades proporcionais nos casos em que sejam constatadas distorções evidentes nas ações. É surpreendente que até o momento esses mecanismos de verificação cruzada da atividade dos acadêmicos não tenham sido estipulados.
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