Sobre a materialidade dos encontros entre Tupi-Guarani e não-Tupi
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Resumo
O primeiro objetivo deste artigo é apresentar os últimos avanços arqueológicos nas pesquisas sobre sociedades cultural e linguisticamente semelhantes aos grupos guaraní, mas que ocuparam terras distantes na Amazônia Meridional. Neste contexto, encontramos um cenário diferente da arqueologia do rio Paraná inferior, com um fluxo mais intenso de características entre as diferentes sociedades alfareras desde o início da era cristã. Neste trabalho, apresentamos um esboço de interpretação do processo de expansão dos Tupi-guaraní da Amazônia oriental em direção ao litoral brasileiro, onde esses grupos aparentemente ocuparam territórios previamente habitados por produtores de cerâmica inciso-modelada, deixando vestígios de trocas entre eles. Posteriormente, discutimos os processos de "guaranização" à luz de dois sítios guaraníes do baixo rio Paraná e avaliamos, de maneira preliminar, se existem evidências materiais que indiquem que esses grupos interagiram com outras populações na região, em seu processo de dispersão para a bacia do Prata.
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