Madre de guerrilleros, madre guerrillera: género, generación y política en dos testimonios de Carmela Pezzuti sobre la dictadura cívico-militar brasileña

Autores/as

  • Felipe Magaldi Universidad Federal de San Pablo - UNIFESP y Fundación de Apoyo a la Investigación de la Provincia de San Pablo - FAPESP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.31048/1852.4826.v16.n2.39563

Palabras clave:

Género, Generación, Política, Tribunal Russell II, Literatura de Testimonio

Resumen

Este artículo aborda la relación entre género, generación y política en la construcción de la memoria de la dictadura militar brasileña (1964-1985). Para ello, toma como hilo conductor dos testimonios de Carmela Pezzuti (1926-2009), funcionaria pública originaria de la provincia de Minas Gerais, que comenzó a militar en la lucha armada junto a sus hijos, Angelo y Murilo, en la década de 1960. La investigación analiza diferentes momentos de inscripción de sus memorias después de las experiencias de la prisión y de la tortura: a) en la primera sesión del Tribunal Russell II, realizado en Roma, en los años 1970, durante su exilio en Italia; b) en el libro “Compañera Carmela”, de Mauricio Paiva, publicado en los años 1990. Si, en el primer caso, el protagonismo simbólico de las madres no era expresado como parte integrante de la tarea política propiamente dicha, se verifica un cambio de acento en el segundo, ya después de los debates que conjugaron feminismo y derechos humanos en la lucha por la amnistía.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Abreu, M.L. G. (2014). Feminismo no Exílio: O Círculo de Mulheres Brasileiras em Paris e o Grupo Latino-Americano de Mulheres em Paris. São Paulo: Alameda

Agamben, G. (2008). O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha (Homo Sacer III). São Paulo: Boitempo Editorial

Aguirre, L.E. (6 de septiembre de 2016). El Tribunal Russell: La búsqueda de instancias democráticas en la resolución de los conflictos internacionales. Derecho a Réplica https://www.derechoareplica.org/secciones/derecho/762-el-tribunal-russell-la-busqueda-de

Aydos, V. y Figueiredo C.A. (2013). A construção social das vítimas da ditadura militar e sua ressignificação política. Interseções, 15 (2), 392-314, dez. https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/intersecoes/article/view/9521/7374

Azevedo, D. (2012). Trajetórias militantes: do Brasil a Moçambique nas redes da esquerda internacional. ETNOGRÁFICA (LISBOA), 16 (3), 461-486 https://doi.org/10.4000/etnografica.2085 DOI: https://doi.org/10.4000/etnografica.2085

Brasil. (2014). Comissão Nacional da Verdade. Relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV). Brasília, CNV http://cnv.memoriasreveladas.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=571

Bolstanski, L. (2000). El Amor y la Justicia como competencias: tres ensayos de sociología de la acción. Buenos Aires: Amorrortu Editores

Benjamin, W. (2012). Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense

Cavalcanti, P.C.U.; Ramos, J. (eds). (1976). Memórias do exílio, Brasil 1964-19??: 1. De muitos caminhos. Vol. 1. Editorial Arcádia

Coimbra, C. (2011). Gênero, militância, tortura. En Ferrer, E. (Ed). 68 - a geração que queria mudar o mundo. Brasília: Ministério da Justiça, Comissão de Anistia

Colling, A.M. (1997) A resistência da mulher à ditadura militar no Brasil. Rio de Janeiro: Record/Rosa dos Tempos (pp. 39-47)

Costa, A.O.; Lima, V.R.; Marzola, N. e Moraes S, M. (1980). Memórias das mulheres do exílio. Rio de Janeiro: Paz e Terra

Das, V. (2020). Vida e palavras: a violência e a descida ao ordinário. São. Paulo: Ed. Unifesp

Farias, J. (2021). Governo de mortes: uma etnografia da gestão de populações de favelas no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens Edições

Fassin, D. (2011). Humanitarian reason: a moral history of the present Berkeley: University of California Press DOI: https://doi.org/10.1525/california/9780520271166.001.0001

Federeci, S. (2018). O Ponto Zero da Revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. São Paulo: Elefante

Fernandes, C. (2018) “Mães nervosas”: um ensaio sobre a raiva entre mulheres populares. Em Fonseca, C; Medaets, C., Ribeiro, F.B (Esd.). Pesquisas sobre família e infância no mundo contemporâneo. Porto Alegre: Sulina (pp. 215-231)

Ferreira, E.F.X. (1996). Mulheres – militância e memória. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas

Filippi, A. (2009). O legado de Lelio Basso na América do Sul e seus arquivos de Roma. Revista anistia política e justiça de transição. Brasília, Ministério da Justiça, 8, 94–127 https://www.corteidh.or.cr/tablas/r33224.pdf

Franco, P. (2017). A escuta que produz a fala: o lugar do gênero nas comissões estaduais e Comissão Nacional da Verdade. [Tesis de Maestría, Universidade Federal de Santa Catarina].

Garcia, M. A. (1997). O gênero na militância: notas sobre as possibilidades de uma outra história da ação política. Cadernos Pagu, Núcleo de Estudos de Gênero – Pagu, 8/9, 319-342 https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1886/2007

Goffman, E. (1974). Frame analysis. An essay on the organization of experience. London, Harper and Row

Goldenberg, M. (1997). Mulheres e militantes. Rev. Estud. Fem. Florianópolis, Brasil. 5, 2 https://doi.org/10.1590/%25x

Greco, H. (2003). Dimensões fundacionais da luta pela anistia. [Tesis de Doctorado, Universidade Federal de Minas Gerais].

Green, J. e Quinalha, R. (2014). Ditadura e Homossexualidades: repressão, resistência e a busca da verdade. São Carlos. EdUFSCar

Kofes, S., & Piscitelli, A. (2011). Memórias de “histórias femininas, memórias e experiências”. Cadernos Pagu, (8/9), 343–354 https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1887/2008

Leite, I.C. (2011). Memórias de uma mãe guerrilheira: entrevista com Carmela Pezzuti. Temporalidades – Revista Discente do Programa do Programa de Pós-graduação em História da UFMG, 3 (1)

Leite, M. P. (2004). As mães em movimento. In: Birman, P.; Leite, M. P. (orgs.) Um mural para a dor: movimentos cívico-religiosos por justiça e paz. Porto Alegre, Editora da UFRGS, pp. 141-190

Leite, M.C.M. (2023). Gênero, memória, literatura: a resistência à ditadura civil-militar brasileira na escrita de três militantes. [Tesis de Doctorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul].

Manfrendini, L. (1989). As moças de Minas: uma história dos anos 60. Belo Horizonte: Editora Alfa-Omega,

Mezarobba, G. (2010). Entre reparações, meias verdades e impunidade: o difícil rompimento com o legado da ditadura no Brasil. SUR, 7 (13) 7-25 https://bdjur.stj.jus.br/jspui/bitstream/2011/41722/entre_reparacoes_meias_mezarobba.pdf

Monina, G. (2021). Diritti umani e diritti dei popoli. Il Tribunale Russell II e i regimi militari latinoamericani (1971-1976). Roma: Carocci

Moyn, S. (2010). The last utopia: human rights in history. Cambridge: Belknap Press of Harvard University Press

Minas Gerais. (2022). Decreto Nº 42.401/2002 de 05/03/2002 concede indenização a vítima de tortura praticada por agente do Estado. https://leisestaduais.com.br/mg/decreto-n-42401-2002-minas-gerais-concede-indenizacao-a-vitima-de-tortura-praticada-por-agente-do-estado

NuAP – Núcleo de Antropologia Política. (1998). Uma antropologia da política: rituais, representações e violência. En. Palmeira, M. (org.). Cadernos do NuAP, 1. Rio de Janeiro: NAU editora

Paiva, M. (1986). O Sonho Exilado. São Paulo: Ed. Robson Achiamé Fernandes

Paiva, M. (1996). Companheira Carmela: a história de luta de Carmela Pezzuti e seus dois filhos na resistência ao regime militar e no exílio. Rio de Janeiro: Mauad

Pedretti, L. (2022). As fronteiras da violência política: movimentos sociais, militares e as representações sobre a ditadura militar (1970-1988). [Tesis de Doctorado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro].

Pedro, J. M; Wolff, C.S. (eds.). (2010). Gênero, feminismos e ditaduras no Cone Sul. Florianópolis: Mulheres

Pezzuti, A. (2002). Testemunho concedido à Comissão Nacional da Verdade. Comissão Nacional da Verdade, 2014. https://www.youtube.com/watch?v=cNhRHZpUjF8

Pezzuti, C. (1996). Posfácio. En: Paiva, M. Companheira Carmela: a história de luta de Carmela Pezzuti e seus dois filhos na resistência ao regime militar e no exílio. Rio de Janeiro: Mauad

Pollak, M. (2006). Memoria, olvido, silencio. La producción social de identidades ante situaciones límite. La Plata: Ed. Al Margen. 2006

Pollak, M. (1989). Memória, Esquecimento, Silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, n.3, p. 3-15

Rago, M. (2013) A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas: Editora da Unicamp DOI: https://doi.org/10.7476/9788526814691

Reis, D. A. (1989). A revolução faltou ao encontro. Os comunistas no Brasil. São Paulo: Brasiliense

Rollemberg, D. (1999). Exílio: entre raízes e radares. Rio de Janeiro, Record

Rosa, S.O (2013). Mulheres, ditaduras e memórias: “Não imagine que precise ser triste para ser militante”. São Paulo: Intermeios

Rosalen, E. (2015). Das muitas memórias dos exílios: uma leitura analítica dos livros Memórias do Exílio e Memórias das Mulheres do Exílio. XXVIII Simpósio Nacional de História. UFSC https://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1438608862_ARQUIVO_AnpuhNacionalEloisaRosalen.pdf

Rosalen, E. (2021). Retratos de uma geração: as trajetórias de militâncias das mulheres exiladas na França e em Portugal e no retorno ao Brasil (1973-1987). [Tesis de Doctorado, Universidade Federal de Santa Catarina].

Ridenti, M. (199). As mulheres na política: os anos de chumbo. Tempo Social, v. 2, n. 2, São Paulo https://doi.org/10.1590/ts.v2i2.84806 DOI: https://doi.org/10.1590/ts.v2i2.84806

Said, E. (2003). Reflexões sobre o Exílio e outros ensaios. São Paulo: Editora Schwarcz Ltda.

Sanjurjo, L. (2018). Sangue, identidade e verdade: memórias sobre o passado ditatorial na Argentina. São Carlos: EdUFSCAR

Sarti, C. (2001). Feminismo e contexto: lições do caso brasileiro. Cadernos Pagu (UNICAMP. Impresso), Campinas, UNICAMP, 16, 31-48. https://www.scielo.br/j/cpa/agPpjfNGXzK8J5WV3JjjYS/?format=pdf&lang=pt DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-83332001000100003

Sarti, C. (2019). Enunciações da tortura: memórias da ditadura brasileira. Revista de Antropologia (São Paulo), 62, 505-529 https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2019.165230 DOI: https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2019.165230

Sarti, C. (2020.) Rastros da violência: a testemunha. Sociologia e Antropologia. Rio de janeiro, 10.03: 1023 – 1042 https://doi.org/10.1590/2238-38752020v10311 DOI: https://doi.org/10.1590/2238-38752020v10311

Selligman-Silva, M. (2003). História, memória, literatura: o testemunho na Era das catástrofes. Campinas: Editora da Unicamp.

Teles, J. A. (2005). Os herdeiros da memória: a luta dos familiares de mortos e desaparecidos políticos por ‘verdade e justiça’ no Brasil. [Tesis de Maestría, Universidade de São Paulo].

Teles, M. A. A. (2015). A construção da memória e da verdade numa perspectiva de gênero. Revista Direito GV, 11 (2), p. 505-522-, jul-dez https://doi.org/10.1590/1808-2432201522 DOI: https://doi.org/10.1590/1808-2432201522

Teles, E.; Q., Renan (eds.). (2020). Espectros da ditadura: da Comissão da Verdade ao bolsonarismo. SP: Autonomia Literária

Tribunale Russell II. (1975) Brasile: violazione dei diritti dell’uomo. Milão: Giangiacomo Feltrinelli

Tosi, G.; Ferreira, L. (orgs). (2014a). Brasil, violação dos direitos humanos -Tribunal Russell II. João Pessoa: Editora da UFPB.

Tosi, G.; Ferreira, L. (orgs). (2014b). Chile, Bolívia, Uruguai: violações dos direitos humanos. João Pessoa: Editora da UFPB.

Tosi, G.; Ferreira, L. (eds). (2014c). As multinacionais da América Latina; . João Pessoa: Editora da UFPB, 2014. . João Pessoa: Editora da UFPB, 2014c.

Tosi, G; Ferreira, L. (eds). (2014d). Contrarrevolução na América Latina. Subversão militar e instrumentalização dos sindicatos, da cultura, das igrejas. João Pessoa: Editora da UFPB

Yankelevich, P. (2011). Estudar o Exílio. En Quadrat, S.V. (ed). Caminhos cruzados: história e memória dos exílios latino-americanos no século XX. Rio de Janeiro: FGV

Wieviorka, M. (2005). L’emergence des victimes. In: La violence. Paris: Hachette Littératures, 81-108.

Vargas, M.C. (2018). O testemunho e suas formas: historiografia, literatura, documentário (Brasil, 1964-2017). [Tesis de Doctorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul].

Velho, G. (2003). Projeto e metamorfose: antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.

Vianna, A.; Farias, J. (2011) A guerra das mães: dor e política em situações de violência institucional. Cadernos Pagu (37), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu, pp. 79-116https://doi.org/10.1590/S0104-83332011000200004 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-83332011000200004

Vigevani, T. (2018). Tullo Vigevani: en busca de autonomía. Entrevista concedida a Glenda Mezarobba. Pesquisa FAPESP, edición 270, ago 2018 https://revistapesquisa.fapesp.br/tullo-vigevani-em-busca-de-autonomia/

Wexler, H. (1971). Brazil – a report on torture. https://www.youtube.com/watch?v=6aUu-zGGg08&t=1759s

Descargas

Publicado

2023-08-31

Cómo citar

Magaldi, F. (2023). Madre de guerrilleros, madre guerrillera: género, generación y política en dos testimonios de Carmela Pezzuti sobre la dictadura cívico-militar brasileña. Revista Del Museo De Antropología, 16(2), 289–302. https://doi.org/10.31048/1852.4826.v16.n2.39563

Número

Sección

Antropología Social