Interestelar e o planeta Miller: introduzindo o conceito de força diferencial gravitacional

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.55767/2451.6007.v34.n2.39486

Palabras clave:

Força diferencial gravitacional, Força de maré, Atração gravitacional

Resumen

Neste trabalho analisamos a formação das ondas gigantes no planeta Miller, descrito no filme de ficção científica Interestelar. Este planeta orbita um buraco negro supermassivo chamado Gargântua, estando sujeito a uma enorme atração gravitacional, o que ocasiona gigantescas forças de maré. A partir do conceito de potencial gravitacional, foi derivado uma expressão para determinar a altura das ondas devido à força de maré no planeta Miller. Neste artigo, discutimos a possibilidade de existência deste planeta nas condições propostas no filme e sugerimos algumas possibilidades para o ensino de conceitos e fenômenos físicos presentes neste fragmento de cena analisada.

Citas

Aggarwal, H. R. e Oberbeck, V. R. (1974). Roche limit of a solid body, The Astrophysical Journal, 191, 577-588.

Andrade, E. C. P. (2000). O professor de ciências e o cinema: possibilidades de discussão, Revista Ciências & Ensino, 1(9), 4-6.

Bezerra Jr, A. G.; de Oliveira, L. P.; Lenz, J. A. e Saavedra, N. (2012). Videoanálise com o software livre Tracker no laboratório didático de física: movimento parabólico e Segunda Lei de Newton. Cad. Bras. Ens. Física, 29, 469-490.

Costa, M. B. (2017). A produção de filmes como ferramenta de aprendizagem sobre história e filosofia da física. Dissertação Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), Universidade Federal de Sergipe.

Egbert, G.D. e Ray R.D. (2000). Significant dissipation of tidal energy in the deep ocean inferred from satellite altimeter data, Nature, 405, 775–778.

EHT Collaboration (2019). First M87 Event Horizon Telescope results. I. The shadow of the supermassive black hole, The Astrophysical Journal Letter, 875:L1.

EHT Collaboration (2022). First Sagittarius A* Event Horizon Telescope results. I. The shadow of the supermassive black hole in the center of the milk way, The Astrophysical Journal Letter, 930:L12.

Epstein, K. J. (2005). Shortcut to the slingshot effect, American Journal of Physics. 73, 362.

Franco, M. S. (1992). A natureza pedagógica das linguagens audiovisuais: lições de cinema 1. In: Cinema: uma introdução à produção cinematográfica. São Paulo: FDE.

Kakalios, J. (2009). The Physics of Super Heroes, pg.37, Segunda edição, Gotham Books.

Kapoulitsas, G. M. (1985). On the generation of tides, European Journal of Physics, 6, 201-207.

Kerr, R. P. (1963). Gravitational field of a spinning mass as an example of algebraically special metrics, Physical Review Letters. 11, 237.

Morais, V. D.; Poletto, B. O.; Ribeiro, E. T.; Gomes, I. F. e Brondani, F. M. M. (2016). Uso de filmes cinematográficos no ensino de física: uma proposta metodológica, Rev. Cient. Fac. Ed. Meio. Amb. 7(1), 189-200.

Moura, G. Y. S. (2019). A física no cinema: recortes de filmes como recurso didático articulado a demonstrações experimentais com suporte arduíno. Dissertação Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Napolitano, M. (2003). Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto.

Negri, R. B. e Prado, A. F. B. de A. (2020). A historical review of the theory of gravity-assists in the pre-spaceflight era, Journal of the Brazilian Society of Mechanical Sciences and Engineering 42(8), 406

NOAA, (2022). National Oceanic and Atmospheric Administration, U.S. Department of Commerce, https://tidesandcurrents.noaa.gov/noaatidepredictions.html?id=8638863&legacy=1, acessado em 03/10/2022.

Nowell-Smith, G. (2018). The history of cinema: a very short introduction. Oxford University Press.

Oliveira, W. A. (2011). Telecurso 2° Grau: paradigma no ensino pela TV e legitimação política da Rede Globo, 1977-1981. Dissertação. UNESP, Assis.

Patrick, R. (1994). Rivers of the United States: Estuaries, John Wiley and Sons, 1994.

Patruno, A. e Kama, M. (2017). Neutron star planets: atmospheric processes and irradiation, Astronomy & Astrophysics, 608, A147.

Schwarzschild, K. (1916). Sitzungsber Preuss Akad Wiss Berlin, Mathematical Physics. 189–196 [Tradução para o inglês em: arXiv:physics/9905030 (1999)]

Simões, L. A. S. (2020). O uso de filmes de ficção científica no ensino da relatividade restrita e geral em uma abordagem investigativa. Dissertação Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), Universidade Federal do Pará.

Teixeira, E. S., Peduzzi, L. O. Q. e Freire Jr, O. (2010). Os caminhos de Newton para a Gravitação Universal: uma revisão do debate historiográfico entre Cohen e Westfall, Caderno Brasileiro Ensino Física, 27(2), 215-254.

Terrell, J. (1959). Invisibility of the Lorentz contraction, Physical Review Journal Archive, 116(4), 1041.

Tides Today (2022), https://tides.today/en/c/argentina/santa-cruz/puerto-deseado, acessado em03/10/2022.

Thorne, K. (2014). The science of interestellar. W. W. Norton & Company Inc.

Xiong, Y. e Berger, C.R. (2010). Chesapeake Bay Tidal Characteristics, J. Water Resource and Protection, 2, 619-628.

Zanetic, J. (1989). Física também é cultura. Tese. Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. São Paulo: USP.

Zhong, L e Li, M. (2006). Tidal Energy Fluxes and Dissipation in the Chesapeake Bay, Continental Shelf Research, 26 (6), 752-770.

Publicado

2022-11-29

Cómo citar

Henriques Longaresi, R., Silva Cornélio , D., Freire de Almeida, L. A., & Dias Campos , S. (2022). Interestelar e o planeta Miller: introduzindo o conceito de força diferencial gravitacional. Revista De Enseñanza De La Física, 34(2), 83–96. https://doi.org/10.55767/2451.6007.v34.n2.39486

Número

Sección

Ensayos y Temas Especiales