Um ensaio sobre a (des)colonização na educação. Fatalismo e a outra modernidade
Palavras-chave:
descolonização, educação, fatalismo, alteridade, modernidadeResumo
Com base em duas experiências de ensino, concentramo-nos na investigação das possíveis causas de uma atitude muito recorrente em estudantes de graduação e pós-graduação na universidade: o fatalismo (categoria proposta por Ignacio Martín-Baró). Isto é entendido como uma atitude vital e uma forma subjectiva de pensar e enfrentar a realidade, baseada na indolência e na convicção da impossibilidade de mudança e transformação do status quo prevalecente. Sustentamos que o fatalismo é, nos nossos dias, uma marca de subalternidade e alteridade, definindo a condição de um sujeito colonizado pelo capitalismo na sua prega neoliberal, pensada no nosso contexto sul-americano.
Depois, voltamos a algumas propostas de Aníbal Quijano, Michel Trouillot e Suely Rolnik que nos fornecem elementos para pensar na construção de uma subjectividade concebida para nos submergir e sustentar no fatalismo, numa convicção inconsciente da impossibilidade de mudança: não é apenas a reprodução das condições materiais de existência e a experiência subjectiva concomitante que a mudança é impossível que provoca o fatalismo, mas estas condições estruturais são acompanhadas, de forma complementar, por um desenho superestrutural que leva à construção de uma subjectividade fatalista. E aí, os meios de comunicação e, sobretudo, a educação formal (talvez concebida pelos colonos enunciados por Fanon) são decisivos.
Voltamos a beber na fonte de Simón Rodríguez para pensar na possibilidade da passagem abismal entre independência e liberdade, a necessária continuidade do material efémero vencedor das milícias para as persistentes milícias do pensamento. Também, imaginar um segundo nascimento no ventre da educação, onde cada uma e cada uma das subjectividades vem a abrigar o conhecimento da sua própria contradição e a forma de se apropriar dela.
Downloads
Referências
Álvarez, R. (2020). La Audiencia condena al ex coronel Montano a 133 años de prisión por ordenar la matanza de Ellacuría y los jesuitas en El Salvador como "terrorismo de Estado". Madrid: Diario El Mundo.
https://www.elmundo.es/espana/2020/09/11/5f5b402ffdddff60288b45d2.html
Césaire, A. (2006) (Original: 1950). Discurso sobre el colonialismo. Madrid: Ediciones Akal.
Castro Gómez, S. (2000). Ciencias sociales, violencia epistémica y el problema de la "invención del otro". En: Lander, Edgardo (coomp.) La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO.
De Sousa Santos, B. (2009). Una epistemología del sur: la reinvención del conocimiento y la emancipación social. México: Siglo XXI-CLACSO.
De Sousa Santos, B. (2010). Descolonizar el saber reinventar el poder. Montevideo: Trilce-Extensión Universitaria Universidad de la República.
Dussel, E. (2007). Política de la liberación. Historia mundial y crítica. Madrid: Editorial Trotta.
Grosfoguel, R. (2007). Descolonizando los universalismos occidentales: El pluri-versalismotransmodernodecolonial desde Aimé Césaire hasta los zapatistas. En: Castro-Gómez, S. y Grosfoguel, R. (ed.) El giro decolonial.Reflexiones para una diversidad epistémicamás allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores. 63-78.
Escobar, A. (2015). Territorios de diferencia: ontología política de los “derechos al territorio”. Cuadernos de Antropología Social / 41, 25-38.
Fanon, F. (1983). Los condenados de la tierra. México: Fondo de Cultura Económica.
Freire, P. (2000). Pedagogía del oprimido. México: Siglo XXI Editores.
Habermas, J. (1988). La modernidad, un proyecto incompleto. En: Foster, Hal (1988), La posmodernidad. Barcelona: Kairós.
Harvey, D. (2004). El ‘nuevo’ imperialismo: acumulación por desposesión. Socialist Register, 99 – 129.
Kohan, W. (2016). El maestro inventor. Simón Rodríguez. Caracas: Ediciones del Solar.
Lander, E. (2000). Ciencias sociales: saberes coloniales y eurocéntrico. En: Lander, Edgardo (coomp.) La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO.
Latour, B. (2007). Nunca fuimos modernos. Ensayos de antropología simétrica. Buenos Aires: Siglo Veintiuno Editores.
Martín-Baró, I. (1988). Psicología de la liberación. Madrid: Editorial Trotta.
Martín-Baró, I. (1989). Sistema, grupo y poder. Psicología Social desde Centroamérica (II). El Salvador: Uca Editores.
Quijano, A. (2007). Colonialidad del poder y clasificación social. En: Castro Gómez, S. y Grosfogel. R. El giro decolonial. Bogotá: Siglo del Hombre Editores.
Modonesi, M. (2010). Subalternidad, antagonismo, autononía: marxismos y subjetivación política. Buenos Aires: CLACSO-Prometeo Libros.
Ramallo, F. (2017). Pedagogías descoloniales en la didáctica de la historia. Estudios de Filosofía Práctica e Historia de las Ideas/ Vol. 19.
Rodríguez, S. (2015) (Original: 1842). Sociedades Americanas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Urbanita.
Rolnik, S. (2019). Esferas de la insurrección. Apuntes para descolonizar el inconsciente. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Tinta Limón.
Rozitchner, L. (2012). Filosofía y emancipación. Simón Rodríguez: el triunfo de un fracaso ejemplar. Buenos Aires: Biblioteca Nacional.
Thomas, W. (2005). La definición de la situación. CIC (Cuadernos de Información y Comunicación), 2005, 10, 27-32.
Trouillot, M. (2011). Una historia impensable: la revolución haitiana como un no-evento. Antropologia Política 2 (8G)8, 351-396.
Trouillot, M. (2011). Moderno de otro modo. Lecciones caribeñas desde el lugar del salvaje. Tabula Rasa, Bogotá-Colombia, Nro. 14: 79-97.
Vargas Castro, A. (2016). Profecía autocumplida o los dos tiempos de la verdad. Desde el Jardín de Freud, N° 16, Enero-Diciembre 2016, 63-75.
Wallerstein, I. (2007). Universalismo europeo: el discurso del poder. México: Siglo XXI.
Zaffaroni, E. (2015). El derecho latinoamericano en la fase superior del colonialismo. Passagens. Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica Rio de Janeiro: vol. 7, no.2, maio-agosto, 2015, p. 182-243.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores que têm publicações com esta revista concordam com os seguintes termos:
a. Os autores retêm seus direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação de sua obra, que está simultaneamente sujeita à Licença de Atribuição Creative Commons que permite a terceiros compartilhar a obra desde que seu autor e primeira publicação nesta revista sejam indicados.
b. Os autores podem adotar outros acordos de licenciamento não exclusivos para a distribuição da versão publicada da obra (por exemplo, depositando-a em um arquivo telemático institucional ou publicando-a em um volume monográfico), desde que seja indicada a publicação inicial nesta revista.
c. Os autores são permitidos e incentivados a divulgar seus trabalhos via Internet (por exemplo, em arquivos telemáticos institucionais ou em seu website) após o processo de publicação, o que pode levar a trocas interessantes e aumentar as citações do trabalho publicado (ver O Efeito Acesso Aberto).