Conferências mundiais e regionais de Educação Superior: Desafios pós CRES 2018
DOI:
https://doi.org/10.61203/2347-0658.v7.n2.21935Palavras-chave:
Políticas públicas, Educação Superior, AvaliaçãoResumo
O objetivo deste estudo é analisar comparativamente as Conferências Mundiais de Educação Superior (CMES) e Conferências Regionais de Educação Superior para a América Latina e Caribe (CRES) promovidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em paralelo com a política de avaliação no Brasil. Como se relacionam os textos das conferências de Educação Superior da UNESCO com a política brasileira de avaliação para este mesmo nível? Para a referida análise delimitou-se um estudo documental (Gil, 2011)considerando como fontes: Declarações das CRES de 1996, 2008 e 2018; Declarações das CMES de 1998 e de 2009; comparando os documentos. Fundamentou-se na temática da qualidade e da regulação em autores como Morosini (2001; 2009; 2014); Dias Sobrinho (2011); Barroso (2006). Observou-se que as conferências tratam de debater e desenvolver temáticas amplas como avaliação da qualidade, acreditação, internacionalização, equidade, participação e autonomia universitária, que de alguma forma são reinterpretadas na construção das políticas em nível nacional. O SINAES desenvolve-se a partir de três pilares principais: avaliação da instituição, do curso e desempenho do estudante. Conforme demonstram os dados do Observatório do Plano Nacional de Educação, no Brasil, ainda seguimos com o desafio de expandir o Sistema de Educação Superior, e de atingir as metas nacionalmente definidas, com qualidade e equidade, semelhante aos desafios apontados pela CRES 2018.
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