Uma avaliação crítica da antropologia jurídica de Bronislaw Malinowski
DOI:
https://doi.org/10.31048/1852.4826.v16.n1.39690Palavras-chave:
Antropologia jurídica, Bronislaw Malinowski, Funcionalismo, Análise diacrítica, RecepçãoResumo
Este artigo analisa a produção intelectual de Bronislaw Malinowski sobre o direito entre os povos "primitivos", concentrando-se principalmente na recepção de seu trabalho no campo da antropologia jurídica. Revisamos a análise malinowskiana do direito, destacando seu lugar dentro da teoria funcionalista, as inovações teóricas e metodológicas que apresenta com relação aos precedentes no campo e alguns conceitos específicos que foram posteriormente objeto de debate. Em seguida, reunimos as objeções mais frequentes à antropologia jurídica de Malinowski na literatura específica, examinando quatro tipos de críticas: primeiro, as que atacam a extensão dada ao conceito de lei; segundo, as que visam questionar a relevância da distinção entre lei civil e lei penal; terceiro, as que apontam para a hipertrofia racional que Malinowski acreditava ter encontrado nos nativos; e, finalmente, as múltiplas objeções à coerência e à continuidade das definições de Malinowski ao longo de seus escritos.
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