Libertades constitucionales, independencia y resistencia en el norte de Brasil Brasil: Maranhão y Grão-Pará (1821-1823)
Palabras clave:
Libertades constitucionales, Independencia del Brasil, ResistenciaResumen
Este texto toma la noción polisémica de libertades constitucionales como hilo conductor para desarrollar la idea de que la Independencia brasileña -concebida como separación total- las anularía. Para ello, explora inicialmente lo que caracteriza como las especificidades de los constitucionalismos vividos en las provincias de Maranhão y Grão-Pará, en diálogo con el movimiento más amplio de producción y circulación de literatura constitucional, posibilitado por la Revolución Liberal. A continuación, identifica los cambios en estos constitucionalismos derivados de las tensiones provocadas por las noticias que llegaban de Río de Janeiro sobre demandas de mayor autonomía para ese centro de autoridad dentro del Reino Unido portugués, que luego se transformaron en un proyecto de Independencia que abarcaría todo el territorio portugués en América. La resistencia a este proyecto se piensa aquí a partir de los numerosos vínculos establecidos entre las dos provincias. Por último, y de forma residual, señala un nuevo giro, provocado por el establecimiento de los plenos poderes del monarca portugués a mediados de 1823, que enterró el argumento de que el constitucionalismo, aún vigente en provincias como Maranhão y Grão-Pará, y que se oponía al «despotismo» que avanzaba desde Río de Janeiro. En el horizonte, considera el conjunto de intereses económicos y políticos que orientaron un constitucionalismo matizado, pero enmarcado en un espacio luso-brasileño reacio a la hipótesis de la Independencia como sinónimo de separación total de Portugal.
Referencias
Alexandre, Valentim (1993): Os Sentidos do Império. Questão Nacional e Questão Colonial na Crise do Antigo Regime Português, Edições Afrontamento, Porto.
Bernades, Denis (2006): O patriotismo constitucional: Pernambuco, 1820-1822, Editora Universitária UFPE, Pernambuco.
Carvalho, José Murilo de; Bastos, Lúcia; Basile, Marcello (2014): Guerra Literária: panfletos da Independência (1820-23), UFMG, Belo Horizonte.
Coelho, Geraldo Mártires (1993): Anarquistas, demagogos e dissidentes: a imprensa liberal no Pará de 1822, CEJUP, Belém.
Dias, Augusto da Costa (1966): Discursos sobre a liberdade de imprensa no primeiro parlamento português (1821), Portugália Editora, Lisboa.
Dias, Claudete Maria Miranda (1999): O outro lado da História: o processo de independência do Brasil visto pelas lutas no Piauí – 1789-1850. Tese de Doutorado. Programa de PósGraduação em História, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Galves, Marcelo Cheche (2022a): “Maranhão, abril de 1821. A Revolução de 1820 no norte da América portuguesa”, em Miriam Halpern Pereira et all, A Revolução de 1820: leituras e impactos, Imprensa de Ciências Sociais, Lisboa, pp. 667-680.
Galves, Marcelo Cheche (2022b): “Constitucionais ou absolutistas, eram todos «portugueses»: imprensa, Revolução Liberal e Independência no Maranhão”, Revista de História das Ideias [online], Vol. 40, 2ª série, pp. 201-222. Disponível em: https://impactumjournals.uc.pt/rhi/article/view/9937. Consultado em 20 abril 2024.
Galves, Marcelo Cheche (2021): “Prensa y Cultura Política durante la Independencia”, em João Paulo Pimenta (ed.), Y dejó de ser colonia. Una historia de la independencia de Brasil, Sílex Ultramar, Madrid, pp. 267-297.
Galves, Marcelo Cheche (2020): “O Conciliador do Maranhão (1821-1823): um periódico no mundo ibero-americano”, Estudos Ibero-Americanos, Vol. 46, pp. 1-18. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/34076.
Galves, Marcelo Cheche (2016): “Dirigir e retificar a opinião pública: os primeiros anos da Tipografia Nacional do Maranhão (1821-1823)”, em Gladys Sabina Ribeiro; Adriana Pereira Campos (ed.), Histórias sobre o Brasil no Oitocentos, Alameda Casa Editorial, São Paulo, pp.
125-140.
Galves, Marcelo Cheche (2015): “Ao público sincero e imparcial”: Imprensa e
Independência na província do Maranhão (1821-1826), Café & Lápis/Editora UEMA, São
Luís.
Galves, Marcelo Cheche (2013): “Sobre las luchas contra la Independencia en la América portuguesa: Los „portugueses‟ de la provincia de Maranhão”. Nuevo Mundo-Mundos Nuevos [online], p. 64759. Disponível em: https://journals.openedition.org/nuevomundo/64759.
Jancsó, István; Pimenta, João Paulo (2000): “Peças de um mosaico (ou apontamentos para o estudo da emergência da identidade nacional brasileira)”, em Carlos Guilherme Mota (ed.), Viagem incompleta – formação: histórias, SENAC, São Paulo, pp. 129-175.
Machado, André Roberto de Arruda (2006): A quebra da mola real das sociedades. A crise política do Antigo Regime Português na província do Grão-Pará (1821-1825). Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em História Social, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Machado, André Roberto de Arruda (2005): “As esquadras imaginárias. No extremo norte, episódios do longo processo de independência do Brasil”, em István Jancsó (ed.), Independência: história e historiografia, Hucitec-Fapesp, São Paulo, pp. 303-343.
Neves, Lúcia Maria Bastos Pereira das (2003). Corcundas e constitucionais: a cultura política da Independência (1820-1822), Revan, Rio de Janeiro.
Pereira, Miriam Halpern (1992): Negociantes, fabricantes e artesãos entre novas e velhas instituições. Coleção A Crise do Antigo Regime e as Cortes Constituintes de 1821-1822, Vol. 2, Edições João Sá da Costa, Lisboa.
Rodrigues, Manuel Augusto (1981): “A hierarquia da Igreja e o liberalismo. O bispo de Coimbra, D. Fr. Joaquim de Nossa Senhora da Nazaré (1776-1851), no contexto da sua época”, em Separata das Comunicações ao Colóquio organizado pelo Centro de Estudos de
História Contemporânea Portuguesa sobre "O Liberalismo na Península Ibérica na primeira metade do século XIX”, Sá da Costa Editora, Lisboa, Vol.1, pp. 236-257.
Valente, Vasco Pulido (1995): “Os levantamentos «miguelistas» contra a Carta Constitucional (1826-1827)”, Análise Social, XXX (133), pp. 631-651.
Publicado
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:
- Los autores/as conservarán sus derechos de autor y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación de su obra, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento de Creative Commons que permite la libre distribución con mención de su(s) creadores, no permite el uso comercial ni las obras derivadas. Los autores, al enviar el artículo, acuerdan publicarlo bajo esta licencia..
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) después del proceso de publicación.