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La Revista E +E  es una Revista de Estudios de extensión en humanidades, perteneciente a la Secretaría de Extensión de la Facultad de Filosofía y Humanidades de la Universidad Nacional de Córdoba, Argentina.

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v. 11 n. 17 (2024): Habitando o comum. Maneiras pelas quais a extensão universitária se faz presente a partir de ações entrelaçadas
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Fazer referência ao habitar e ao comum nos abre um leque de possibilidades tanto em termos de perspectivas teórico-metodológicas quanto em termos de tarefas relacionadas à extensão universitária. Combinar os dois em um habitar do comum também nos convida a abrir espaço para o entrelaçamento de encontros e mal-entendidos nas formas de entender o que concebemos como extensão e as linhas de pensamento-ação a partir das quais tecemos nossa posicionalidade junto com os outros. Nesse sentido, este dossiê convida a contribuições para as diversas seções da revista (artigos, debates audiovisuais, relatos de experiências, resenhas e conversas) que, a partir de uma variedade de narrativas, apontem para a forma como o habitar e o comum são definidos, co-definidos e redefinidos por diversos coletivos - ambientalistas, socioterritorialistas indígenas, feministas, transfeministas, movimentos, movimentos de movimentos e movimentos de movimentos do comum, feministas, transfeministas, movimentos LGBTIQA+, camponeses, bairros, vizinhanças, entre outros - a partir de seu trabalho cotidiano, de seus encontros e interpelações com diversos atores, bem como nos encontros e interpelações das próprias equipes de extensão nas articulações, nos vínculos que se criam e no trabalho colaborativo que se realiza. Reconhecemos diversas tradições críticas que contribuíram para a interpretação e a produção do comum em nossos contextos (Fanon, Freire, Arguedas, Fals Borda, Zibechi, Esteva, Gutierrez Aguilar, Navarro, Linsalata, Tzul Tzul, entre muitos outros). Também pensadores (Lefebvre, Latour, Hobsbawm, Massey, Ingold, Holloway, Fisher, Colquhoun, Fernández-Savater, entre outros) que, a partir do que propõem, iluminam e possibilitam cruzamentos, diálogos e articulações entre pensamentos, práticas e imaginários em torno do comum e da comunidade. Assim como Linsalata (2018), entendemos que o comum não é uma coisa ou um bem, mas uma atividade, uma ação política que gera vínculos, laços de solidariedade, cooperação e uma ação coletiva que nos permite enfrentar a (in)justiça territorial, as necessidades e as dificuldades, criando outras formas de habitar, de organização, de autodeterminação, de ser e estar no mundo em constante criação, ligando espacialidades, temporalidades e pessoas-coletivos variados e pluriversais que apostam em uma ação conjunta e, como tal, se torna um transformador do presente e um provocador de outros futuros. De acordo com o exposto, os espaços reais que possibilitam encontros e reuniões podem adquirir um lugar especial nessas descrições como esferas nas quais o comum é produzido e horizontes comuns são criados. A relevância desses encontros se dá na medida em que possibilitam diferentes compreensões das geometrias excludentes de poder que habitamos, reconhecendo as múltiplas formas de violência que, em muitos casos, minam a capacidade dos territórios e das paisagens de sustentar a vida - o que não é pouco no contexto atual -, bem como evidenciando as práticas políticas que irrompem nessas geometrias e entre elas a partir de contra-narrativas e contra-cartografias que operam como ferramenta política na elaboração de geografias públicas ou comuns. Assim, habitar o comum a partir do modo como a extensão universitária se faz presente convoca, então, a compartilhar os modos dessa ação conjunta, coletiva e colaborativa, como se geram tramas e tecituras nos projetos, práticas e ações extensionistas, nas formas políticas e pedagógicas que germinam, nas situações, afetações e interpelações que ocorrem e nas práticas de reciprocidade e complementaridade que são coproduzidas nessa construção de fazeres e saberes com outros e a partir de um nós.

 

Publicado: 2024-06-28

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