Da poesia e do mal de viver: Amelia Rosselli e Hilda Hilst, um diálogo

Autores

  • Erica Aparecida Salatini Maffia Universidade Federal da Bahia/ Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

Amelia Rosselli, Hilda Hilst, poesia, trauma, pulsão de morte

Resumo

O artigo pretende colocar em contato a poesia feminina de duas poetas geniais e particulares: Amelia Rosselli e Hilda Hilst. Cada uma com seu modo e estilo de escrever e de pensar a poesia, com percursos e histórias de vida peculiares, tematizam o amor como desejo, pulsão de vida e pulsão de morte, Eros e Thanatos, mostrando que os momentos “mais íntimos e profundos da experiência individual são capazes de gerar uma poesia de inquietante força poética” (Bosi 1997). Em Rosselli, o trauma gerado pela morte do pai deu origem a sofrimentos psíquicos irreparáveis, a manias de perseguição e delírios obsessivos que a atormentaram por toda a vida e a levaram a constantes internações, resultando em seu suicídio. A história de sua escrita poética se confunde com a história de sua própria vida. Em Hilst, o desejo associado à pulsão de morte aparece representado, assim como em Rosselli, no constante diálogo com os mortos, na evocação dos mitos clássicos, envoltos em uma atmosfera erótica e mística, onírica e mnemônica, dando origem a uma poesia que se corporifica por meio de uma escrita vacilante, fragmentada, obsessiva e profundamente vigorosa.

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Referências

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Publicado

2023-12-23

Como Citar

Da poesia e do mal de viver: Amelia Rosselli e Hilda Hilst, um diálogo. (2023). Revista De Culturas Y Literaturas Comparadas, 14. https://revistas.unc.edu.ar/index.php/CultyLit/article/view/43887