Propostas em silêncio. Uma análise de A Guerra do Chaco: Minha visita às trincheiras e valas do véu (1935) por Laura Graciela de la Rosa Torres
Palavras-chave:
Guerra do Chaco, Re-existência, crônica, mulheres, subjetividadeResumo
Pouco foi escrito ou representado na arte sobre o trabalho das mulheres durante a Guerra do Chaco. Embora existam publicações na imprensa escritas por mulheres e algumas pesquisas realizadas a partir da década de 1990, há pouca investigação que se concentre em figuras particulares e notáveis desta época.
Este artigo tem como foco a obra literária e filantrópica de Laura Graciela de la Rosa Torres. Laura de la Rosa ficou conhecida por ser diretora da revista Feminiflor (1921-1923), porém, após o fechamento da revista, fundou a Liga Filial de Oruro, que foi uma das principais organizações filantrópicas durante a guerra. Com esta organização, De la Rosa visitou as trincheiras e mais tarde escreveu La Guerra del Chaco. Mi visita a las trincheras y zanjas del velo (A Guerra do Chaco. Minha visita às trincheiras e valas do véu) em 1935.
Este trabalho tem como objetivo analisar o livro de Laura de la Rosa como um texto que inova na forma literária, por ser um texto híbrido entre os gêneros crônica e ensaio. Ao mesmo tempo, o livro será analisado como um texto com novas perspectivas para a época, onde há uma observação sobre a condição dos feridos, uma abordagem de solidariedade aos presos paraguaios e, ao mesmo tempo, novas propostas e exigências pelo bem-estar dos prisioneiros e combatentes. De la Rosa conta sua própria experiência a partir da perspectiva feminina, da subjetividade e da empatia. Ao mesmo tempo, a autora gera propostas inovadoras que não foram levadas em conta, além de tornar visíveis as funções que as mulheres desempenharam ao longo do conflito.
Downloads
Referências
Aliaga Bruch, Sandra. (1987). Éramos audaces. Testimonio de la directora Laura G. de la Rosa Torres. Beltrán, Luis Ramiro (comp.). Feminiflor. Un hito en el periodismo femenino de Bolivia (71-81). La Paz: CIDEM.
Angulo Egea, María. (2010). Voces femeninas en el periodismo literario: ironía, honestidad y transgresión. Rodríguez Rodríguez, Jorge M. y María Angulo Egea (coords.). Periodismo literario. Naturaleza, antecedentes, paradigmas y perspectivas (159-173). Madrid: Fragua.
Cazorla Murillo, Maurice. (2019). La vida meteórica de Germinal, el semanario orureño de 1920. Historias de Oruro (44), 29-32.
De la Rosa Torres, Laura. (1935). La Guerra del Chaco: Mi visita a las trincheras y a la zanja del velo. La Paz: s/d.
De la Rosa Torres, Laura. (1922, mayo). Cosas del oficio. Feminiflor, año I (12), 32.
De la Rosa Torres, Laura. (1922, marzo). De mi pequeño diario. Feminiflor, año I (11), 4-6.
De la Rosa Torres, Laura. (1920, 24 de octubre). ¡Germinal! Germinal, año I (1), 4.
Durán Jordán, Florencia y Ana María Seoane Flores. (1997). El complejo mundo de la mujer durante la Guerra del Chaco. La Paz: Ministerio de Desarrollo Humano; Secretaría de Asuntos Étnicos, de Género y Generacionales; Subsecretaría de Asuntos de Género.
La Gaceta de Bolivia. (1935, 9 de marzo). La Liga Filial de Oruro. La Gaceta de Bolivia.
La Patria. (1977, 1 de julio). Laura de la Rosa señala la importancia del periodismo. La Patria.
La Patria. (1977, 5 de junio). Un homenaje bien merecido. La Patria.
La Semana Gráfica. (1934, 10 de febrero). La Liga Filial y sus actividades. Un reportaje a Laura de la Rosa. La Semana Gráfica.
Molina Ergueta, Mary Carmen y Fernanda Verdesoto Ardaya. (2021). Mapeo de las mujeres en las artes en Bolivia (1919-2019). La Paz: Goethe Institut; Coordinadora de la mujer.
Weinberg, Liliana. (2007). Pensar el ensayo. Ciudad de México: Siglo XX Editores.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores que têm publicações com esta revista concordam com os seguintes termos:
a. Os autores retêm seus direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação de sua obra, que está simultaneamente sujeita à Licença de Atribuição Creative Commons que permite a terceiros compartilhar a obra desde que seu autor e primeira publicação nesta revista sejam indicados.
b. Os autores podem adotar outros acordos de licenciamento não exclusivos para a distribuição da versão publicada da obra (por exemplo, depositando-a em um arquivo telemático institucional ou publicando-a em um volume monográfico), desde que seja indicada a publicação inicial nesta revista.
c. Os autores são permitidos e incentivados a divulgar seus trabalhos via Internet (por exemplo, em arquivos telemáticos institucionais ou em seu website) após o processo de publicação, o que pode levar a trocas interessantes e aumentar as citações do trabalho publicado (ver O Efeito Acesso Aberto).