Co-implicações afetivas: academia e ativismo feminista

Autores

  • Paloma Chousal

Palavras-chave:

Co-implicações afetivas, experiências militantes, aventuras vitais e acadêmicas, escritos de cuir

Resumo

O ativismo feminista e o trabalho acadêmico podem ter uma relação complexa e, às vezes, tensa. Nos últimos anos, as disputas levantadas pelos movimentos feministas têm sido fundamentais para a criação de estudos de gênero nas universidades, e vários estudos mostram que as lutas feministas têm sido uma força motriz importante na penetração das perspectivas de gênero tanto nas formas de pesquisa quanto nos métodos de ensino. Dessa forma, este artigo tem como objetivo retraçar o itinerário pessoal da pesquisadora para dar conta das co-implicações afetivas embutidas nos processos de construção do conhecimento sobre o aborto em San Juan-Argentina.
Este artigo mostra a articulação entre o trabalho acadêmico, o ativismo feminista e a relação com nossos objetos de estudo, e é nesse contexto que a pesquisadora social e feminista situa seu diálogo com Sara Ahmed, o que contribui para a discussão. As contribuições dessa autora, reconhecidas no pensamento feminista contemporâneo, são: "The Cultural Politics of Emotions" (A política cultural das emoções) e "Living a Feminist Life" (Vivendo uma vida feminista). Essas contribuições são pertinentes para este exercício de memória em que se sobrepõem categorias, histórias, aventuras de vida e, claro, as experiências dos coletivos que a autora do artigo habitou ou com os quais está afetivamente co-implicada. Nesse sentido, listamos algumas das experiências de militância que permitem compreender o interesse da pesquisadora em estudar o aborto. Dessa forma, identificamos aquelas situações de militância, cursos de doutorado (específicos para as trajetórias do curso, participação em seminários e participação em fóruns de debate) que nos permitem compreender este artigo alinhado em um formato de escrita cuir. 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ahmed, S. [2004] 2015. “Introducción: Sentir el propio camino”, “Sentimientos Queer” “Vínculos feministas”, en La política cultural de las emociones. Ciudad de México: Programa Universitario de Estudios de Género – UNAM.

Ahmed, S. [2017] 2021. “Vivir una vida feminista.” Ciudad de Buenos Aires. Editorial Caja Negra Editora.

Auge, M. (2000). “Los “No lugares” Espacios del anonimato: Una antropología de la Sobremodernidad”. Quinta reimpresión, Barcelona. Editorial Gedisa, S.A.

Ellis, C., Adams, T. y Bochner, A. (2010). Autoethnography: an overview. Forum: Qualitative Sozialforschung / Forum: Qualitative Social Research, 12(1). Recuperado de http://www.qualitativeresearch.net/ index.php/fqs/article/view/1589/3095. Publicado por primera vez en: Ellis C., Adams T. y Buchner A. (2010). Autoethnografie. En Mey G.& Ruck K. (Eds.). Handbuch Qualitative Forschung in Der Psichologie. Alemania: VS Verlag/springer

Muñoz J. E. (2019) “Utopía queer; El entonces y allí de la futuridad anti normativa”. Buenos Aires, Editorial CAJA NEGRA.

flores, v. (2017) “Interruqciones. Ensayos de poéticas activistas. Escritura, política, pedagogía. Córdoba. Editorial Asentamiento Fernseh.

Rodríguez, R. (2021) Corpobiografías de sanación: escrituras, cuerpos y saberes de mujeres / coordinación general de Rosana Paula Andrea Rodríguez; Sofía da Costa Marques; Victoria Pasero Brozovich. – 1a Ed. – Godoy Cruz-Mendoza. Editorial Teseo.

Bénard Calva, S.M. (2019) “Autoetnografía Una metodología cualitativa” D.R.© Universidad Autónoma de Aguascalientes. Ciudad Universitaria. Aguascalientes, Ags., 20131 www.uaa.mx/direcciones/dgdv/editorial/

Publicado

2024-07-12

Como Citar

Chousal , P. . (2024). Co-implicações afetivas: academia e ativismo feminista . Intersticipações De política E Cultura. Intervenções Na América Latina, 13(25), 113–139. Recuperado de https://revistas.unc.edu.ar/index.php/intersticios/article/view/41133