Epistemologia Qom
Produção de conhecimento num ambiente sobrelotado
Palavras-chave:
epistemologia, ontologia, cosmopolíticaResumo
Neste trabalho, a perspectiva ontológica é pesada como um meio analítico para descrever outras epistemologias ou epistemologias nativas. Pensamos que esta caracterização ontológica, de tensão etnográfica, tem potencial heurístico para questionar (e relativizar) as nossas próprias formas de produzir e validar o conhecimento. Postulamos a existência de uma epistemologia Qom, fazendo uso teórico da distinção que Viveiros de Castro faz entre uma epistemologia objectivista (devidamente eurocêntrica e científica) onde saber é objectivar (ou seja, retirar do objecto de conhecimento tudo aquilo que - indevidamente projectado sobre ele - pertenceria ao sujeito cognoscente) de uma epistemologia xamânica (devidamente cosmocêntrica e animista), onde saber é personificar.
Num mundo aberto, co-extensivo e superpovoado com seres intencionais, muitos dos quais não passam de entidades naturais ou sobrenaturais para a nossa moderna formação ontológica, a forma como Toba homens e mulheres produzem e/ou adquirem conhecimento está inscrita em parâmetros epistemológicos muito diferentes dos da epistemologia ocidental; sonhos, sinais e entrevistas supõem formas originais de acesso ao conhecimento e ao poder (que é um "saber-fazer") enquanto o pensamento e as palavras pronunciadas actuam como canais de comunicação, conhecimento e acção.
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