O território como espaço educacional: etnografias com professores bilíngues e médicos tradicionais guarani e chané.

Autores

Palavras-chave:

território, epistemologias indígenas, pedagogias especiais, etnografias da educação

Resumo

Neste artigo, o processo de construção do território como espaço educacional será descrito e analisado por meio da pesquisa-ação que está sendo realizada com os professores bilíngues e médicos tradicionais guarani-chané do norte da Argentina, esses novos atores que questionam as regras do educação intercultural.

 

Em primeiro lugar, será feita uma referência etno-histórica sobre o povo guarani no sul da Bolívia e no norte da Argentina e, em seguida, analisará o Mapa Guarani Continental que mostra a presença dessa cidade transfronteiriça na América do Sul. Abaixo, a relação estabelecida entre o território e a educação intercultural, e como ela atua na formação de ambos os profissionais (professores e médicos). Em segundo lugar, a experiência do Ñande Reko (nosso modo de vida), o currículo da escola primária que os professores de Guarani e Chané realizaram por meio de trabalho participativo e colaborativo entre eles, o Modo de Educação Intercultural Bilíngue (Salta) e o acompanhamento de Universidade de Salta. A outra experiência a ser descrita é a do viveiro de plantas medicinais Ñana Moa Reta (diversidade de medicamentos do território), onde professores e médicos tradicionais começaram a tecer uma rede de relacionamentos e pedagogias a partir de sua própria epistemologia, onde o território é mais que um símbolo.

 

Por fim, reflete sobre as duas experiências, destacando que o trabalho colaborativo considera o território como um espaço informal para a transmissão de conhecimentos e conhecimentos tradicionais, ou seja, como um espaço para o desenvolvimento da própria educação e como uma bandeira na luta por títulos de terras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Eugenia Flores, Instituto de Investigaciones en Ciencias Sociales y Humanidades Universidad Nacional de Salta (ICSOH-CONICET-UNSa)

Profesora Etnografia Americana, Escuela de Antropologia, Facultad de Humanidades, Universidad Nacional de Salta.

Referências

Bolaños G; Tattay, L. 2012. La educación propia: una realidad de resistencia educativa y cultural de los pueblos. Revista Educación y Ciudad, n° 22, pp 45-56.

Casimiro Córboba, A.; Autora. 2017. “El maestro bilingüe guaraní. Escuela, estado y pueblos originarios”. Inédito.

Combès, I. 2005. Etnohistorias del Izoso Chané y chiriguanos en el Chaco Boliviano (S. XVI y XX). La Paz: PIEB y IFEA.

EMGC, Equipo Mapa Guaraní Continental. 2016. Cuaderno Mapa Guaraní Continental: Pueblos Guaraníes en Argentina, Bolivia, Brasil y Paraguay. Campo Grande: Gráfica Mundial.

Echazú Böschemeier, A. G. 2015. “Corpo de planta. Terapias y magias dxs curiosxs da baixa Amazonia do Peru, sob uma perspectiva situada de gênero y salud popular”. Doctorado en Antropología. Departamento de Posgrado en Antropología, Universidad de Brasilia.

Autora. 2017. “La coca y los modos de hacer: Una aproximación etnográfica a la agencia de la planta en terapias y rituales populares de Salta”. Doctorado en Antropología, Departamento de Posgrado Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires.

Autora. 2020a. “Los guaraní y los chané en el ahora. Chamanismo, religión y etnopolítica en el noroeste argentino”. En prensa.

Autora. 2020b. “Extractivismos y conflictos ontológicos: evidencias de la intersubstancialidad en una comunidad indígena”. Inédito.

Autora y Serapio, C. 2019. “Despojos y r-existencias, la lucha de una comunidad en la selva de Salta”. En Repensando el desarrollo rural en los territorios del norte argentino, compilado por Marcelo Rodríguez y Soraya Ataide, 193-220. Salta: Instituto de Desarrollo Rural.

Hirsch, S. 2004. Ser Guaraní en el noroeste argentino: variantes de la construcción identitaria. Revista de Indias, vol. LXIV, N° 230.

Melia, B. 2008. Guarani Retã 2008. Los pueblos guaraníes en las fronteras Argentina, Brasil y Paraguay. Cuadernillo. Asunción, CTI / CEPAG, pp 25-50.

Metraux, A. 1944. Le Shamanism chez les Indiens de l’Amérique du Sud Tropicale. Acta Americana, vol. II, pp. 195-219.

Pifarre, Fo. 1989. Los guaraní-chiriguano:historia de un pueblo. Centro de Investigación y promoción del campesinado: La Paz.

Riester, J. 1986. Aspectos del chamanismo de los Izoseño guaraní”. Revista Suplemento Antropológico, Vol. XXI, n° 1:263-283.

Weimar G.; Iño D. 2017. Epistemología pluralista, investigación y descolonización. Revista IISE , Vol. 9, Núm. 9, pp. 111-125.

Zamudio, J. 2012. Epistemología y educación. Tlalnepantla: Red Tercer Milenio.

Publicado

2020-08-03

Como Citar

Flores, M. E. (2020). O território como espaço educacional: etnografias com professores bilíngues e médicos tradicionais guarani e chané. Intersticipações De política E Cultura. Intervenções Na América Latina, 9(17). Recuperado de https://revistas.unc.edu.ar/index.php/intersticios/article/view/28089