A palavra académica em questão. Notas para uma reflexão meta-crítica
Palavras-chave:
Estudos literários, Raça, Alteridade, Palavra acadêmica, BranquidadeResumo
O artigo seguinte propõe algumas reflexões sobre o lugar do investigador no campo dos estudos literários. Mais precisamente, estamos interessados em recuperar e entrar num extenso debate que problematize o estatuto da palavra académico a partir da questão das investigações literárias que abordam problemas e constroem corpúsculos de análise a partir do reconhecimento de certas marcas de subalternidade. Desta forma, partimos de um movimento auto-reflexivo dentro das nossas investigações, atravessado por questões sobre a raça (nelas, o Mapuche e o negro emergem como marcas constitutivas dos fenómenos estudados), para tentar uma possível resposta a alguns dilemas enfrentados pelo investigador académico que continua a perguntar-se de onde abordar a alteridade. O artigo está dividido em duas partes ou instâncias de reflexão: na primeira, recuperamos e articulamos contribuições de vários autores que nos ajudam a pensar sobre os riscos envolvidos na utilização acrítica da palavra académica. No segundo, propomos algumas considerações sobre as opções metodológicas que são apresentadas como alternativas ao abordar um corpus de análise atravessado por certas marcas de subalternidade. Para tal, avaliaremos o âmbito e a operacionalidade de certas categorias - raça, alteridade, brancura - que são relevantes no desenvolvimento analítico do corpus com o qual estamos a lidar. Como veremos, o desafio reside na avaliação do nosso próprio lugar de enunciação, a partir da verificação da desigualdade racial estrutural que atravessa as práticas académicas e do empenho da vigilância epistémica que decidimos assumir.
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