WHAT IS THE AUTONOMY OF INDIGENOUS PEOPLES IN THE ERA OF GLOBAL NEOLIBERALISM? Decrypting the Brazilian policy of demarcating indigenous lands
Main Article Content
Abstract
Does the territorial demarcation policy ensure the autonomy of indigenous peoples? The present study starts from the observation of a dissonance between fact, norm and discourse, because, despite the existence of a normative complex for the protection of indigenous rights that materializes, above all, from the demarcation policy, which is inserted in an international model in For the sake of sustainable development, these demarcated territories are subject to administrative authorization for mineral exploration in violation of the right to prior consultation. Therefore, based on the Theory of Encryption of Power, we sought to decrypt the simulacrum of autonomy produced by the territorial demarcation policy, using the documentary analysis of PET 3388/STF, the Indian Statute, the Civil Code and the Constitution Brazilian, as they highlight the non-recognition of the civil capacity of indigenous people, thus removing from them a base attribute for the exercise of autonomy and for the validity of the exercise of the right to consultation within the modeling of the nation-state, which neutralizes the multicultural dimension, as its main condition is the recognition of the autonomous subject within the parameters of individualism, private property and legality, and whose sovereignty, despite being porous, is only permeable to centers of power linked to neoliberal rationality, which confers a unique purpose on the territory focused on economic exploitation. It was concluded that the demarcation of indigenous lands is a policy that aims to “open” to cultural diversity, from a multicultural perspective, but, at the same time, reinforces mechanisms of control and dominance of the national State and the interests of global capitalism over the territories.
Article Details
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Authors who publish in this journal accept the following terms of the copyright policy:
- Authors shall retain their copyright (including copyrights) and shall grant to the journal the right of first publication of their work, which shall simultaneously be subject to the Creative Commons Recognition License: No commercial use of the original work or any derivative works is permitted, distribution of which must be made under a license equal to that which governs the original work.
- Authors may adopt other non-exclusive license agreements for the distribution of the version of the published work (e.g., placing it in an institutional repository or publishing it in a book) provided that the initial publication in this journal is indicated.
- Authors are allowed and encouraged to disseminate their work through the Internet (e.g., in institutional repositories or on their website) after the publication process, which may lead to interesting exchanges and increased citations of the published work. (See The Effect of Open Access).
How to Cite
References
ANKERSEN, Thomas T.; RUPPERT, Thomas K (2006). Defending the polygon: the emerging human right to communal property. Oklahoma Law Review, v. 59, n. 4, p. 681-757.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (1998). Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ Constituiçao.htm. Acesso em: 15 jun. 2023.
BRASIL. Decreto no 10.088, de 5 de novembro de 2019. Consolida atos normativos editados pelo Poder Executivo Federal que dispõem sobre a promulgação de convenções e recomendações da Organização Internacional do Trabalho - OIT ratificadas pela República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D10088.htm#anexo72 Acesso em: 17 jun. 2023.
BRASIL. Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o Estatuto do Índio. Brasília, DF: Presidência da República, 2002. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6001.htm >. Acesso em: 01 de set. 2023.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, DF: Presidência da República, 2002. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406compilada.htm >. Acesso em: 01 de set. 2023.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (Plenário). Petição(Pet) 3388. Relator: CARLOS BRITTO. Julgamento: 23/10/2013. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=630133. Acesso em 17 de jul. 2023.
BROWN, Wendy (2010) Walled States, Waning Soverenignty. New York: Zone Books, 2010, pp. 210.
CASSESE, Sabino (2005). Administrative Law without the state? The challenge of global regulation. In: NYU Journal of International Law and Politics, v. 37, p. 663-694.
CASSESE, Sabino (2012). New Paths for Administrative Law: A Manifesto. In: International Journal of Constitutional Law, Volume 10, Issue 32, July 2012, p. 603-613.
FAJARDO, Raquel Z. Yrigoyen (2011). El horizonte del constitucionalismo pluralista: del multiculturalismo a la descolonización.In: GARAVITO, César Rodríguez [Coord.]. El derecho en América Latina:un mapa para el pensamiento jurídico del siglo XXI. Buenos Aires: Siglo Veintiuno. p. 139-159
FOLHA DE SÃO PAULO (2023). Agência tem 363 autorizações de pesquisa ou exploração mineral em terras indígenas: Vale e Belo Sun dizem haver erro em dados e desconhecer casos; ANM afirma eliminar sobreposições. São Paulo, 6 de novembro de 2023. Disponível em: < https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2023/11/agencia-tem-363-autorizacoes-de-pesquisa-ou-exploracao-mineral-em-terras-indigenas.shtml?origin=folha > acesso em: 06 de abril de 2024.
FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO. Ofício Circular nº 18/2021/CGMT/DPT/FUNAI. Brasília: FUNAI, 29 de dez. de 2021. Disponível em: https://www.inesc.org.br/wp- content/uploads/2022/06/funai147.pdf. Acesso em 20 de jul. de 2023.
FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO. Resolução no 4, de 22 de janeiro de 2021. Define novos critérios específicos de heteroidentificação que serão observados pela FUNAI, visando aprimorar a proteção dos povos e indivíduos indígenas, para execução de políticas pública. Brasília: FUNAI, 2021. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-4-de-
22-de-janeiro-de-2021-300748949. Acesso em: 17 de jul. 2023.
GUIMARÃES, Fernanda (2021). Estrangeiros avançam na Vale e já são donos de 55% das ações da mineradora. São Paulo: Estadão [online]. 06 de fevereiro de 2021. Disponível em: < https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2021/02/06/estrangeiros-avancam-na-vale-e-ja-sao-donos-de-55-das-acoes-da-mineradora.htm> acesso em 05 de janeiro de 2024.
IHERING, Rudolf Von (2005). Capítulo X – A apropriação corpórea da coisa. In: IHERING, Rudolf Von. Teoria Simplificada da Posse. Tradução de Ivo de Paula. São Paulo: Pillares, 2005, pp.43-51.
Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Como a Belo Sun abocanhou o ouro amazônico. OutrosMídias [online]. Como a Belo Sun abocanhou o ouro amazônico. Disponível em: < https://outraspalavras.net/outrasmidias/como-a-belo-sun-abocanhou-o-ouro-amazonico/> acesso em: 05 de janeiro de 2024.
KANT, Immanuel (2003). Introdução à doutrina do direito. In: KANT, Immanuel. Metafísica dos costumes. Tradução: Edson Bini. Bauru: EDIPRO, 2003. p. 75-88.
KYMLICKA, Will (1991). Equality for Minority Cultures. In: KYMLICKA, Will. Liberalism, Community and Culture. New York: Clarendon Paperbacks, 1991. pp. 182-206. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?id=yW5gYPgMIMYC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false > Acesso em 07 de set de 2023.
LARANJEIRA, Raymundo (1984). Direito Agrário: perspectivas críticas.São Paulo: LTr.
LATOUR, Bruno (1996). On actor-network theory. A few clarifications plus more than a few complications. In: Soziale Welt, vol.47, pp. 369-381.
LOCKE, John (1994). Da Propriedade. In: LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil e outros escritos. Tradução de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. – Petrópolis, RJ: Vozes, Capítulo V, p.97-113. Disponível em: < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7680437/mod_resource/content/1/locke-john segundo-tratado-sobre-o-gov-civil.pdf > Acesso em: 03 de jun. de 2023. [1690]
MOUFFE, Chantal (2013). ¿Qué es la política agonista?. In: MOUFFE, Chantal. Agonistics. Thinking the world Politically. London: Verso, pp. 18-37.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (2009). Declaração das Nações Unidas sobre os Povos Indígenas: perguntas e respostas. 2.ed. – Rio de Janeiro: UNIC; Brasília: UNESCO, 80 p. disponível em: https://unicrio.org.br/docs/declaracao_direitos_povos_indigenas.pdf. Acesso em 17 de jun. de 2023.
QUIJANO, Anibal (2005). Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. In: CLÍMACO, Danilo Assis (org.). Antología esencial: de la dependencia histórico-estrutural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, pp.27. Disponível em: < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4109238/mod_resource/content/1/12_Quijano.pdf > acesso em: 02 de set. de 2023.
SANIN-RESTREPO, Ricardo (2018). Aclaraciones fundamentales sobre la encriptación del poder y el pueblo oculto como categorias fundamentales de una nueva democracia. In: CERVANTES, Aleida Hernández; MATAMORAS, Mylai Burgos (coordenadores). La disputa por el derecho: la globalización hegemónica vs la defensa de los pueblos y grupos sociales. Bonilla Artigas Editores. p. 151-174 .
SANIN-RESTREPO, Ricardo; ARAUJO, Marinella Machado (2020). A Teoria da Encriptação do Poder: Itinerário de uma ideia (Editorial). Revista Da Faculdade Mineira De Direito, V. 23, P. 1-17.
SANIN-RESTREPO, Ricardo; ARAÚJO, Marinella Machado (2020). Is the Constitution the Trap? Decryption and Revolution in Chile. LAW AND CRITIQUE, v. 34, p. 10.
SANIN-RESTREPO, Ricardo (2016). The Phantom Pain os Civilization: Against Negris’s Understanding of Spininoza. In: SANIN-RESTREPO, Ricardo. Decolonizing Democracy: Power in a Solid State. [E-Book]. Londres: Rowman & Littlefield International.
SANÍN RESTREPO, Ricardo (2023). Ser y Contingencia. Desencriptando el Ser a la Mano de Heidegger. Valencia: Tirant lo Blanch, p.234.
SÁNCHEZ, Consuelo (2009). Autonomia, Estados pluriétnicos e plurinacionais. In: GRIJALVA, Algustín et al. Povos Indígenas: Constituições e reformas Políticas na américa Latina. Organizador: Ricardo Verdum. Brasília: Instituto de Estudos socioeconômicos, p.63-91.
ZIZEK. Slavoj (1997). Multiculturalism, or, the Cultural Logic of MultinationalCapitalism. Publicado en New Left Review, No. 225, Septiembre- Octubre de 1997, pp.25. http://newleftreview.org/?page=article&view=1919.