Víctimas del desarrollo de empresas hidroeléctricas en el sur de Brasil
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Resumen
Las industrias extractivas, en sus formas de inserción para la operación, dejan marcas, por mucho que el aparato legal trate de minimizar los efectos nocivos e irreversibles. A diferencia de las represas hidroeléctricas, la industria minera tiene un protocolo no oficial, pero bien considerado en el ámbito empresarial y coherente con la licencia social para operar. Los pueblos indígenas y tradicionales están protegidos por la Consulta Libre, Previa e Informada del Convenio 169 de la OIT, lo cual, sin embargo, no siempre ocurre. Otro instrumento que podría representar una especie de ágora son las Audiencias Públicas, si no fuera por el despojo lingüístico (términos vernáculos y técnicos) de una parte considerable de la audiencia, y un Estudio de Impacto Ambiental no siempre confiable a la realidad, lo que se evidencia en la ejecución de las obras. La política energética brasileña, en las últimas décadas, en nombre del crecimiento del país y su desarrollo, financió la construcción de grandes proyectos hidroeléctricos, lo que resultó en la alteración del paisaje, la flora, la fauna y el desplazamiento de grupos humanos (pueblos indígenas, habitantes de riberas, campesinos). Los cambios en el sustrato morfológico de estos grupos, su cosmología, su vulnerabilidad y los efectos subsiguientes no contabilizados por la economía formal es lo que pretendemos discutir en este texto bajo la categoría de víctimas del desarrollo.
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