Unir o corpo, o tempo e o espaço a partir do Sul Global: Filosofar a partir da Nossa América

Autores

  • Gabriela Bard Wigdor CIECS.CONICET

Palavras-chave:

América Latina, ciências sociais e colonialidade

Resumo

O presente texto é uma revisão sincera e agradável de um livro com poder local e ao mesmo tempo regional, organizado em capítulos que abrem diferentes janelas para as Ciências Sociais, sob o título "Interpelaciones críticas a las ciencias sociales y las humanidades desde América Latina", coordenado pela Dra. Paola Gramaglia. Da viagem através dos diferentes textos desta compilação, destaco e analiso os debates propostos pelos autores sobre diferentes aspectos da colonialidade do poder, do ser, do conhecimento e do género. A colonialidade é identificada mesmo nos agentes e movimentos sociais que são contra-hegemónicos, tais como os feminismos. Ao longo do livro, vemos como é complexo questionar o conhecimento universitário de dentro da própria universidade, e os autores sabem-no, razão pela qual fazem um esforço para desmantelar e destacar o que acontece aos discursos contra-hegemónicos quando são capturados pelo discurso académico e neoliberal. Além disso, a forma como as pessoas trabalham sempre contra nós próprios, em favor do nosso próprio domínio, especialmente visível em estruturas como as universidades. A particularidade deste livro é que o foco na mudança social não é particularmente na transformação radical das estruturas, mas sim na agência micro-política dos sujeitos. Esta é uma situação problemática, porque já sabemos neste ponto da teoria social que as opressões nem sempre são materiais, mas vivem dentro de nós, e que nos constituem como sujeitos desde o nascimento. Contudo, há colectivos que ainda resistem e criam face a este contexto adverso, e este livro é um exemplo disso, do encontro de vontades rebeldes que pesquisam, debatem e escrevem para contribuir para desvendar opressões e sonhar novas formas de criar comunidades descoloniais.

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Biografia do Autor

Gabriela Bard Wigdor, CIECS.CONICET

Doctora en Estudios de Género en CEA-UNC, Magister en Trabajo Social, Licenciada en Trabajo Social, Becaria CONICET.

Investigadora Adjunta del CONICET

Docente de la FACULTAD DE CS SOCIALES-UNC–

Referências

Audre Lorde (2003) La hermana, la extranjera. Artículos y conferencias, traducción de María Corniero, revisión de Alba V. Lasheras y Miren Elordui Cadiz. Madrid: Horas y horas

Bell Hooks (2021) Enseñar a transgredir. La educación como práctica de la libertad. Buenos Aires: Capitán Swing Libros

Kohan, Alexandra (2022) Un cuerpo al fin. Buenos Aires: Paidós.

Lacan Jaques (1981) Seminario 20 – Aun. Buenos Aires: Paidós.

Negroni, Maria (2022) El corazón del Daño. Buenos Aires: Literatura Random House.

Segato, Rita (2020) “La politicidad de las mujeres no reconoce vanguardias”. Revista Catarsis.https://catarsisrevistaargentina.wordpress.com/2020/05/09/rita-segato-la-politicidad-de-las-mujeres-no-reconoce-vanguardias/

Tzul TzuL, Gladys (2020) “Las mujeres indígenas reivindicamos una larga memoria de lucha por la tierra”. Revista Amazonas. https://www.revistaamazonas.com/2020/04/03/gladys-tzul-tzul-las-mujeres-indigenas-reivindicamos-una-larga-memoria-de-lucha-por-la-tierra/

Publicado

2022-12-28

Como Citar

Bard Wigdor, G. (2022). Unir o corpo, o tempo e o espaço a partir do Sul Global: Filosofar a partir da Nossa América. Intersticipações De política E Cultura. Intervenções Na América Latina, 11(22), 223–238. Recuperado de https://revistas.unc.edu.ar/index.php/intersticios/article/view/39169