A agenda da democracia e a cooperação internacional não governamental no Brasil ciclos e pactos na virada do século
Conteúdo do artigo principal
Resumo
A aliança de agências não governamentais de cooperação internacional, sobretudo europeias, com diferentes setores da sociedade civil brasileira contribuiu, historicamente, para a sua organização, articulação e fortalecimento. A partir destas relações de parceria, a Cooperação Internacional Não Governamental cumpriu um importante papel no processo de redemocratização do Brasil e, ao longo do tempo, para a consolidação e projeção sociopolítica de diferentes ONGs e movimentos sociais. O objetivo deste artigo é proporcionar um panorama histórico sobre os ciclos e pactos que atravessaram e nortearam as relações de cooperação internacional de caráter não governamental no Brasil, situando-as em termos de valores, agendas e influências conjunturais. Por fim, a partir de uma análise do atual contexto sociopolítico brasileiro, reflete-se sobre a retomada da defesa da democracia para o centro da agenda destas relações de cooperação. Desta forma, o trabalho procura contribuir com a apresentação de quais debates se impõem para que este tipo de solidariedade global prossiga mantendo vitalidade e pertinência.
Downloads
Detalhes do artigo
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Los autores/as que publiquen en esta revista, aceptan los siguientes términos de la política de derechos de autor:- Los autores/as conservarán sus derechos de autor (esto incluye el copyrigth) y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación de su obra, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento de Creative Commons: No se permite un uso comercial de la obra original ni de las posibles obras derivadas, la distribución de las cuales se debe hacer con una licencia igual a la que regula la obra original.
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: situarlo en un repositorio institucional o publicarla en un libro) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en repositorios institucionales o en su página web) luego del proceso de publicación, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada. (Véase El efecto del acceso abierto).
Referências
BRASIL (2019a). Medida Provisória nº 870, de 1º de Janeiro de 2019. Brasília, DF. Disponible en: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv870.htm Acceso en: 14 de julio de 2019.
BRASIL (2019b). Lei nº 13.844, de 18 de junho de 2019. Brasília, DF. Disponible en: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13844.htm> Acceso en: 14 de julio de 2019.
CAMPOLINA, Adriano (2011) Novos paradigmas para a cooperação internacional. Brasil, América Latina e a Cooperação Internacional. En: Le Monde Diplomatique, Encarte Especial, pp. 09-10.
GOHN, Maria da Glória Marcondes (2005). O protagonismo da sociedade civil: movimentos sociais,
ONGs e redes solidárias. São Paulo: Cortez.
GOHN, Maria da Glória Marcondes (2008). Abordagens teóricas no estudo dos movimentos sociais na América Latina. Salvador: Cadernos CRH, v. 21, nº 54, p. 439-455.
GRAVE, Marta Ribeiro (2020). O Sertão Está em Toda Parte: O Local e o Global em Redes de Globalização Contra-hegemônicas. Tesis de maestria, 99p. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social, Universidade Estadual de Montes Claros/ Minas Gerais. Tutor: Prof. Dr. Antônio Dimas Cardoso.
INOUE, Cristina Yumie Aoki (1997). Bases para um novo pacto de cooperação. En: Cadernos ABONG. Recife: Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG), nº 17, julio/1997.
LYRA, Carla (2005). Ação política e autonomia: a cooperação não-governamental para o desenvolvimento. São Paulo: Annablume; Terre des Hommes Suisse.
PESSINA, Maria Elisa Huber (2012). O ideário de desenvolvimento pós 1990 e as mudanças na cooperação internacional não governamental: entre as circunstâncias e as peculiaridades do caso alemão. Tesis de maestria, 255p. Programa de Pós-Graduação em Administração, Núcleo de Pós- Graduação em Administração da Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia. Salvador. Tutora: Prof.ª Dr.ª Elsa Sousa Kraychete.
SANTOS, Boaventura de Sousa (1999). Pela mão de Alice: o social e o político na pósmodernidade.
Porto: Edições Afrontamento.
SANTOS, Tacilla da Costa e Sá Siqueira (2013). Entre o Norte e o Sul: um estudo sobre o papel das organizações da sociedade civil brasileira na cooperação internacional para o desenvolvimento. Tesis de doctorado, 322p. Programa de Pós-Graduação em Administração, Núcleo de Pós-graduação em Administração da Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia. Salvador. Tutor: Prof. Dr. Carlos R. S. Milani.
SORJ, Bernardo (2006). Sociedade civil e política no Brasil. En: OLIVEIRA, Miguel Darcy de; SORJ,
Bernardo (eds.). Seminário Sociedade civil e democracia na América Latina: crise e reinvenção
política. São Paulo: Instituto Fernando Henrique Cardoso, pp. 59-72.
TEIXEIRA, Ana Cláudia Chaves (2003). Identidades em construção: as organizações não
governamentais no processo brasileiro de democratização. São Paulo: Annablume; Fapesp; Instituto Pólis.