Gestão de resíduos hospitalares descartáveis
Palavras-chave:
Resíduos hospitalares, sala de operação, procedimento, trabalhadores da Saúde.Resumo
Introdução: A gestão de resíduos hospitalares é um tema de grande importância há décadas na Argentina e na América Latina. Até recentemente, os resíduos eram incinerados em alguns hospitais, dispostos como resíduos comuns ou entregues aos serviços urbanos de coleta. Nos anos 90, começou a haver uma preocupação com a gestão e o destino desses resíduos devido ao advento da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) como um problema na área da saúde. Isso resultou na promulgação de leis e decretos que regulamentaram a gestão e determinaram critérios para o manejo intra e extramuros. Objetivo: Estabelecer a gestão dos resíduos hospitalares descartáveis na área cirúrgica do Hospital Tránsito Cáceres de Allende da Cidade de Córdoba, julho-dezembro de 2021. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo e transversal realizado na área cirúrgica. A população foi composta por 21 cirurgiões de todas as especialidades (cirurgia geral, traumatologia, vascular, urologia, cabeça e pescoço), 12 anestesistas, 10 instrumentadores cirúrgicos, 3 enfermeiros(as) de sala de operação, 3 pessoas do serviço de limpeza e 1 trabalhador de empresa privada, totalizando 50 pessoas. Resultados: Os procedimentos de segregação e armazenamento realizados pelos cirurgiões e anestesistas mostraram que, de um total de 33/33, não descartam resíduos alimentares, papéis não recicláveis em contêineres verdes ou sacos verdes, assim como radiografias, partes e equipamentos obsoletos ou fora de uso, em contêineres cinza e sacos cinza. 14/26 implementam corretamente o procedimento para resíduos orgânicos e perfurocortantes. 3/33 realizam a disposição correta de vidros quebrados. Os procedimentos de segregação e armazenamento realizados pelos instrumentadores cirúrgicos e enfermeiros(as) de sala de operação mostraram que, de um total de 13/10, não descartam resíduos alimentares, papéis não recicláveis em contêineres verdes ou sacos verdes, assim como radiografias, partes e equipamentos obsoletos ou fora de uso, em contêineres cinza e sacos cinza. Implementam corretamente o procedimento para resíduos orgânicos e perfurocortantes, incluindo vidros. Os procedimentos de armazenamento e acúmulo realizados pelo pessoal de limpeza mostraram que, de 3 pessoas, 2 realizam corretamente o procedimento. O processo de transporte dos resíduos hospitalares descartáveis na área cirúrgica é privado e realizado por 2 pessoas. O tratamento e disposição final é responsabilidade de 1 pessoa, que realiza a incineração e esterilização por autoclave a vapor, mas não a desinfecção química nem a esterilização ou inativação química. Conclusão: Nos procedimentos de segregação e armazenamento, os cirurgiões e anestesistas não descartam resíduos alimentares em contêineres verdes ou sacos verdes; metade implementa corretamente o procedimento para resíduos orgânicos e perfurocortantes; 3 de um total de 33 realizam a disposição correta de vidros quebrados. Os resultados indicam que os instrumentadores cirúrgicos e enfermeiros(as) de sala de operação descartam a maioria dos resíduos alimentares em contêineres verdes e sacos verdes, e implementam corretamente o procedimento para resíduos orgânicos e perfurocortantes, incluindo vidros. O pessoal de limpeza realiza corretamente o procedimento de armazenamento e acúmulo. Os elementos contaminados são dispostos em recipientes e sacos diferentes dos resíduos comuns, claramente identificados e adotando medidas especiais de caráter sanitário e de segurança. O processo de transporte é realizado por 2 pessoas de uma empresa privada que gerencia os resíduos hospitalares descartáveis. O tratamento e disposição final é responsabilidade de 1 pessoa, que realiza a incineração e esterilização por autoclave a vapor, mas não a desinfecção química nem a esterilização ou inativação química.
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