Eficácia negocial, autoconceito e variáveis sociodemográficas: estudo em contexto escolar

Contenido principal del artículo

Pedro Cunha
Ana Paula Monteiro
Abílio Afonso Lourenço
María Olimpia Paiva

Resumen

Hoje em dia, assiste-se ao desenvolvimento do estudo e implementação de mecanismos de resolução de conflitos em contexto escolar, entre os quais se assinala a negociação como meio de gestão construtiva de disputas. O objetivo central deste estudo foi a análise da influência do autoconceito académico na eficácia negocial dos alunos. A amostra foi constituída por 505 indivíduos de diferentes anos de escolaridade (7° ao 12° anos) do norte de Portugal, a quem foram aplicados como instrumentos de avaliação o Questionário de Eficácia Negocial de Conflitos na Escola (QENCE), a Escala Piers-Harris Children’s Self-Concept Scale-2 e uma Ficha de Dados Pessoais e Escolares. Os resultados mostraram que o autoconceito influencia positivamente a eficácia negocial dos alunos e que, por sua vez, as variáveis sexo, ano de escolaridade, tempo de estudo e metas escolares contribuem para o autoconceito dos alunos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Cunha, P., Monteiro, A. P., Lourenço, A. A., & Paiva, M. O. (2016). Eficácia negocial, autoconceito e variáveis sociodemográficas: estudo em contexto escolar. Revista Argentina De Ciencias Del Comportamiento, 8(3), 20–29. https://doi.org/10.32348/1852.4206.v8.n3.12407
Sección
Artículos Originales
Biografía del autor/a

Pedro Cunha, Universidade Fernando Pessoa. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

Professor Associado com Agregação.

Ana Paula Monteiro, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - Portugal

Departamento de Educação e Psicologia

Professora Auxiliar, lecciona Psicologia Social e Psicologia do Conflito, Negociação e Mediação

Abílio Afonso Lourenço, Universidade de Évora. Centro de Investigação em Educação e Psicologia

Professor Titular

Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano

María Olimpia Paiva, Universidade de Évora. Centro de Investigação em Educação e Psicologia

Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano

Citas

Amado, J. S. (2001). Interação pedagógica e indisciplina na aula. Porto: Asa.

Arbuckle, J. L. (2012). IBM SPSS AMOS 21 User's Guide. Chicago: Smallwaters Corporation.

Azevedo, A., & Faria, L. (2004). Manifestações diferenciais do auto-conceito no fim do ensino secundário português. Paidéia, 14(29), 265-276.

Bandura, A. (1986). Social foundations of thought and action: a social cognitive theory. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.

Bechtoldt, M. N., De Dreu, C. K. W., Nijstad, B. A., & Zapf, D. (2010). Self-Concept Clarity and the Management of Social Conflict.

Journal of Personality, 78(2), 539-574. doi:10.1111/j.1467-6494.2010.00626.x

Byrne, B. M. (2001). Structural Equation Modeling With AMOS – Basic Concepts, Applications and Programming. New Jersey: Lawrence Erlbaum.

Cunha, P. (2008). Conflito e negociação. (2a ed.). Porto: Asa.

Curran, P. J., West, S. G., & Finch, G. F. (1996). The robustness of test statistics to nonnormality and specification error in confirmatory factor analysis. Psychological Methods, 1, 16-29. doi: 10.1037/1082-989X.1.1.16

Deutsch, M. (1994). Constructive conflict resolution: Principles, training and research. Special Issue: Constructive conflict management: An answer to critical social problems? Journal of Social Issues, 50, 13-32. doi: 10.1111/j.1540-4560.1994.tb02395.x

Entwistle, N. J., McCune, V., & Walker, P. (2000). Conceptions, styles and approaches within higher education: analytic abstractions and everyday experience. In R. Stenberg & L. F. Zang (Eds.), Perspectives on cognitive, learning and thinking Styles styles (pp. 211-245). Mahwah, N. J.: Lawrence Erlbaum.

Fontaine, A. M. (1991). Desenvolvimento do conceito de si próprio e realização escolar na adolescência. Psychologica, 5, 13-31.

Gill, B. P., & Schlossman, S. L. (2003). A nation at rest: The American way of homework. Educational Evaluation and Policy Analysis, 25(3), 319-337. doi: 10.3102/01623737025003319

Inglez de Souza, L., & Ferreira de Brito, M. (2008). Crenças de auto-eficácia, autoconceito e desempenho em matemática. Estudos de Psicologia, 25(2), 193-201. doi: 10.1590/S0103- 166X2008000200004.

Johnson, D. W., Johnson, R., Mitchell, J., Cotton, B., Harris, D., & Louison, S. (1996). Effectiveness of conflict management in an inner-city elementary schools. The Journal of Education Research, 89(5), 280-285. doi: 10.1080/00220671.1996.9941329

Josephs, R. A., Markus, H. R., & Tafarodi, R. W. (1992). Social Psychology, 63(3), 391-402. doi: 10.1037/0022-3514.63.3.391

Kember, D., & Leung, D. (1998). Influences upon students’ perceptions of workload. Educational Psychology, 18(3), 293-307. doi: 10.1080/0144341980180303

Köller, O., Daniels, Z., Schnabel, K. U., & Baumert, J. (2000). Kurswahlen von und Jungenim Fach Mathematik: Zur Rolle von fachspezifischem Selbstkonzept und Interesse [Course selections of girls and boys in mathematics: The role of academic self-concept and interest.]. Zeitschriftfür Pädagogische Psychologie, 14, 26-37. doi: 10.1024//1010-0652.14.1.26.

Leitão, F. C. T. (2008). Diferenciação e desenvolvimento do autoconceito em alunos do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal.

Loos, H. (2003). Atitude e desempenho em matemática, crenças auto-referenciadas e família: uma pathanalysis. Tese de doutoramento, não publicada, Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Brasil.

Lourenço, A. A. (2007). Processos Auto-Regulatórios em Alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico: Contributo da Auto-Eficácia e da Instrumentalidade. Tese de doutoramento não publicada, Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, Braga, Portugal.

Lourenço, A. A., & Paiva, M. O. A. (2004). Negociação de conflitos em contexto escolar. Psicologia, Educação e Cultura, 8(1), 121-140.

Lourenço, A. A., & Paiva, M. O. A. (2006). Comportamentos anti-sociais dos adolescentes: influência da satisfação escolar. Psicologia, Educação e Cultura, 10(1), 159-181.

Lourenço, A. A., & Paiva, M. O. A. (2010). Autoconceito e rendimento académico: um estudo com modelos de equações estruturais. Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación, 18(1), 1138-1663

Lowe, B., Winzar, H., & Ward, S. (2007). Essentials of SPSS for Windows versions 14 e 15: a business approach. South Melbourne, Victoria: Thomson Learning Australia.

Marsh, H. W., Parker, J., & Barnes, J. (1985). Multidimensional adolescent self-concepts: Their relationship to age, sex and academic measures. American Educational Research Council, 22(3), 422-444. doi: 10.3102/00028312022003422

Martini, M. L. (1999). Atribuições de causalidade, crenças gerais e orientações motivacionais de crianças brasileiras. Dissertação de mestrado, não publicada. Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil.

McCarthy, J. D., & Hoge, D. R. (1984). The dynamics of self-esteem and delinquency. American Journal of Sociology, 90, 396-410. doi: 10.1086/228085.

Melamed, J. C., & Reiman, J. W. (2000). Collaboration and conflict resolution in education. High School Magazine, 7(79), 16-20.

Monteiro, A. P., & Cunha, P. (2014). A paz é possível nas escolas? Alguns procedimentos úteis para a gestão construtiva de conflitos. Psicologia, Educação e Cultura. 18(2), 8-20.

Mourão, R. (2005). Trabalhos de casa, crenças e verdades. Dissertação de Mestrado não publicada. Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, Braga, Portugal.

Neves, S. P., & Faria, L. (2009). Autoconceito e autoeficácia: semelhanças, diferenças, inter-relação e influência no rendimento escolar. Revista da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, 6, 206-218.

Paiva, M. O. A. (2009). A dinâmica do autoconceito na disrupção escolar: um estudo com alunos do 3º ciclo do ensino básico (Trabalho de Pós-doutoramento). Escola de Estudos Pós-Graduados e de Investigação da Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal.

Paiva, M. O. A., Cunha, P., & Lourenço, A. A. (2011). Questionário de Eficácia Negocial de Conflitos na Escola (QENCE): validação de um instrumento para a construção de paz nas escolas. Revista Argentina de Ciencias del Comportamiento, 3(3), 23-31.

Peixoto, F. (2003). Auto-estima, autoconceito e dinâmicas relacionais em contexto escolar (Tese de Doutoramento). Universidade do Minho, Braga, Portugal.

Peixoto, F. (2004). Qualidade das relações familiares, auto-estima, auto-conceito e rendimento académico. Análise Psicológica, 22(1), 235-244.

Piers, E. V. (1984). Manual for the Piers-Harris Children's Self-Concept Scale (The Way I Feel About Myself) (2a ed.). Tennesse: Counselor Recording and Tests.

Piers, E. V., & Herzberg, D. S. (2002). Piers-Harris 2: Piers-Harris Children's Self-Concept Scale (2a ed.). Wilshire Boulevard, California: Western Psychological Services.

Reis, S. M. (2002). Internal barriers, personal issues, and decisions faced by gifted and talented females. Gifted Child Today, 25, 14-28. doi: 10.4219/gct-2002-50

Rosário, P. (2001). Diferenças processuais na aprendizagem: avaliação alternativa das estratégias de auto-regulação da aprendizagem. Psicologia, Educação e Cultura, 5(1), 87-102.

Serrano, G. (1996). Elogio a la Negociación. Universidad de Santiago de Compostela: Servicio de Publicaciones e Intercambio Científico. Recuperado de: http://tv.usc.es/mmobj/index/id/2313

Simões, M. F. (2001). O interesse do autoconceito em educação. Lisboa: Plátano Edições Técnicas.

Stevanato, I. S., Loureiro, S. R., Linhares, M. B. M., & Marturano, E. M. (2003). Autoconceito de crianças com dificuldades de aprendizagem e problemas de comportamento. Psicologia em Estudo, 8(1), 67-76.

Teixidó, J., & Castillo, M. (2013). Prácticas de Mejora de la Convivencia Escolar. Málaga: Ediciones Aljibe.

Vaz Serra, A. (1986). A importância do auto-conceito. Psiquiatria Clínica, 7, 57-66.

Veiga, F. H. (2006). Uma nova versão da escala de autoconceito: Piers-Harris Children's Self-Concept Scale (PHCSCS-2). Revista Psicologia e Educação, 5(2), 39-48.

Zampa, D. (2005). Mediación educativa y resolución de conflictos: modelos de implementación. Madrid: Editorial CEP.