O “bom governo” dos escravos em três escritos jesuítas do século XVIII
DOI:
https://doi.org/10.31057/2314.3908.v9.34316Palavras-chave:
Companhia de Jesus, Século XVIII, história comparada, Jesuítas, América colonialResumo
O objetivo deste artigo é realizar um estudo comparativo entre as ações dos jesuítas na administração dos escravos em suas propriedades rurais na América colonial. Para isso, serão usados três escritos jesuítas publicados no século XVIII, dois produzidos no Brasil e um no México. São eles: Instrucciones para los hermanos jesuítas administradores de haciendas (manuscrito mexicano), produzido, provavelmente, entre 1710 e 1725, Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, escrito por André João Antonil e publicado em 1711 e Economia cristã dos senhores no governo dos escravos, escrito por Jorge Benci e publicado em 1705. Estas três obras foram espécies de “manuais” que trouxeram recomendações para hermanos administradores e senhores de engenho para a condução de haciendas e engenhos e a relação com a mão de obra escrava.
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