“Pilulinhas Porretas” e feministas de Conceição Cahú nos jornais Brasil Mulher e Nós Mulheres (1976-1978)

Autores/as

  • Cintia Lima Crescêncio Universidad Federal de Mato Grosso do Sul

Palabras clave:

imprensa, arte feminista, Resistência à ditadura

Resumen

Este artigo objetiva refletir sobre a trajetória feminista de Conceição Cahú (1944-2006) nos jornais Brasil Mulher e Nós Mulheres, entre 1976 e 1978. Parto da premissa que esta importante ilustradora, pintora, retratista, chargista, caricaturista e cartunista era uma artista engajada nas causas feministas no contexto de ditadura no Brasil. Para o desenvolvimento deste texto, que pretente lançar luz à desconhecida história das mulheres na arte e no humor gráfico brasileiro, são explorados como fontes os jornais, em especial as informações de expediente, editoriais, ilustrações, humor gráfico e quadrinhos de autoria de Cahú, bem como entrevistas com integrantes destes dois periódicos.

Referencias

Abreu, Maira (2013): “Nosotras: feminismo latino-americano em Paris”, Revista Estudos Feministas, Nº 2, Vol. 21, pp. 553-572. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2013000200007/25779

Alves, Iracélli da Cruz (2017): “Os movimentos feminista e comunista no Brasil: História, Memória e Política”, Revista Tempos Históricos, Vol. 21, N° 2, pp. 107-140. Disponível em: http://e-revista.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/article/view/17245/12146

Barros, Ana Paula Oliveira (2017): Homens e Mulheres produtores de HQ: discursos sobre o corpo e a sexualidade da mulher na Indústria Cultural. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão. Disponível em: https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/7521

Boff, Ediliane de Oliveira (2014): De Maria a Madalena: representações femininas nas histórias em quadrinhos. Tese de Doutorado. Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-20052014-123753/pt-br.php ||

Büll, Márcia Regina (2007): Artistas Primitivos, Ingênuos (naïfs), populares, contemporâneos, afro-brasileiros. Família Silva: um estudo de resistência cultural. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura, Universidade Prebisteriana Mackenzie, São Paulo. Disponível em: http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/2696

Cardoso, Elizabeth da P (2004): Imprensa feminista brasileira pós-1974. Dissertação de Mestrado. Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27142/tde-17052004-165710/pt-br.php

Carneiro, Sueli (2019): “Mulheres em movimento: contribuições do feminismo negro”, em Heloisa Buarque de Hollanda (ed.), Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto, Bazar do Tempo, Rio de Janeiro, pp. 271-289.

Cosme, Luana Balieiro (2019): “Silêncios no passado: quantitativo de produção de quadrinistas mulheres na revista Metal Pesado”, en Dani Marino e Laluña Machado (ed.), Mulheres & Quadrinhos, Skript, São José, pp. 131-149.

Costa, Ana Alice Alcântara (2010): “O feminismo brasileiro em tempos de Ditadura Militar”, en Joana Maria Pedro e Cristina Scheibe Wolff (ed.), Gênero, Feminismos e Ditaduras no Cone Sul, Ed. Mulheres, Florianópolis, pp. 174-190.

Crau (2014): As Periquitas, Editora Kalaco, São Paulo.

Crescêncio, Cintia Lima (2016): Quem ri por último, ri melhor: humor gráfico feminista (Cone Sul, 1975-1988). Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em História Cultural,, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/168070

Crescêncio, Cintia Lima (2018): “As mulheres ou os silêncios do humor: uma análise da presença de mulheres no humor gráfico brasileiro (1968-2011)”, Revista Ártemis, Nº 1, vol. XXVI, pp. 53-75. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/artemis/article/view/42094

Duarte, Constância Lima (2019): “Feminismo: uma história a ser contada”, em Heloisa Buarque de Hollanda (ed.), Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto, Bazar do Tempo, Rio de Janeiro, pp. 25-47.

Ferreira, Gleidiane de Sousa e Silva, Tauana Olívia Gomes (2019): “Uma visão holística da democracia: a atuação política de mulheres negras no Brasil (1960-1980)”, em Cristina Scheibe Wolff; Jair Zandoná; Soraia Carolina de Mello (ed.), Mulheres de Luta: feminismo e esquerdas no Brasil (1964-1985), Appris, Curitiba, pp. 121-142.

Ferreira, Gleidiane de Souza e Silva, Tauana Olívia Gomes (2017): “E as mulheres negras? Narrativas históricas de um feminismo à margem das ondas”, Revista Estudos Feministas, Nº 3, Vol. 2, pp. 1017-1033. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/41527/35156

Fonseca, Mariamma e Coan, Samanta (2015): Risca! #1:Memória e Políticas das Mulheres nos Quadrinhos, Lady’s Comics, Belo Horizonte.

Geroleti, Luciana Carlos (2019): “Mulheres nas lutas sindicais: uma análise a partir do novo sindicalismo e das bancárias (1978-1985)”, em Cristina Scheibe Wolff; Jair Zandoná; Soraia Carolina de Mello (ed.), Mulheres de Luta: feminismo e esquerdas no Brasil (1964-1985), Appris, Curitiba, pp. 99-120.

Goidanich, Hiron Cardoso e Kleinert, André (2011): Enciclopédia dos Quadrinhos, L&PM, Porto Alegre.

Junior, Gonçalo (2004): A Guerra dos Gibis: A formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos (1933-1964), Companhia das Letras, São Paulo.

Kucinski, Bernardo (1991): Jornalistas e Revolucionários nos Tempos da Imprensa Alternativa, Editora Página Aberta, São Paulo.

Lozano, Consuelo Patricia Martinéz (2020): Género, humor e ironia. La risa de las mujeres en el patriarcado, Ediciones Eón, Ciudad de México.

Luyten, Sonia Maria Bibe (2003): “A mulher e as histórias em quadrinhos: sua produção e retratação no Ocidente e no Oriente”, em José Marques de Melo; Maria Cristina Gobbi e Sérgio Barbosa (ed.), Comunicação latino-americana. O protagonismo feminino, Unesco/Umesp/Fai, São Bernardo do Campo, pp. 186-196.

Marino, Dani; Machado, Laluña (2019): Mulheres & Quadrinhos, Skript, São José.

McCloud, Scott (2005): Desvendando os quadrinhos, Makron books, São Paulo.

Messias, Carolina Ito (2018): Um panorama da produção feminina de quadrinhos publicados na internet no Brasil. Dissertação de Mestrado, Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-22022019-150556/pt-br.php

Nunes, Alina; Wolff, Cristina Scheibe (2019): “A todo vapor: revolução sexual e desbunde”, em Cristina Scheibe Wolff e Jair Zandoná; Soraia Carolina de Mello (ed.), Mulheres de Luta: feminismo e esquerdas no Brasil (1964-1985), Appris, Curitiba, pp. 233-253.

Pedro, Joana Maria (2013): “Corpo, prazer e trabalho”, en Joana Maria Pedro; Carla Bassanezi Pinsky (ed.), Nova História das mulheres no Brasil, Contexto, São Paulo, pp. 238-259.

Pessoa, Alberto Ricardo e Souza, Cristiano Clemente (2019): “Representações do humor feminino nos quadrinhos de Conceição Cahú”, comunicação apresentada na 6ª Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos (Anais), ECA-USP, São Paulo. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/jornadas/anais/6asjornadas/q_historia/alberto_pessoa.pdf Acesso em 16 de junho de 2021.

Scott, Joan Wallach (2002): A cidadã paradoxal: as feministas francesas e os direitos do homem, Ed. Mulheres, Florianópolis.

Silva, Ana Carolina Aguerri Borges da e Silva, Jeferson Alan Vieira da (2021): “Traços de Cahú: a arte como resistência feminista”, Revista Fim do Mundo, Nº 5, pp. 382-392. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/RFM/article/view/11956/7851

Soihet, Rachel (2013): “A conquista do espaço público”, em Joana Maria Pedro e Carla Bassanezi Pinsky (ed.), Nova História das mulheres no Brasil, Contexto, São Paulo, pp. 218-237.

Soihet, Rachel (2007): “Preconceitos nas charges de O Pasquim: mulheres e a luta pelo controle do corpo”, Revista Artcultura, Nº 14, Vol. 9, pp. 39-53. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/1444/1293

Soihet, Rachel (2005): “Zombaria como arma antifeminista: instrumento conservador entre libertários”, Revista Estudos Feministas, Nº 3, Vol. 13, pp. 591-611. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2005000300008/7712

Teles, Amelinha e Leite, Rosalina Santa Cruz (2013): Da Guerrilha à Imprensa Feminista. A construção do Feminismo pós-luta armada no Brasil (1975-1980), Intermeios, São Paulo.

Teles, Maria Amélia de Almeida (1999): Uma breve história do feminismo no Brasil, Brasiliense, São Paulo.

Publicado

2021-12-05

Cómo citar

“Pilulinhas Porretas” e feministas de Conceição Cahú nos jornais Brasil Mulher e Nós Mulheres (1976-1978). (2021). Revista De La Red Intercátedras De Historia De América Latina Contemporánea, 15, 154-179. https://revistas.unc.edu.ar/index.php/RIHALC/article/view/35847