Sobre a Revista

Escrever (e também publicar) não é mais o gesto imprudente que Platão estigmatizou. Talvez não tanto por causa de um triunfo ideológico, mas por causa da conquista de uma relação melhor com o que é tão temido. A verdade e a "mentira", o valioso e o sem importância, também são postos em jogo e reconhecidos em espaços públicos de produção e circulação. Pode ser, então, que a tarefa - a de produzir uma revista, por exemplo - não precise assumir outro caráter que o de uma extensão, com outros meios, do que já fazemos: diálogo, leitura, ensaio, polêmica, comentário... Nombres não quer se apresentar explicitando posições. Por outro lado, gostaria que fosse apenas sobre suas posições que faz pouco sentido falar, porque é precisamente nelas (e em suas diferenças) que fará sentido exercer algum atrito, articular palavras. É por isso que tudo o que quisemos fazer coincide com o que conseguimos fazer, e coincidirá no futuro com o que já fizemos. As circunstâncias são sempre adversas para uma revisão de filosofia. É por isso que a nossa será alimentada pelo mesmo que a curiosidade filosófica: pela ousadia, medo, tentativa, erro. É sempre possível organizar os materiais de forma diferente, ou tentar uma relação diferente com os textos, os idiomas, os problemas. Talvez uma revista permita que esta possibilidade seja colocada em prática.

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Edição Atual

n. 31 (2018): Topías
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Publicado: 2018-11-01
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