Transtornos mentais comuns no período perinatal na Atenção Primária à Saúde na América Latina: uma revisão sistemática e meta-análise

Autores

  • Bruno Pereira Da Silva Universidade Federal de São Paulo
  • Thiago Da Silva Domingos Universidade Federal de São Paulo
  • Roberto Ariel Abeldaño Zuñiga Universidad de la Sierra Sur

DOI:

https://doi.org/10.59843/2618-3692.v24.n41.41444

Palavras-chave:

perinatal, atenção primária, transtornos mentais, saude publica

Resumo

Existe um risco estatisticamente maior de desenvolver comorbidades mentais no período perinatal. Existe uma lacuna científica na análise da ocorrência de problemas de saúde mental no período perinatal entre famílias de média e baixa renda países no contexto da Atenção Primária à Saúde. Assim, o objetivo deste estudo foi revisar a ocorrência de transtornos mentais comuns no período perinatal em Atenção Primária à Saúde na América Latina. Uma estimativa geral de 37% (95% CI:32%-43%) de transtornos mentais comuns foram identificados durante todo o período perinatal período. Apesar das altas frequências identificadas para sintomas de comorbidade mental, não houve estudos em outros países latino-americanos com exceção de Brasil, impossibilitando uma análise sobre a saúde mental das mulheres latinas no período perinatal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bruno Pereira Da Silva, Universidade Federal de São Paulo

Curso de Enfermagem, Centro Multidisciplinar (CMULTI), Universidade Federal do Acre (UFAC). Cruzeiro do Sul, Acre. Brazil. Programa de Pós-graduação em Educação e Saúde (PPGES), Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH), Universidade Federal de São Paulo. São Paulo. Brazil.

Thiago Da Silva Domingos, Universidade Federal de São Paulo

Escola Paulista de Enfermagem. Departamento de Enfermagem Clínica e Cirúrgica. . São Paulo. Brazil.

Roberto Ariel Abeldaño Zuñiga, Universidad de la Sierra Sur

División de Estudios de Posgrado. Oaxaca, Mexico.

Corresponding author:

Dr. Roberto Ariel Abeldaño Zuñiga

Guillermo Rojas Mijangos SN. Ciudad Universitaria. Miahuatlan de Porfirio Diaz, Oaxaca. (70800) Mexico. ariabeldanho@gmail.com, rariel@unsis.edu.mx

 

Referências

Austin, M., Highet, N., & Expert Working Group. (2017). Mental health care in the perinatal period: Australian clinical practice guideline. Centre of Perinatal Excellence. https://cope.org.au/wp-content/uploads/2017/10/Final-COPE-Perinatal-Mental-Health-Guideline.pdf

Cardillo, V. A., Oliveira, L. C. Q., Monteiro, J. C. S., & Gomes-Sponholz, F. A. (2016). Identification of depressive symptoms during postpartum in adolescent mothers. Revista Eletronica de Enfermagem, 18, 1–10. https://doi.org/10.5216/ree.v18.32728

Faisal-Cury, A., Menezes, P., Araya, R., & Zugaib, M. (2009). Common mental disorders during pregnancy: Prevalence and associated factors among low-income women in São Paulo, Brazil. Archives of Women’s Mental Health, 12(5), 335–343. https://doi.org/10.1007/s00737-009-0081-6

Fernandes Moll, M., Matos, A., Rodrigues, T. A., Martins, T. S., Pires, F. C., & Pires, N. A. S. (2019). Tracking postpartum depression in young women. Journal of Nursing UFPE / Revista de Enfermagem UFPE, 13(5), 1338–1344.

Fisher, J., Mello, M. C., Patel, V., Rahman, A., Tran, T., Holton, S., & Holmesf, W. (2012). Prevalence and determinants of common perinatal mental disorders in women in low-and lower-middle-income countries: A Systematic review. Bulletin of the World Health Organization, 90(2), 139–149. https://doi.org/10.2471/BLT.11.091850

Galvão, T. F., Pansani, T. S. A., & Harrad, D. (2015). Principais itens para relatar revisões sistemáticas e meta-análises: A Recomendação PRISMA [Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: The PRISMA statement]. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(2), 335–342. https://doi.org/10.5123/S1679-49742015000200017

Gelaye, B., Rondon, M. B., Araya, R., & Williams, M. A. (2016). Epidemiology of maternal depression, risk factors, and child outcomes in low-income and middle-income countries. Lancet Psychiatry, 3(10), 973–982. https://doi.org/10.1016/S2215-0366(16)30284-X

Hassan, B. K., Werneck, G. L., & Hasselmann, M. H. (2016). Maternal mental health and nutritional status of six-month-old infants. Revista de Saude Publica, 50, 7. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006237

Hong, Q. N., Fàbregues, S., Bartlett, G., Boardman, F., Cargo, M., Dagenais, P., Gagnon, M.-P., Griffiths, F., Nicolau, B., O’Cathain, A., Rousseau, M.-C., Vedel, I., & Pluye, P. (2018). The Mixed Methods Appraisal Tool (MMAT) version 2018 for information professionals and researchers. Education for Information, 34(4), 285–291. https://doi.org/10.3233/EFI-180221

Lara-Cinisomo, S., Clark, C. T., & Wood, J. (2018). Increasing diagnosis and treatment of perinatal depression in latinas and african american women: Addressing stigma is not enough. Womens Health Issues, 28(3), 201–204. https://doi.org/10.1016/j.whi.2018.01.003

Lima, M. O. P., Tsunechiro, M. A., Bonadio, I. C., & Murata, M. (2017). Sintomas depressivos na gestação e fatores associados: Estudo longitudinal [Depressive symptoms in pregnancy and associated factors: Longitudinal study]. Acta Paulista de Enfermagem, 30(1), 39–46. https://doi.org/10.1590/1982-0194201700007

MacLean, J. V., Faisal-Cury, A., Chan, Y. F., Menezes, P. R., Winters, A., Joseph, R., & Huang, H. (2015). The relationship between sleep disturbance in pregnancy and persistent common mental disorder in the perinatal period (sleep disturbance and persistent CMD). Journal of Mental Health, 24(6), 375–378. https://doi.org/10.3109/09638237.2015.1036969

Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., & Altman, D. G. (2009). Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: The PRISMA statement. Journal of Clinical Epidemiology, 62(10), 1006–1012. https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2009.06.005

Nyaga, V. N., Arbyn, M., & Aerts, M. (2014). Metaprop: A Stata command to perform meta-analysis of binomial data. Archives of Public Health, 72(39). https://doi.org/10.1186/2049-3258-72-39

O’Hara, M. W., & Wisner, K. L. (2014). Perinatal mental illness: Definition, description and aetiology. Best Practice & Research Clinical Obstetrics & Gynaecology, 28(1), 3–12. https://doi.org/10.1016/j.bpobgyn.2013.09.002

O’Hara, M. W., & Swain, A. M. (1996). Rates and risk of postpartum depression—a meta-analysis. International Review of Psychiatry, 8(1), 37–54. https://doi.org/10.3109/09540269609037816

Ouzzani, M., Hammady, H., Fedorowicz, Z., & Elmagarmid, A. (2016). Rayyan—a web and mobile app for systematic reviews. Systematic Reviews, 5(210). https://doi.org/10.1186/s13643-016-0384-4

Paskulin, J. T. A., Drehmer, M., Olinto, M. T., Hoffmann, J. F., Pinheiro, A. P., Schmidt, M. I., & Nunes, M. A. (2017). Association between dietary patterns and mental disorders in pregnant women in southern Brazil. Revista Brasileira de Psiquiatria, 39(3), 208–215. https://doi.org/10.1590/1516-4446-2016-2016

Shu, J. E., Huang, H., Menezes, P. R., & Faisal-Cury, A. (2016). Prevalence and risk factors for cannabis use in low-income pregnant women in São Paulo, Brazil. Archives of Women’s Mental Health, 19, 193–196. https://doi.org/10.1007/s00737-015-0534-z

Silva, B. P., Neves, P. A. R., Mazzaia, M. C., & Gabrielloni, M. C. (2020). Common mental disorders and perinatal depressive symptoms : An Integrative review. Revista Brasileira de Enfermagem, 73(Suppl 1), e20190823.

Silva, K. G. M., & Cavalcante Neto, J. L. (2015). Fatores associados ao transtorno mental comum e níveis de atividade física em gestantes [Factors associated with Common mental disorder and physical activity levels in pregnant women]. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 23(2), 113–122. https://doi.org/10.18511/0103-1716/rbcm.v23n2p113-122

Silva, M. M. J., Leite, E. P. R. C., Nogueira, D. A., & Clapis, M. J. (2015). Ansiedade e depressão na gravidez: Caracterização de gestantes que realizaram pré-natal em unidades públicas de saúde [Anxiety and depression in pregnancy: Characterization of pregnant women who received prenatal care in public health units]. Revista de Enfermagem UFPE On line, 9(Suppl. 7), 9027–9037.

Silva, M. M. J., Leite, E. P. R. C., Nogueira, D. A., & Clapis, M. J. (2016). Depression in pregnancy. Prevalence and associated factors. Investigacion y Educacion En Enfermeria, 34(2), 342–350. https://doi.org/10.17533/udea.iee.v34n2a14

Silva, M. M. J., Nogueira, D. A., Clapis, M. J., & Leite, E. P. R. C. (2017). Anxiety in pregnancy: Prevalence and associated factors. Revista Da Escola de Enfermagem Da USP, 51, e03253. https://doi.org/10.1590/s1980-220x2016048003253

Tabb, K. M., Huang, H., Menezes, P. R., Azevedo e Silva, G., Chan, Y.-F., & Faisal-Cury, A. (2015). Ethnic differences in tobacco use during pregnancy: Findings from a primary care sample in São Paulo, Brazil. Ethnicity & Health, 20(2), 209–217. https://doi.org/10.1080/13557858.2014.907390

World Health Organization. (‎2017)‎. Depression and other common mental disorders: Global health estimates. https://apps.who.int/iris/handle/10665/254610.

Downloads

Publicado

2023-06-26

Como Citar

Pereira Da Silva, B., Da Silva Domingos, T., & Abeldaño Zuñiga, R. A. (2023). Transtornos mentais comuns no período perinatal na Atenção Primária à Saúde na América Latina: uma revisão sistemática e meta-análise. Notas De Enfermería, 24(41), 04–15. https://doi.org/10.59843/2618-3692.v24.n41.41444

Edição

v. 24 n. 41 (2023): Notas de Enfermería

Seção

Artículos Originales

Licença

Copyright (c) 2023 Sanatorio Allende

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

 

Os autores que publicaram com esta revista, aceitam os seguintes termos:

a) Os autores manterão seus direitos autorais e garantirão à revista o direito de primeira publicação de sua obra, que estará simultaneamente sujeita à Licença de Atribuição Creative Commons: Não é permitido o uso comercial da obra original ou a geração de obras derivadas. 

b) Os autores podem adotar outros contratos de licença não exclusiva para a distribuição da versão publicada da obra (por exemplo: depositá-la em um arquivo telemático institucional ou publicá-la em um volume monográfico), desde que seja indicada a publicação inicial nesta revista. Os autores são permitidos e encorajados a divulgar o seu trabalho através da Internet (por exemplo, em arquivos telemáticos institucionais ou no seu website) após o processo de publicação, o que pode levar a trocas interessantes e a uma maior citação do trabalho publicado. (Ver O efeito do acesso aberto).