O GAÚCHO, A CHINA E A MOROCHA: LINGUAGEM, IDENTIDADE, GÊNERO E RAÇA NO CONTEXTO FRONTEIRIÇO
Palabras clave:
fronteira/s, gaúcho, História das Ideias Linguísticas, regionalismo, Rio Grande do SulResumen
Neste artigo, reflito sobre a relação das fronteiras com a linguagem gauchesca e com a identidade do sujeito gaúcho. Este, ao transitar pela Argentina e pelo Uruguai, trouxe desses lugares uma série de palavras que foram incorporadas à sua linguagem. Na perspectiva da História das Ideias Linguísticas (HIL), realizo uma análise dos verbetes gaúcho, china e morocha, recortados do Dicionário de regionalismos do Rio Grande do Sul (1996), destacando a relação destes com o espanhol platino e com questões sócio-históricas, como também com questões de gênero e de raça.
Referencias
Auroux, S. (2014). A revolução tecnológica da gramatização (E. Orlandi, Trad.). Editora da Unicamp.
Benveniste, É. (2005). Problemas de linguística geral I (M. G. Novak & M. L. Neri, Trads.). Pontes Editores.
Brum, C. K. (2010). Indumentária gaúcha: Uma análise etnográfica da pedagogia tradicionalista das pilchas. In R. G. Oliven, M. E. Maciel, & C. K. Brum (Eds.), Expressões da cultura gaúcha (pp. 65–96). Ed. da UFSM.
Butler, J. P. (2003). Problemas de gênero: Feminismos e subversão da identidade (R. Aguiar, Trad.). Civilização Brasileira.
Callage, R. (1928). Vocabulário gaúcho. Livraria do Globo.
Chaves, F. L. (2010). O gaúcho e a literatura. In R. G. Oliven, M. E. Maciel, & C. K. Brum (Orgs.), Expressões da cultura gaúcha (pp. 39–48). Ed. da UFSM.
Cortes, J. C. P. (1994). Origem da semana farroupilha e primórdios do movimento tradicionalista. Evangraf.
Echevarria, F. R. (2022). As palavras e a enunciação: A china, a machorra e a morocha no Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul (Tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Maria, RS). UFSM.
Flores, M. (2019). História do Rio Grande do Sul (10. ed., rev. ampl.). Martins Livreiro Editora.
Flores, V. et al. (2022). Dicionário de linguística da enunciação. Contexto.
Drexler, J. (1999). Frontera [Faixa 3]. Warner Chappell Music, Inc. https://www.youtube.com/watch?v=nA4jPF8VsTs
Guimarães, E. (2005). Semântica do acontecimento: Um estudo enunciativo da designação (2. ed.). Pontes Editores.
Guimarães, E. (2018). Semântica: Enunciação e sentido. Pontes Editores.
Hartmann, L. (2011). Sou da fronteira: Narrativas orais e dinâmicas identitárias entre Argentina, Brasil e Uruguai. Anuário Antropológico, 36(1), 187–213. https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/7010/7221
Laytano, D. (1981). O linguajar do gaúcho brasileiro. Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brides.
Leal, O. F. (2021). Os gaúchos: Cultura e identidades masculinas no pampa. Tomo Editorial.
Leenhardt, J. (2002). Fronteiras, fronteiras culturais e globalização. In M. H. Martins (Ed.), Fronteiras culturais: Brasil, Uruguai, Argentina (pp. 27–34). Ateliê Editorial.
Louro, G. L. (1999). Sexualidade, gênero e educação: Uma perspectiva pós-estruturalista. Vozes.
Luco, A. (2001). El sexo imaginário. In J. Olavarría (Ed.), Hombres: Identidad/es y violencia (pp. 85–90). FLACSO-Chile.
Meyer, A. (1960). Prosa dos pagos. São José.
Munanga, K. (2020). Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: Identidade nacional versus identidade negra (5. ed., rev. amp.). Autêntica.
Nolasco, S. (1993). O mito da masculinidade. Rocco.
Novaes, J. V. (2013). Aqui tem homem de verdade? Violência, força e virilidade nas arenas de MMA. In M. Del Priore & M. Amantino (Orgs.), A história dos homens no Brasil (pp. 359–410). Unesp.
Nunes, J. H. (2006). Sobre a noção de dicionário popular. Estudos Linguísticos, XXXV, 1028–1032.
Nunes, Z. C., & Nunes, R. N. (1996). Dicionário de regionalismos do Rio Grande do Sul. Martins Livreiro.
Oliven, R. G. (2006). A parte e o todo: A diversidade cultural no Brasil-nação. Vozes.
Oliven, R. G. (2010). Rio Grande do Sul: Um só estado, várias culturas. In R. G. Oliven, M. E. Maciel, & C. K. Brum (Eds.), Expressões da cultura gaúcha (pp. 15–37). Ed. da UFSM.
Petri, V. (2012). Gramatização das línguas e instrumentos linguísticos: A especificidade do dicionário regionalista. Línguas e Instrumentos Linguísticos, 29, 23–37.
Petri, V. (2009). Reflexões acerca do funcionamento das noções de língua e de sujeito no Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul. Línguas e Instrumentos Linguísticos, 23/24, 23–37.
Piscitelli, A. (2013). Trânsitos: Brasileiras nos mercados transnacionais do sexo. EdUERJ.
Reichelt, H. R. (2019). Xucrismo, bagualogia e tradição “a grosso modo”: (Re)configuração dos espaços de experiência musical gauchesca (Tese de doutorado, Universidade Federal Fluminense, Niterói).
Rodrigues, L. F. (2021). Práticas e políticas linguísticas no Alto Solimões: Plurilinguismo, formação de professores na tríplice fronteira Brasil-Colômbia-Peru (Tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis).
Silva, L. R. (2018). Não me chame de mulata: Uma reflexão sobre a tradução em literatura afrodescendente no Brasil no par de línguas espanhol-português. Trabalhos em Linguística Aplicada, 57, 71–88. https://www.scielo.br/j/tla/a/JZjt3cFmJfPws34Yxx84HHQ/?format=pdf&lang=pt
Sturza, E. R. (2006a). Línguas de fronteira e política de línguas: Uma história das ideias linguísticas (Tese de doutorado, Universidade Estadual de Campinas).
Sturza, E. R. (2019). Portunhol: A intercompreensão em uma língua da fronteira. Revista Iberoamericana de Educación, 81(1), 97–113. https://rieoei.org/RIE/article/download/3568/4055/
Sturza, E. R. (2006b). Vocabulário sul-rio-grandense: De instrumento linguístico à constituição de um discurso fundador. In Letras e Instrumentos Linguísticos (pp. 101–121). Universidade Estadual de Campinas / Pontes Editores.
Sturza, E. R., & Bratz, M. E. (2024). Comunicação transfronteiriça: Portunhol, uma língua de intercompreensão. Temas & Matizes, 17(30), 86–103. https://saber.unioeste.br/index.php/temasematizes/article/view/32498
Tatsch, J. (2013). Estudo enunciativo da designação da expressão “Linguajar Gaúcho” na obra de Dante de Laytano: Reflexão sobre a noção de acontecimento. Web-Revista Sociodialeto. (pp. 206-221). [S. l.], v. 4.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Aquellos/as autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:
- Los/as autores/as conservarán sus derechos de autor y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación de su obra, el cual estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento de Creative Commons que permite a terceros compartir la obra siempre que se indique su autor y su primera publicación esta revista.
- La cesión de derechos no exclusivos implica que la publicación de los artículos en la presente revista no quita la posibilidad o el derecho al autor de publicar de manera posterior a otras revistas u órganos editoriales y la autorización por parte de los autores para que el trabajo sea depositado en los repositorio institucionales: Portal de Revistas de la Universidad Nacional de Córdoba.