Empreendedorismo ortográfico: uma proposta de harmonização e preservação da língua umbundu falada no centro-sul de Angola

Autores/as

  • Botelho Isalino Jimbi
  • Dinis Vandor Sicala

Palabras clave:

inovada, umbundu, empreendedorismo ortográfico, harmonização

Resumen

No ponto 2 do artigo 19º da Constituição Angolana vem expresso que “O Estado valoriza e promove o estudo, o ensino e a utilização das demais línguas de Angola…”. O Umbundu é uma das línguas angolanas cuja forma escrita varia de acordo com a religião que a usa (Diarra, 2003). Ademais, há outras formas de o escrever nas obras de pesquisadores (De Oliveira, 2012). Este artigo tem como objectivo explorar as possibilidades de recurso às várias formas de representação gráfica de certos sons da língua Umbundu, em alfabetos de outras línguas, para adaptá-las ao alfabeto já existente. A metodologia em uso para os resultados que se pretendem compreende a revisão da literatura (Snyder, 2019) e a análise de texto e de conteúdo (Solomon, 1993; Carley, 1992; Carley, 1990 e Weber, 1990). Tentar-se-à fazer entender que o conceito de empreendedorismo ortográfico parecerá novo nesta área de estudo.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Abdula, R. A. M., Timbane, A. A. & Quebi, D. O. (2017). As políticas linguísticas e o desenvolvimento endógeno nos PALOP. Revista Internacional África em Língua Portuguesa. Lisboa: AULP. IV Série, nº 31, 23-46.

Agostinho, A. L. S. & Bandeira, M. (2017). Línguas nacionais de São Tomé e Príncipe e ortografia unificada. Revista Internacional África em Língua Portuguesa. Lisboa: AULP. IV Série Nº 31, 209 -230.

Anselmo, A. (2012).Vocabulários da língua portuguesa editados em Portugal (1866-1970). Vocabulário ortográfico actualizado da Língua Portuguesa: Academia das Ciências de Lisboa. Lisboa: INCM.

Augst, G. (Ed.) (1986). Descriptively and explanatorily adequate models of orthography. In Augst, G. (Ed). New trends in graphemics and orthography. New York and Berlin: Walter de Gruyter. 25-42.

Augst, G. (Ed.) New trends in graphemics and orthography. New York and Berlin: Walter de Gruyter, 1986.

Barnes, L. & Funnell, B.(2005). Exploring the cross-border standardization of Chisena. Language Matters: Studies in the languages of Africa, (36) 1. 41-60.

Barnitz, J. G.(1978). Interrelationship of orthography and phonological structure in learning to read. (Technical Report No. 57). Urbana Champaign, r6: University of Illinois at Urbana-Champaign, Center for the Study of Reading. (ERIC Document Reproduction Service No. ED 150 546).

Batibo, H. (2000). The sounds of Africa: their phonetic characteristics. In: WEB, V. & Kembo-Sure (Eds.). African voices: an introduction to the languages and linguistics of Africa. Cape Town: Oxford University Press. 133-159.

Bird, S. (1998). Strategies for representing tone in African writing systems: a critical review. Edinburgh: University of Edinburgh.

Bontrager, G. H. (2015). Concepts and issues in orthographic design. 2015. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/283015919. Acesso em: 17 de Out. 2019.

Calvet, L. J. (2007). As políticas linguísticas. Trad.de Oliveira Duarte, Jonas Tefen e Marcos Bagno. São Paulo: Parabola Editorial.

Catach, N. (1986). The grapheme: Its positions and its degree of autonomy with respect to the system of the language. In: August, G. (Ed.). New trends in graphemics and orthography. New York and Berlin: Walter de Gruyter. 1–10.

Chimbinda, J. S. F. (2015). Okuluka Kwetu. Huambo: ETU.

Coulmas, F. (Ed.)(2007). The handbook of sociolinguistics. USA and UK: Blackwel Publishing.

Daniel, H. E. (2002). Ondisionaliu Yumbundu/Dicionário de Umbundo: Umbundo – Português. Lisboa: Edições Naho.

Daoust, D. (2007). Language planning and language reform. In Coulmas, F. (Ed.). The handbook of sociolinguistics. USA and UK: Blackwel Publishing. 436 – 452.

De Oliveira, A. J. (2012). O Grande Livro dos Provérbios Angolanos. Luanda: União dos Escritores Angolanos.

Diarra, B. (2003). Choice and description of national languages with regard to their utility in literacy and education in Angola. In: Ouane, A. (Org.). Towards a multilingual culture of education. Hamburg: UNESCO Institute for Eduction. 333-348.

Do Couto, H. H. & Do Couto, E. N. N.(2017). Ecologia das relações espaciais: as preposições do crioulo-português da Guiné-Bissau. Revista Internacional África em Língua Portuguesa. Lisboa: AULP. IV Série, nº 31. 177-208.

Dormelas, J. (2007). Empreendedorismo na prática. São Paulo: Elsevier Editora Ltda.

Fishman, J. A. (2006). Do not leave your language alone: the hidden status agendas within corpus planning in language policy. Mahwah, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, Inc.

Guarte, D. (2006). História da Escrita em Cabo Verde. Grupo para a padronização do alfabeto: proposta de bases do alfabeto unificado para a escrita do Cabo Verdeano. IIPC. Praia, Cabo Verde. 49-98.

INE.(2016). Censo 2014: Recenseamento geral da população e habitação (resultados definitivos). Luanda: INE.

Jimbi, B. I. (2018). A reflection on the Umbundu corpus planning for the Angola education system: towards the harmonization of the Catholic and the Protestant orthographies. Journal of Modern Education Review, (8) 12, 898–905.

Lilunga, A. G. (1981). Elementos Gramaticais da Língua Ngangela. Menongue, Angola.

Liphola, M. (2012). A problemática do tom na escrita de línguas moçambicanas. In Ngunga, A. & Faquir, O. G. (Org.). Padronização da ortografia de línguas moçambicanas: relatório do 3º seminário. Maputo: Centro de Estudos Africanos.313-335.

Longtau, S. R. (2014). Practical Perspectives on minimum essentials for effective orthography designs in Nigeria. Trabalho apresentado na reunião dos Jos Linguistics Circle, em Mountain View, próximo de NTA Jos, 27 fev.

Macaringue, I. (2017). Políticas linguísticas de Moçambique: controvérsias e perspectivas. Revista Internacional África em Língua Portuguesa. Lisboa: AULP. IV Série, nº 31, 47 -70.

Manie, A. B., et al. (2019). Padronização da Ortografia do Txitxopi vs Decisões do IV Seminário sobre a Padronização da Ortografia de Línguas Moçambicanas. Maputo, 30 jan.

Mombe, R. R., Ticongolo, A. S., Mungoi, P. F. & Mazive, S. P. (2002). Declaração Ao Senhor Director do INDE (1). Inhambane, 6 jun.

MPLA.(1980). Histórico sobre a Criação dos Alfabetos em Línguas Nacionais. Lisboa: Edições 70, Lda.

Ndombele, E. D. (2017). Reflexão sobre as línguas nacionais no sistema de educação em Angola. Revista Internacional África em Língua Portuguesa. Lisboa: AULP. IV Série, nº 31, 71 -90.

Ngunga, A. & Faquir, O. G. (2012). Padronização da ortografia de línguas moçambicanas: relatório do III seminário. Maputo: Centro de Estudos Africanos.

Ngunga, A. (2012). Padronização da escrita de línguas moçambicanas: desafios e pragmatismos. In Ngunga, A. & Faquir, O. G. (Org.). Padronização da ortografia de línguas moçambicanas: relatório do III seminário. Maputo: Centro de Estudos Africanos. 294-312.

Ntondo, Z. (2006). Morfologia e sintaxe do Ngangela. Luanda: Editorial Nzila.

Ouane, A. (Ed.). (2003). Towards a multilingual culture of education. Hamburg: UNESCO Institute for Education.

Palmer, B. (1999). Kokota Grammar, Santa Isabel, Solomon Islands. PhD dissertation, University of Sydney, Australia.

Pedro, J. D. et al. (2013). Harmonização Ortográfica das Línguas Bantu de Angola (Kikongo, Kimbundu, Umbundu, Cokwe, Mbunda, oshiKwanyama). Cape Town & Luanda: The Centre for Advanced Studies of African Society & Instituto de Línguas Nacionais do Ministério da Cultura.

Pereira, M. H. R. (2012). Breve história da ortografia da Língua Portuguesa. In Vocabulário ortográfico actualizado da Língua Portuguesa: Academia das Ciências de Lisboa. Lisboa: INCM. p. XXI – XXVI.

Prista, L. (2003). Crítica textual e critérios de ortografia. Revista da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, vol.15, Lisboa, Edições Colibri. p. 199-221.

Quinta, J., Brás, J. & Gonçalves, M. N.(2017). O Umbundo no poliedro linguístico angolano: a Língua Portuguesa no entrelaçamento do colonialismo e pós-colonialismo. Revista Lusófona de Educação, (35) 1, 137-154.

Santaella, L., & Nöth, W. (2008). Imagem: cognição, semiótica, media. São Paulo: Iluminuras.

Santos, B. S. (2018). O fim do império cognitivo. Coimbra: Almedina.

Schroeder, L. (2008). The Bantu orthography manual: for linguistic and literacy fieldworkers. Dallas: SIL International.

Tchimboto, B., & Ucuahamba, A. M. K. (2019). Do desprezo ao apreço do nome: estudo etnolinguístico da antroponímia Umbundu. Benguela: Facta Lux.

Ticongolo, A. S., Dombole, J. M., & Mazive, S. P. (2002). Declaração Ao Senhor Director do INDE (2). Inhambane, 22 nov.

Timbane, A. A., & Balsalobre, S. R. G. (2017). Língua portuguesa em África: políticas linguísticas e crioulos em debate. Revista Internacional África em Língua Portuguesa. Lisboa: AULP. IV Série, nº 31, 15 -22.

Valente, J. F. (1964). Gramática Umbundu: A língua do centro de Angola. Angola: Instituto de Investigação Científica de Angola.

Van Dyken, J., & Lojenga, C. K. (1993). Alphabets of Africa. Dakar: UNESCO.

Descargas

Publicado

2020-12-18

Número

Sección

Dossier: Situaciones singulares o poco tratadas con relación a las lenguas de inmigración o extranjeras