O LUGAR DAS NARRATIVAS NO DIÁLOGO INTERCULTURAL COM OS POVOS ORIGINÁRIOS DA AMÉRICA: PRODUZINDO SIGNIFICADOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Autores/as

  • Laura Nelly Mansur Serres Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palabras clave:

Povos Indígenas, DiálogoIntercultural, Educação Descolonial, Ensino Básico

Resumen

Apresenta-se, neste texto, um projeto de investigação em andamento no âmbito das políticas e gestão de processos educacionais na Educação Básica desenvolvido em uma escola da Rede Pública Federal Brasileira. O estudo, ainda inicial, fundamenta-se nos documentos que orientam o Ensino Básico no Brasil, em cumprimento à lei Nº 11.645/2008, que torna obrigatório o ensino de história e cultura indígenas nas escolas
do país. Com base em Kusch (2009), examinam-se as intervenções docentes que podem resultar na construção de um pensamento totalizador por parte do aluno, fornecendo-lhe elementos para compreender a América, num sentido profundo. Indagam-se ações pedagógicas, dentro e fora da sala de aula, que possam contribuir para o diálogo intercultural, auxiliando o aluno no estudo dos povos indígenas, problematizando
estereótipos e preconceitos. Dentro das ações pedagógicas, estudam-se os elementos das narrativas que falam dos povos originários, reveladores da cosmogonia da nossa América, tornando-se um meio para estabelecer o diálogo intercultural na perspectiva de uma Educação Descolonial.

Referencias

Alvarez Leite, L H. (2010, janeiro/junho) Com um pé na aldeia e um PE no mundo:

avanços, dificuldades e desafios na construção das escolas indígenas públicas e

diferenciadas no Brasil. Revista Currículo sem Fronteiras, Vol. 10, núm. 1, pp.

195-212.

Bonin, I. (2008) Narrativas sobre diferença indígena: como se produz um “lugar de

índio” no contexto escolar. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Vol. 89,

pp. 312-324. Recuperado em 9 de agosto, 2018, de

http://rbep.inep.gov.br/index.php/rbep/article/view/703

Bonin, I. & Ripoll, D. (2015) “Um olhar que aprisiona o outro...”: os povos indígenas

em revista, 20 anos depois. In E. Kirchof; M. L. Wortman & M. Borraber

(Orgs.) Estudos Culturais & Educação – contingências, articulações, aventuras,

dispersões. (1ª ed., pp. 151-173). Canoas, RS: Editora da ULBRA.

Bonin, I. & Bergamaschi, M. A. (2010 janeiro/junho) Povos Ameríndios e educação:

Apresentando e contextualizando o tema. Revista Currículo sem Fronteiras,

Vol. 10, n. 1, pp. 5-11. Recuperado em 9 de agosto, 2018, de

http://www.curriculosemfronteiras.org/vol10iss1articles/nota-introdutoria.pdf

Cadogan, L. (1992). AYVURAPYTA: textos míticos de los MBYÁ-Guaraní del Guairá. (2a

ed.) Asunción: Biblioteca Paraguaya de Antropologia.

Castro-Gómez, S. & Grosfoguel, R. (Eds.). (2007). El giro decolonial. Reflexiones para

una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del

Hombre Editores.

Dier, I. C. F, Ramos , T. M. & Serres, L. N. M. (2017, junho) Práticas alternativas no

Ensino Básico: Produzindo significados sobre identidade e diferença no estudo

dos Povos Indígenas. Anais do 7º Seminário Brasileiro de Estudos Culturais e

Educação / 4º Seminário Internacional de Estudos Culturais e

Educação. Canoas, RS, Brasil. Recuperado em 9 de agosto, 2018, de

http://www.sbece.com.br/resources/anais/7/1495162912_ARQUIVO_PARAENVIO-SBECE-

PRATICASESCOLARESALTERNATIVASNOENSINOBASICO.pdf

Kettzer, S. M. (2001). A literatura e a metodologia do ensino de literatura para crianças

e jovens. In. Komosinski, L. G. & Kohlrausch R. (Orgs.). A linguagem

descobrindo mundos. Erechim/RS: Edifapes.

Kusch, R. (2009) La seducción de la barbarie. In. Obras Completas. Tomo I. Córdoba,

Argentina: Fundación Ross.

______. América Profunda. In. Obras completas. Tomo II. Córdoba, Argentina:

Fundación A. Ross.

______. Geocultura del hombre americano. In. Obras Completas. Tomo III. Córdoba,

Argentina: Fundación A. Ross.

Mato, D. (2008). No hay saber “universal”, la colaboración intercultural es

imprescindible. Revista Alteridades, (35), 01-116. Recuperado em 9 de agosto,

2018, de

http://alteridades.izt.uam.mx/index.php/Alte/article/view/215/214

Menezes, A. L. T. & Bergamaschi, M. A. (2015). Educação Ameríndia: a dança e a

escola Guarani. Santa Cruz do Sul, RS: Edunisc.

Oliveira, T. S. (2008). Arco, flecha, tanga e cocar... ensinando sobre índios. In. R.

Silveira (Org.). Estudos Culturais para professor@s. Canoas, RS: Ulbra.

Santos, B. de S. (2007) Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. São

Paulo: Boitempo.

Descargas

Publicado

2018-11-30

Número

Sección

Artículos