VOLUMEN 36, NÚMERO 2 | JULIO-DICIEMBRE 2024 | PP. 43-56
ISSN: 2250-6101
DOI: https://doi.org/10.55767/2451.6007.v36.n2.47470
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REVISTA DE ENSEÑANZA DE LA FÍSICA, Vol. 36, n.o 2 (2024) 43
O uso do smartphone no ensino de
ciências: panoramas, resultados e
perspectivas
The use of smartphone in science teaching:
overviews, results and perspectives
Yasmin Streit Baldissera 1*, Eduarda da Silva Lopes 2, Dioni Paulo
Pastorio 1
¹ Instituto de Física, Universidade Federal de Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9500 - Caixa Postal 15051 - CEP
91501-970 - Porto Alegre, RS, Brasil.
² Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (PUCRS), Av. Ipiranga, 6681 - Partenon, CEP 90619-900 - Porto Alegre RS, Brasil.
*E-mail: yasminstreit.b@gmail.com
Recibido el 27 de julio de 2024 | Aceptado el 7 de octubre de 2024
Resumo
O presente trabalho consiste em uma Revisão Sistemática da Literatura que apresenta os resultados de uma análise acerca do uso de
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), com foco no uso do celular/smartphone, em sala de aula. A revisão foi
desenvolvida na plataforma Sucupira em periódicos com o Qualis CAPES A1, A2 e B1. Após a primeira análise, os trabalhos selecionados
dividem-se em quatro categorias: Pesquisa (55), Proposta de Atividade (23), Pesquisa e Prática desenvolvida (15) e Prática (sete). Os
resultados permitem-nos compreender os aspectos positivos no uso de celular/smartphone em sala de aula, destacando a facilidade
na compreeno do conteúdo e novos métodos de avaliação, assim como a aproximação dos conteúdos escolares com a realidade
cotidiana dos estudantes, desenvolvendo aspectos motivacionais no indivíduo. Quanto às dificuldades, destacam-se a carência na in-
fraestrutura escolar para o desenvolvimento das atividades didáticas e a formação insuficiente dos discentes para tal.
Palavras-chave: Smartphones; Ensino de Ciências; Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação.
Abstract
The present work consists of a Systematic Literature Review that presents the results of an analysis about the use of Digital Information
and Communication Technologies (DIT), focusing on the use of cell phones/smartphones in the classroom. The review was developed
on the Sucupira platform in journals with Qualis CAPES A1, A2 and B1. After the first analysis, the selected works are divided into four
categories: Research (55), Activity Proposal (23), Research and Practice developed (15) and Practice (seven). The results allow us to
understand the positive aspects of using cell phones/smartphones in the classroom, highlighting the ease of understanding the content
and new assessment methods, as well as bringing school content closer to the students' daily reality, developing motivational aspects
in the classroom. individual. As for the difficulties, the lack of school infrastructure for the development of teaching activities and the
insufficient training of students to do so stand out.
Keywords: Smartphones; Science teaching; Digital Information and Communication Technologies.
I. INTRODUÇÃO
A evolução tecnológica a qual temos presenciado nos últimos anos foi de impacto significativo nas relações humanas
de nossas sociedades. A maneira como nos comunicamos, assim como a velocidade que as informações são projetadas
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são exemplos significativos que retratam esse processo de mudança vivenciado. Se até os anos 2000, comunicávamo-
nos por cartas escritas e que demoravam meses até chegar aos destinatários, temos hoje uma série de recursos tec-
nológicos que permitem o diálogo e a interação em questão de segundos, em qualquer lugar do mundo. Machado e
Pastorio (2022) apontam para um processo de democratização no acesso a recursos mais modernos, fatos que eram
impensados em décadas passadas.
Nessa perspectiva, vivemos aquela que é conhecida como “sociedade da informação”. Muitos recursos tecnológi-
cos estão presentes na vida de grande parte das pessoas. Smartphones com aplicativos funcionais, computadores,
notebooks, que apresentam cada dia mais evoluções em termos tecnológicos, as quais proporcionam uma nova forma
de viver em sociedade. Conforme destaca Kenski (2003):
As tecnologias digitais introduzem uma nova dinâmica na compreensão das relações com o tempo e o espaço. A velocidade
das alterações, que ocorrem em todas as instâncias do conhecimento e que se apresentam com o permanente ofereci-
mento de inovações, desequilibra a previsibilidade do tempo do relógio e da produção em série. (p. 27)
Todos esses aparatos tecnológicos são classificados na literatura como Tecnologias Digitais de Informação e Co-
municação (TDIC). Os estudantes, na educação básica (EB) ou no ensino superior, não estão alheios a esse processo
dinâmico associado às tecnologias. É muito comum encontrarmos as salas de aulas com estudantes “conectados” com
seu smartphone, sendo uma das questões que preocupam as pesquisas recentes na EB, não apenas na realidade na-
cional, assim como mundialmente.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de 2022 traz dados representativos. Segundo a pesquisa, o Brasil
tem, atualmente, mais de um smartphone por habitante. São 242 milhões de celulares em uso no país, que tem pouco
mais de 214 milhões de habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda se
adicionarmos notebooks e tablets nessa análise, são 352 milhões de dispositivos portáteis, o equivalente a 1,6 por
pessoa. Logo, é impensável não acreditar que esses recursos estarão cada vez mais presentes na realidade de sala de
aula.
Esse número maciço de recursos tecnológicos disponíveis indica a importância que a escola não seja excluída desse
processo. Conforme assinala Lemos (2020), o sistema educacional tem buscado a inserção desses dispositivos para
promover e potencializar o aprendizado dos conteúdos, influenciando na formação educacional e profissional dos
alunos. Para o autor, o diálogo que se estabelece entre o homem e a máquina, o qual chamamos de interação, possi-
bilita um novo patamar de interatividade para o usuário, ou seja, maior ação e controle sobre o ambiente que está
sendo explorado.
Conforme indicam Trentin, Silva e Rosa (2018), embora o currículo escolar ainda não esteja devidamente prepa-
rado para a inserção das TDIC no ensino, grande parte da comunidade acadêmica acredita que as tecnologias no en-
sino, e aqui em especial o de Física, contribuem de maneira significativa no aprendizado dos estudantes, tornando-os
profissionais mais “bem preparados.”
Por tudo que expomos até aqui, acreditamos ser fundamental refletirmos sobre a presença e o uso dos smartpho-
nes em sala de aula. Neste trabalho, pretendemos clarificar a pesquisa envolvendo os smartphones e evidenciar aos
professores da Educação Básica e do Ensino Superior as possibilidades e limitações do uso do smartphone no ensino
de Física e de Ciências, apresentando resultados relacionados ao processo de ensino e aprendizagem. Em outras pa-
lavras, apresentamos um duplo objetivo: alcançar professores e pesquisadores, fomentando o debate e a reflexão
acerca do uso destas TDIC nos processos de ensino e aprendizagem de Física e de Ciências.
Ao analisar outras revisões da literatura que abordam o uso de smartphones na educação e no ensino (Jesus
e Jesus, 2022), observamos que muitos artigos destacam um número relativamente pequeno de estudos em suas
análises. Esse número limitado de referências parece não ser suficiente para oferecer uma visão abrangente e deta-
lhada sobre o impacto dos smartphones no contexto educacional, especialmente para o Ensino de Física. Por essa
razão, na presente revisão, optamos por ampliar significativamente o número de trabalhos analisados, incluindo 100
estudos, com o intuito de fornecer uma perspectiva ampla e profunda sobre o tema, permitindo um entendimento
mais robusto e diversificado das questões envolvidas. Em contrapartida, outros artigos que também realizam revisões
da literatura sobre o uso de smartphones focam em compreender a dependência desse dispositivo no contexto social,
sem se concentrar diretamente em seu impacto na educação, objeto direto de estudo no texto aqui apresentado.
Devido à importância e necessidade discutidas, propomos uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL) acerca do
uso de smartphones no EF e EC, respondendo a seguinte questão de pesquisa: Qual a natureza e as principais carac-
terísticas das publicações que utilizam o smartphone como recurso didático em práticas de sala de aula associadas ao
EF e EC?
Nas próximas seções, abordaremos o percurso metodológico desenvolvido, assim como as questões e o referencial
teórico analítico dos dados, além dos resultados, das conclusões e alguns desdobramentos pertinentes.
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II. METODOLOGIA
O presente trabalho tem como característica de pesquisa qualitativa a construção de uma RSL sobre o uso das TDIC,
em especial, o uso do smartphone no EC. Para isso, separamos a pesquisa em seis etapas de execução: (i) seleção de
periódicos nacionais de melhor avaliação na plataforma Sucupira voltadas para a grande área ensino, em especial, as
subáreas de EF e EC; (ii) escolha de palavras chaves que representam a proposta desta pesquisa, as quais serão utili-
zadas na busca do material para análise; (iii) análise individual de cada artigo que contém a(s) palavra(s) chaves; (iv)
desenvolvimento de questões norteadoras de caráter misto sobre a proposta da RSL; (v) um olhar aos artigos seleci-
onados a fim de mensurar as questões desenvolvidas e, por fim, (vi) análise e interpretação das questões, tecendo os
resultados que compreendem o trabalho.
A primeira etapa da pesquisa consistiu em selecionar periódicos nacionais classificados com o Qualis CAPES A1, A2
e B1, voltados para a grande área Ensino e subáreas EF e EC. A busca por artigos que abordam a temática das TDIC foi
realizada por meio das revistas nacionais disponíveis de forma online e de fácil acesso. Sendo assim, selecionamos um
total de 12 periódicos, os quais destacamos a seguir: Revista Brasileira de Ensino de Física; Amazônia - Revista de
Educação em Ciências e Matemática; Caderno Brasileiro de Ensino de Física; Contexto e Educação; Interfaces da Edu-
cação; Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia; Revista de Educação, Ciência e Matemática; Ensino &
Pesquisa; Ensino de Ciência e Tecnologia em Revista; Revista Ciência & Ideias; Revista Ibero-Americana de Estudo em
Educação; UFRGS Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento e Novas Tecnologias na Educação. Na sequência,
buscamos as palavras-chave celular e smartphone para, assim, criarmos um filtro de busca.
Cabe destacar que não definimos um intervalo de tempo para analisarmos os artigos, a fim de maximizar o número
de publicações encontradas, ou seja, incluímos, nesta análise, toda e qualquer publicação, independentemente de sua
temporalidade. Como é de conhecimento, a inserção do computador como recurso popularizado iniciou-se por volta
dos anos 2000 (Fiolhais e Trindade, 2002). Logo, imaginamos que esse período por si só deve estar representado em
nossa análise. Assim sendo, de nossa análise, foram encontrados 100 artigos sobre o uso de celular em sala de aula.
Para as etapas três e quatro, construímos dez questões que foram divididas entre duas categorias: (i) quantitativas,
respondidas em forma de números e gráficos, e (ii) qualitativas, respondidas ao longo do artigo e que necessitam de
uma melhor interpretação. Na etapa cinco, voltamos aos artigos para encontrar as respostas para as questões defini-
das anteriormente e, assim, fazer um panorama geral do uso do smartphone no EF e EC no contexto do ensino brasi-
leiro.
Com o entendimento de que uma RSL é um método investigativo e interpretativo, desejamos reunir os resultados
a fim de promover novas discussões sobre as TDIC em sala de aula (Marconi e Lakatos, 2011). Para a nossa pesquisa,
escolhemos o método de análise de dados qualitativos proposto por Robert Yin (2015). Na sequência, destacamos as
questões norteadoras desenvolvidas, assim como seus objetivos. Essas informações estão representadas na tabela I.
Tabela I. Fontes de leitura dos alunos excluindo os livros didáticos.
Questões
Objetivos
Qual é a natureza do artigo?
Classificar os artigos selecionados em revisões, proposta didá-
tica ou aplicação em sala de aula.
Qual o nível de ensino no qual o celular é aplicado?
Classificar os artigos selecionados nos níveis de ensino.
Em quais disciplinas o celular é utilizado?
Classificar os artigos selecionados em quais áreas do conheci-
mento o celular foi aplicado.
Quais os objetivos do uso do celular em sala de aula?
Entender as razões para o uso do celular em sala de aula e quais
propostas foram desenvolvidas.
Quais os impactos que o uso de celular tem produzido entre os
estudantes?
Compreender se o celular está sendo um aliado no desenvolvi-
mento dos processos de ensino e aprendizagem.
O celular fez parte das avaliações?
Entender se a proposta de utilizar o celular considera a avalia-
ção dos alunos e como ela foi aplicada.
Quais os aspectos positivos no uso do celular para os estudantes?
Entender os impactos positivos causados pelo uso do celular
nas propostas didáticas.
Quais foram as dificuldades no uso do celular?
Verificar as dificuldades na utilização do celular em sala de aula.
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III. REFERENCIAL QUALITATIVO DE ANÁLISE DE DADOS
Optamos pelo método investigativo e interpretativo de análise qualitativa proposto por Robert Yin (Yin, 2015). Esse
método é dividido em cinco etapas, as quais apresentamos e caracterizamos a seguir:
i. Compilação: inicialmente, definimos quais seriam os objetivos da pesquisa; desse modo, foi possível verificar se
os artigos abordaram as TDIC como ferramenta de ensino em sala de aula, delimitando o corpus de análise.
ii. Desagrupamento: é a partir dessa etapa que todos os artigos selecionados para a pesquisa foram organizados e
categorizados. Para definir quais categorias cada artigo faz parte, colocamos os textos em uma tabela com suas res-
pectivas respostas, separando rótulos que seriam aplicados conforme as respostas apresentadas.
iii. Reagrupamento: depois de construir rótulos e identificar cada resposta, foi possível separar todas as categorias
de forma que ficassem organizadas por nichos de rótulos.
iv. Interpretação: aqui avaliamos cada uma das respostas de todos os tulos apresentados. Contabilizamos, na
sequência, a fim de chegar em resultados individuais.
v. Conclusão: a última etapa consiste na reflexão dos resultados encontrados para com a literatura atual e o de-
senvolvimento das considerações finais.
IV. ANÁLISE DOS DADOS QUALITATIVOS
Na próxima seção, apresentaremos os resultados encontrados a partir da análise desenvolvida. Cabe destacar que
utilizaremos as questões de forma individual como subseções, a fim de facilitar a compreensão e interpretação dos
resultados.
Q1: Qual é a natureza do artigo?
A questão está relacionada com a natureza de cada artigo. Com ela, buscamos evidenciar as características globais
dos trabalhos analisados. Na figura 1, podemos visualizar os resultados obtidos perante a categorização desenvolvida
nessa questão:
FIGURA 1. Natureza de cada artigo selecionado
Podemos notar que os artigos voltados para os ensaios teóricos representam 55% do total, ou seja, é a categoria
mais representativa, indicando que a maioria dos trabalhos não tem aplicação direta em sala de aula, destacando
ensaios e discussões de cunho teórico - como revisões de literatura, por exemplo.
Os artigos que buscam desenvolver propostas de atividades didáticas representam 23% do total, já os que buscam
não somente uma pesquisa, mas também a prática desenvolvida, representam 15%, e por fim, os artigos que, de fato,
estão relacionados com práticas desenvolvidas são 7%. Esses resultados mostram um quantitativo preocupante: ainda
que exista um número significativo de trabalhos, poucos refletem a utilização em sala de aula e suas implicações no
processo de ensino e aprendizagem, o que justifica e corrobora ainda mais a pesquisa aqui desenvolvida.
Q2: Nível de ensino
Essa questão teve como objetivo evidenciar a qual nível de ensino cada artigo está associado. Podemos observar os
resultados surgidos da categorização na tabela II a seguir.
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Tabela II: Nível de ensino de cada artigo.
Nível de ensino
Porcentagem
Educação Básica
58%
Ensino superior
18%
Não comenta
11%
Educação Básica + Ensino Superior
7%
Educação Infantil
3%
Espaços não-formais
3%
Podemos notar, na tabela II, que o nível de ensino que mais aparece está voltado para a EB, representando apro-
ximadamente 58%, mais da metade da amostra. Na sequência, 18% estão associados ao ES. Esses níveis mostram o
maior interesse de professores e pesquisadores na utilização do smartphone como recurso didático. Cabe destacar
ainda um número reduzido nos outros níveis de ensino, como na educação infantil e fundamental.
Q3: Disciplinas
A terceira questão está associada a quais disciplinas os artigos estão relacionados. Vale salienta que alguns dos traba-
lhos não direcionam seu estudo para alguma área do conhecimento em específico, tratando de estudos genéricos
sobre a utilização do smartphone. Analisemos a tabela III a seguir.
Tabela III. Áreas do conhecimento citadas nos artigos.
Área do conhecimento
Física
Matemática
Ensino de Ciências Anos Iniciais
Química
Interdisciplinares
Linguagens
Ciências Humanas
Exatas
Da análise dos dados da tabela III, podemos notar que as disciplinas voltadas para as Ciências da Natureza desta-
cam-se na produção de materiais com uso do smartphone, representando aproximadamente 75% das publicações.
Parece-nos enriquecedor esse resultado, pois aponta no sentido de fomentar a reflexão da contribuição desse recurso
para o ensino e aprendizagem dos conceitos de Ciências. Neste sentido, cabe realizarmos estudos mais amplos, a fim
de visualizar os principais ganhos com o uso desse recurso em especial. Após finalizarmos a análise das questões
quantitativas, continuamos a RSL por intermédio das questões qualitativas.
Q4: Quais os objetivos do uso do celular em sala de aula?
As categorias que emergiram são: (i) ferramenta de comunicação; (ii) laboratório virtual; (iii) discussão teórica da
temática e (iv) ferramenta de avaliação. Os resultados dessa análise estão na tabela IV a seguir.
Tabela IV. Objetivos de cada artigo.
Categoria
Nº de trabalhos
Referências
Ferramenta de comunicação
28
[1] [4] [8] [9] [13] [20] [22] [23] [25] [27] [29] [32] [37] [43] [47] [49] [52] [53] [54]
[56] [57] [61] [62] [67] [73] [74] [75] [76]
Laboratório virtual
15
[10] [16] [24] [28] [36] [42] [44] [55] [58] [63] [64] [65] [71] [78] [79]
Discussão teórica da temática
13
[9] [11] [17] [21] [26] [33] [34] [35] [39] [46] [51] [66] [81]
Ferramenta de avaliação
5
[2] [12] [15] [38] [82]
A categoria mais representada nessa questão foi o uso do celular como uma ferramenta de comunicação dos con-
ceitos físicos, o qual tem como objetivo identificar as propostas didáticas desenvolvidas que auxiliem na transmissão
do conhecimento. Desse modo, o professor é capaz de utilizar o celular como ferramenta de ensino, auxiliando nos
conceitos trabalhados. Caracterizando essa categoria, podemos destacar o seguinte excerto: “neste trabalho apresen-
tamos um método para construir uma carta celeste que pode ser utilizado como um recurso didático para introduzir
conceitos de astronomia nas aulas de física” (Justiniano e Botelho, 2016, p. 1). Nesse texto, os autores mostram a
importância que o recurso tem na proposição didática, o qual indica que foi por meio deste que se introduziram as
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discussões conceituais acerca da Física. Além disso, estamos diante de um recurso que oportuniza a aproximação dos
discentes para com o conteúdo estudado, sendo um link direto e oportuno para o docente na construção de sua aula.
A segunda categoria mais representada, intitulada Laboratório Virtual, ressalta os artigos que trazem o laboratório
virtual por meio do uso do celular em sala de aula como recurso para desenvolver habilidades e competências, inici-
almente, pensadas para um laboratório físico, indicando uma dificuldade estrutural das escolas brasileiras. As habili-
dades que podem ser desenvolvidas por meio de um laboratório virtual são, por exemplo, a capacidade para
desenvolver medições, organizar os dados coletados, fazer relação com o experimento desenvolvido e com o conte-
údo visto em sala, aprender a utilizar recursos digitais, entre outros. Podemos salientar o excerto a seguir “a ideia de
se utilizar um jogo que pudesse motivar e dinamizar as aulas foi concebida considerando-se a realidade dos jovens no
contexto atual” (Estevam et al., 2021, p. 3). Esse resultado corrobora trabalhos na área, que apontam a capacidade
que as TDIC têm de tornarem-se alternativas para atividades experimentais, quando, muitas vezes, os experimentos
são difíceis de serem executados.
Para a categoria intitulada discussão teórica da temática no currículo escolar, foram selecionados artigos que apre-
sentem discussões e reflexões unicamente teóricas. Destacam-se as revisões de literatura apresentadas aqui.
A categoria ferramenta de avaliação, visa à praticidade do uso das TDIC durante as aulas, desenvolvendo a auto-
nomia dos alunos para estudar fora do horário da sala de aula. Desse modo, os professores podem avaliar seus alunos
antes e depois das aulas a partir do uso do celular, como assinala o artigo de Bessa e Silva (2017, p. 6), “após selecionar
as questões e criar a avaliação associada a uma de suas turmas, o Multi Prova se encarrega de gerar uma prova para
cada estudante”. Percebemos que a utilização do smartphone potencializa as atividades de avaliação, dinamizando
esse processo, por intermédio da ampliação do espaço tempo de sala de aula, considerando o período extraclasse
como parte do aprendizado dos estudantes. Do ponto de vista analítico, isso se apresenta como um ganho ao docente,
oferecendo um processo avaliativo mais condizente com as necessidades atuais dos estudantes.
Q5: Quais os impactos que o uso de celular tem produzido nos estudantes?
Para entendermos os impactos que o uso do celular tem trazido aos estudantes, dividimos os resultados encontrados
em duas categorias: (i) aumento do interesse e do entendimento e (ii) aproximação dos conteúdos ao cotidiano, des-
tacados na tabela V a seguir.
Tabela V. Impactos do uso do celular/smartphone em cada artigo
Categoria
Nº de trabalhos
Referências
Aumento do interesse e do entendimento
19
[8] [15] [24] [27] [29] [32] [33] [35] [38] [39] [43] [53] [55] [56] [61]
[71] [78] [79] [82]
Aproximação dos conteúdos ao cotidiano
2
[9] [34]
A categoria aumento do interesse e do entendimento expressa os impactos relacionados à motivação, participação
e interesse em sala de aula, potencializados pela utilização das TDIC. A fim de caracterizarmos a categoria, destacamos
dois excertos retirados dos artigos analisados.
O primeiro deles expressa que “com o Quiz Ambiental, as turmas tiveram uma variação entre 42 a 61 % antes do
jogo e de 58 a 74 % após o jogo, com algumas pequenas diferenças entre si, onde a turma B obteve a maior evolução,
com aproximadamente 20% de diferença”. (Estevam et al., 2021, p. 5).
Já o segundo assinala que “o fato de utilizar o celular, normalmente com uso proibido em sala de aula, para explo-
rar atividades matemáticas, realmente motivou os alunos que, mesmo com alguma dificuldade, procuraram compre-
ender os conceitos geométricos explorados nas sequências didáticas”. (Azevedo, Esquincalha e Lozano, 2018, p. 189).
Analisando os excertos, percebemos que o uso do recurso potencializa uma das questões fundamentais na apren-
dizagem de nossos estudantes: a motivação. uma crítica extensiva na área ligada à falta de motivação e que tem
acarretado taxas de reprovação altas e um aprendizado fora do escopo necessário. Sendo assim, o smartphone apre-
senta-se como recurso que conecta a realidade individual com os temas de sala de aula, potencializando a motivação
e o aprendizado.
Ryan e Deci (2000) entendem que, quando os alunos estão motivados e envolvidos em atividades de aprendiza-
gem, eles desenvolvem mais competência e autonomia para a realização de tarefas. Nesse contexto, o uso de dispo-
sitivos móveis, como o celular, para realizar pesquisas individuais ou em colaboração com outros colegas e acessar
conteúdos educacionais, tem maior probabilidade de motivar intrinsecamente os alunos, além de promover sua au-
tonomia em sala de aula.
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Para a segunda categoria aproximação dos conteúdos ao cotidiano, destacam-se as preocupações com a relação
dos conhecimentos científicos para com a realidade dos estudantes. Para salientarmos essa característica, trazemos
o trecho “as análises mostraram que a proposta didática elaborada favoreceu a compreensão de conceitos científicos
relacionados ao conteúdo de ondas eletromagnéticas e oportunizou momentos de reflexões entre os alunos sobre a
utilização do telefone celular na sociedade” (Barbosa et al., 2017, p. 1), em que percebemos que o uso do smartphone
foi determinístico para o desenvolvimento dos conceitos científicos, especialmente aqueles próximos do cotidiano
dos estudantes.
Q6: O celular fez parte da avaliação dos alunos?
Dividimos essa questão em duas categorias: (i) avaliação feita a partir de uma ferramenta digital e (ii) avaliação feita
ao longo das aulas. Podemos observá-las na tabela VI a seguir.
Tabela VI. Categorias resultantes da questão VII.
Categoria
Nº de trabalhos
Referências
Avaliação feita a partir de uma ferramenta digital
7
[4] [24] [33] [34] [43] [53] [56]
Avaliação feita ao longo das aulas
2
[9] [29]
A categoria avaliação feita a partir de uma ferramenta digital está associada ao contexto em que os alunos foram
avaliados ao final de cada atividade. Nesse caso, o celular foi utilizado como parte da avaliação, sendo uma ferramenta
de verificação, como, por exemplo, o uso de questionários online. Outro exemplo que podemos considerar é a utiliza-
ção de jogos ou sites que pontuam os acertos dos alunos. Destacamos um excerto que caracteriza a criação dessa
categoria
Ao analisarmos o desempenho das quatro turmas que participaram das atividades desenvolvidas neste projeto de pes-
quisa, por meio da figura 3, antes e após a aplicação do produto educacional, percebemos que elas apresentaram uma
média de acertos, próxima uma das outras, algumas com valores percentuais quase iguais, como no caso da turma B e da
turma D, antes do jogo. (Estevam et al., 2021, p. 5).
Já a segunda subcategoria, avaliação feita ao longo das aulas, considera a evolução diária dos alunos nas atividades
propostas pelos professores e não apenas uma avaliação final como na categoria anterior.
Da análise desenvolvida, percebemos que os trabalhos “priorizam” avaliações pontuais e acabam perdendo a opor-
tunidade de realizar uma avaliação somativa, indo de encontro às perspectivas das pesquisas que envolvem a avalia-
ção, as quais expressam a necessidade de avaliarmos nossos estudantes em diferentes frentes e perspectivas,
fomentando a participação em diferentes contextos. Como tratamos aqui de uma ferramenta extremamente dinâ-
mica, parece-nos fundamental que a avaliação também tenha essa perspectiva, aproximando as atividades com a
categoria intitulada “avaliação ao longo das aulas”, afinal esta relaciona-se com a necessidade de um processo avali-
ativo reflexivo e formativo.
Q7: Quais os aspectos positivos do uso do celular para os estudantes?
Acreditamos que esses recursos tecnológicos - em proposições didáticas adequadas aos referenciais teóricos e meto-
dológicos tornam-se importantes no processo de ensino e aprendizagem e, por conta disso, nessa questão, busca-
mos investigar quais os aspectos positivos para a utilização das TDIC no ensino e aprendizagem de Física, evidenciando,
assim, a relevância destes para professores e pesquisadores da área, interessados nessa temática.
Para compreendermos quais os benefícios de usar essa TDIC em aula, conforme nossa análise, emergiram três
categorias
1
: (i) facilidade na construção do conhecimento; (ii) inclusão no ensino e (iii) despertar o interesse dos alu-
nos.
Tabela VII. Aspectos positivos do uso do celular/smartphone em cada artigo
Categoria
Nº de trabalhos
Referências
Facilidade na construção do conhecimento
15
[4] [8] [9] [24] [29] [35] [38] [52] [53] [56] [62] [71] [78] [79] [82]
Desperta o interesse dos alunos
4
[15] [32] [34] [43]
Inclusão no ensino
1
[20]
1
Analisamos apenas os trabalhos com implementação em sala de aula.
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Podemos observar, na tabela VII, que a maioria dos artigos selecionados define, como ponto positivo, a facilidade
da construção do conhecimento por parte dos alunos a partir do uso de celular/smartphone. Desse modo, o conteúdo
estudado em sala de aula pode ser compreendido de forma mais ampla e correlacionada com outras áreas do conhe-
cimento, trazendo, para discussão, processos de ensino interdisciplinares, por exemplo. Esse aspecto pode ser evi-
denciado no excerto: “os alunos entenderam a dificuldade e com isso percebeu-se melhora no desempenho e
dedicação à disciplina (Heidrich, Almeida e Bedin, 2022, p. 17) e é visto no trecho “as habilidades e competências
acrescidas com o projeto permitem que os alunos compreendam melhor as disciplinas nas áreas de eletrônica e com-
putação principalmente, e, assim, obtenham um melhor desempenho nas mesmas” (Silva et al., 2014, p. 9).
A segunda categoria define-se como “desperta o interesse dos alunos”, está associada a facilidade de o conteúdo
estar mais próximo da realidade dos estudantes, assim como a sua disposição de aprender. Para melhor caracterizar-
mos essa categoria, destacamos o seguinte excerto: “o jogo Angry Birds Space aparentemente, de fato, contribui para
que estudantes possam prever trajetórias e considerar ângulos de lançamento diferentes, através da alteração de suas
imagens mentais e drivers” (Freitas, Neto e Silva, 2016, p. 8). Podemos evidenciar também, nesse outro fragmento
extraído de nossa análise:
Os resultados parciais da pesquisa em andamento foram surpreendentes: os critérios da avaliação da disciplina tiveram
que salientar mais o processo de construção de conhecimento, que o resultado final, pois a cada dia, os alunos ressignifi-
cavam suas produções. Pediram para continuar nas férias e utilizar o blog ao longo do curso. (Garcia, 2009, p. 10)
Evidentemente, essa categoria tem uma proximidade significativa com a questão da motivação, já expressa ante-
riormente. A aproximação entre o interesse dos estudantes, os conceitos associados ao cotidiano e a motivação fazem
uma tríade com potencial para o Ensino de Física e de Ciências, potencializando a aprendizagem dos estudantes.
Por fim, a terceira categoria, inclusão no ensino, destaca o aprendizado dos estudantes com o objetivo de diminuir
os desafios na hora de ensinar e aprender. Trazemos o excerto que expressa, com clareza, as características dessa
categoria: “desenvolver atividades de estudo que envolvam a transposição de narrativas para o contexto das mídias,
nos parece um caminho favorável ao desenvolvimento de habilidades de comunicação, voltadas ou não para alunos
com deficiência”. (Cordeiro e Fonseca, 2020, p. 16).
Diante do exposto, proporcionar a inclusão no ensino, motivar e despertar a curiosidade dos estudantes e facilitar
a construção do conhecimento (especialmente os de Física) são aspectos necessários e fundamentais para uma apren-
dizagem condizente com as necessidades atuais, especialmente em uma sociedade em constante evolução. Sendo
assim, esse recurso tecnológico traz consigo potencialidades consideráveis para o EF.
Q8: Quais os aspectos negativos do uso do celular/smartphone para os estudantes?
Nesta RSL, destacamos a importância de entender as dificuldades enfrentadas pelos alunos durante a utilização do
celular como ferramenta de ensino. É fundamental, em nossa visão, compreendermos quais são as principais dificul-
dades, uma vez que elas devem ser consideradas antes mesmo de qualquer projeção na utilização desses recursos em
sala de aula, ou seja, o docente ou pesquisador, tendo em mãos os resultados expressos nessa questão, pode propor-
cionar situações que distanciam os estudantes das possíveis e principais dificuldades.
Inicialmente, cabe ressaltar que os textos analisados neste artigo inferem pouca ou quase nenhuma informação
relacionada às dificuldades apresentadas na utilização do recurso. Na grande maioria das vezes, os autores expressam
somente os aspectos positivos, deixando os negativos para um segundo plano, ou mesmo não trazendo informações
associadas. Da análise desenvolvida, construímos três categorias associadas às dificuldades relacionadas ao uso do
celular em práticas didáticas: (i) entendimento do aplicativo; (ii) estrutura escolar e (iii) formação dos estudantes.
Tabela VIII. Quais as dificuldades citadas em cada artigo.
Categoria
Nº de trabalhos
Referências
Entendimento do aplicativo
4
[8] [53] [78] [82]
Estrutura escolar
2
[15] [24]
Formação dos estudantes
1
[56]
A dificuldade que aparece com mais frequência nos artigos analisados está voltada para o entendimento do apli-
cativo pelos estudantes. Essa dificuldade pode estar associada à interpretação do aplicativo e/ou ao funcionamento
dele durante as aulas. Podemos reforçar esse argumento por intermédio do seguinte excerto: “as dificuldades expres-
sas foram em relação à organização das informações nos modelos dos aplicativos/programas”. (Oliveira e Cunha,
2020, p. 1). Essa é uma característica que aparece em outros trabalhos, os quais destacam a facilidade dos discentes
em trabalhar com redes sociais e, ao mesmo tempo, uma considerável dificuldade de operá-lo em atividades de en-
sino.
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A segunda categoria, intitulada estrutura escolar, representa os artigos que entendem a dificuldade dos alunos em
realizar uma tarefa devido à falta de algum recurso básico para dar continuidade na aprendizagem, como, por exem-
plo, a conexão com a internet da escola. Isso fica evidente em:
Costa (2017) concluiu após a utilização do aplicativo Scrtach, que os docentes devem buscar ferramentas que sejam con-
temporâneas à realidade dos estudantes, mesmo diante das dificuldades encontradas, como as de ordem estrutural, a
exemplo o acesso a pontos de internet ou mesmo a falta de um laboratório de informática na escola. (Estevam et al., 2021,
p. 7).
Essa categoria traz à tona um problema das escolas públicas brasileiras e transparece uma questão de escassez de
políticas públicas de qualidade: a falta de estrutura mínima em relação a recursos tecnológicos e a carência de forma-
ção de recursos humanos para o desenvolvimento de atividades com essa finalidade. A complexidade do processo
formativo fica em segundo plano se não existem condições mínimas para o desenvolvimento das atividades de ensino,
o que é evidenciado pela ausência de recursos e estrutura.
Por fim, a Formação dos estudantes - categoria que menos foi representada, descreve a dificuldade em realizar
alguma atividade com o smartphone por falta de uma base prévia de conhecimento dos alunos sobre o assunto estu-
dado. Isso fica evidente no excerto: “realizar a relação entre os conceitos de Física estudados em sala e situações do
cotidiano representou uma dificuldade para os estudantes, sendo necessária a intervenção do pesquisador para trazer
alguns exemplos para a discussão e deixá-los mais à vontade para realizar as suas anotações” (Pinto e Filho, 2022, p.
10).
Percebemos que, na maioria dos casos, as dificuldades estão intrinsecamente relacionadas a aspectos operacionais
do usuário e infraestrutura da escola. Situações como essa são de fundamental importância e relevância, uma vez que
interferem diretamente nos resultados e no êxito das proposições. Neste sentido, pensando em futuros desenvolvi-
mentos em que o smartphone seja empregado como principal recurso didático, essas questões precisam ser levadas
em conta, antes mesmo da execução do projeto.
Os tópicos citados anteriormente nas questões sete e oito, e podem ser observados novamente na tabela IX a
seguir. Dessa forma, sintetizamos as potencialidades e limitações do uso do celular em sala de aula para um melhor
entendimento.
Tabela IX. Tabela comparando as potencialidades e limitações do uso do celular.
Potencialidades
Limitações
Facilidade na construção do conhecimento
Entendimento do aplicativo
Desperta o interesse dos alunos
Estrutura escolar
Inclusão no ensino
Formação dos estudantes
De fato, a tabela IX apresenta-nos aspectos que o relevantes, tanto para pesquisadores que veem, no smar-
tphone, um recurso de interesse para o desenvolvimento de suas pesquisas, quanto para docentes que planejam
utilizá-lo como recurso de sala de aula. Quando se olha para atividades que buscam o ensino e a aprendizagem de
conceitos físicos, um recurso que colabora no interesse dos estudantes, facilitando a construção do conhecimento e
a inclusão no ensino, torna-se um objeto extremamente útil. Ainda que seja necessário considerar a estrutura escolar
e a formação dos estudantes para que o uso disseminado seja uma realidade positiva e objetiva dentro da escola.
V. CONCLUSÃO
Como destacado ao longo do nosso trabalho, o uso das TDIC vem sendo implementado cada vez mais nas salas de
aula das escolas brasileiras, levantando, assim, opiniões diversas sobre vantagens e desvantagens delas nos processos
de ensino e aprendizagem, especialmente no Ensino de Física.
O objetivo principal desta RSL foi investigar artigos publicados que envolvam a utilização do smartphone em sala
de aula como ferramenta digital de ensino em periódicos nacionais de melhor avaliação, de acordo com o qualis
CAPES. Para isso, encontramos e selecionamos 100 artigos de diversas revistas que abordam a utilização do celular no
ensino, formal ou informal. Entretanto, apenas 7% dos artigos apresentados, de fato, consideram a prática do uso do
celular/smartphone em sala de aula. Um número bem menor do que o esperado, quando olhamos para o total anali-
sado.
Podemos destacar resultados importantes da RSL, como, por exemplo, o nível de ensino que os artigos abordam.
Dos 100 artigos selecionados, 58 são voltados para a Educação Básica e 18 são para o Ensino Superior. Esse resultado
é surpreendente, uma vez que, em geral, essas atividades apresentam-se em maior número no Ensino Superior.
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Além disso, quando enfocamos o desenvolvimento em sala de aula, os resultados obtidos são positivos e mostram
que, de fato, o uso de smartphone tem se destacado cada vez mais, como, por exemplo: (i) o fácil acesso de material
didático, como simulações de laboratórios, vídeos educativos e calculadoras; (ii) engajamento da turma frente a mo-
tivação de sair do ensino tradicional durante as aulas; (iii) facilidade na hora de corrigir e avaliar os alunos e (iv) auto-
nomia dos alunos.
Com base nesses resultados, entendemos que novas pesquisas no uso de smartphone em sala de aula são neces-
sárias, assim como a necessidade de englobar periódicos internacionais em análises futuras, a fim de possibilitar um
olhar ainda mais global para essa perspectiva e traçarmos um paralelo entre as percepções.
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