O colonialismo português e os usos da antropologia em Moçambique
DOI:
https://doi.org/10.31048/1852.4826.v14.n3.34588Palavras-chave:
Antropologia, Colonização, Mozambique, Portugal, Racismo, EssencialismoResumo
O presente trabalho estuda os usos da antropologia durante a ocupação portuguesa de Moçambique. Aí será possível analisar os excessos a que conduziu uma antropologia essencialista herdada do racismo moderno, mas também será possível ver um uso dela que permitiu questionar esta situação e possibilitar novas perspetivas e processos. A análise se propõe a indicar as bases de um método que evita o uso idealista do conhecimento e consegue favorecer reviravoltas mínimas, mas essenciais, nos dispositivos governamentais. Para além da perspectiva histórica do trabalho, constitui um estudo de caso metodológico que pode orientar a intervenção de outros profissionais da antropologia e das ciências sociais empenhados (e muitas vezes convocados por várias organizações) para estudar os problemas do nosso presente.
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