diStribuição e eStrutura daS eSPéCieS lenhoSaS  
em uma reStinga eCotonal no litoral amazôniCo  
maranhenSe, braSil  
diStribution and StruCture of woody SPeCieS in an eCotonal  
reStinga on the amazon CoaSt of maranhão State, brazil  
y
3
Eduardo Bezerra de Almeida Jr. *  
Summary  
Background and aims: Restinga vegetation is an ecosystem that extends along the  
coast of Brazil in several extensions, with phytophysiognomies composed of strata  
varying from herbaceous to arboreal. The objective of this work was to analyze the  
structural arrangement, the diversity and distribution of the woody community of an  
ecotonal restinga on the coast of Maranhão, Northeast Brazil.  
M&M: For sampling the vegetation, the method of points-quadrants (50 points)  
was used, whose inclusion criteria was Perimeter at Ground Height ≥ 10cm.  
Phytosociological parameters, community structure and phytogeographic  
distribution pattern were analyzed.  
1
. Programa de Pós-Graduação  
em Biodiversidade e Conservação,  
Universidade Federal do  
Maranhão, Av  
.
dos Portugueses,  
1
2
966, São Luís, Maranhão, Brasil  
. Departamento de Patologia,  
Universidade Federal do Maranhão  
Av. dos Portugueses, 1966, São  
Luís, Maranhão, Brasil  
Results: The sampling resulted in 22 species, 18 genera and 14 families. The  
most representative families were Myrtaceae, Arecaceae, Fabaceae, Ochnaceae,  
Polygonaceae e Rubiaceae. The species with the highest Importance Values (IV)  
were Astrocaryum vulgare (20,36%), Attalea speciosa (19,40%), Himatanthus  
drasticus (14,72%), Chamaecrista ramosa (10,68%), and Eugenia biflora (10,27%).  
The Shannon’s diversity index was 2,401 nat.ind and Pielou’s equality was 0,749.  
The pattern of local distribution showed that the species are randomly distributed.  
Conclusions: The structure and dynamics of the ecotonal restinga between the  
Amazon and Northeastern coastlines indicate that the area has richness and  
diversity of species with values similar to the restingas of the northeast, highlighting  
the need for protection and valuation of plants in restinga areas.  
3
. Departamento de Biologia, Pós-  
Graduação em Biodiversidade e  
Conservação, Universidade Federal  
do Maranhão Av. dos Portugueses,  
1
966, São Luís, Maranhão, Brasil.  
ebaj25@yahoo.com.br  
Citar este artículo  
-1  
*
BELFORT, L., F. R. FERNANDES DO  
NASCIMENTO & E. BEZERRA DE  
ALMEIDA JR. 2021. Distribuição  
e estrutura das espécies lenhosas  
em uma restinga ecotonal no litoral  
Amazônico Maranhense, Brasil. Bol.  
Soc. Argent. Bot. 56: 561-574.  
Key wordS  
Importance value, Maranhão state; Northeast of Brazil, phytosociology.  
reSumo  
Introdução e objetivo: As restingas são peculiares por se estenderem ao longo do  
litoral em variadas extensões, com fitofisionomias compostas por estrato variando  
entre herbáceo a arbóreo. O objetivo deste trabalho foi analisar o arranjo estrutural,  
a diversidade e a distribuição da comunidade lenhosa de uma restinga ecotonal no  
litoral maranhense, nordeste do Brasil.  
M&M: Para amostragem da vegetação foi utilizado o método de pontos-quadrantes  
(50 pontos), cujo critério de inclusão foi Perímetro à Altura do Solo ≥ 10cm. Foram  
analisados os parâmetros fitossociológicos, a estrutura da comunidade e o padrão  
de distribuição fitogeográfica.  
Resultados: Foram amostradas 22 espécies, 18 gêneros e 14 famílias. As famílias  
mais representativas foram Myrtaceae, Arecaceae, Fabaceae, Ochnaceae,  
Polygonaceae e Rubiaceae. As espécies de maiores Valores de Importância (VI)  
foram Astrocaryum vulgare (20,36%), Attalea speciosa (19,40%), Himatanthus  
drasticus (14,72%), Chamaecrista ramosa (10,68%) e Eugenia biflora (10,27%).  
-1  
O índice de diversidade de Shannon foi 2,401 nat.ind e a equitabilidade de Pielou  
,749. O padrão de distribuição local mostrou que as espécies estão distribuídas  
0
aleatoriamente.  
Conclusões: A estrutura e dinâmica da restinga ecotonal entre os litorais amazônico  
e nordestino indica que a área tem riqueza e diversidade de espécies com valores  
semelhantes as restingas do nordeste, ressaltando a necessidade de proteção e  
valoração das plantas das áreas de restinga.  
Recibido: 30 Abr 2021  
Aceptado: 29 Sep 2021  
Publicado en línea: 4 Nov 2021  
Publicado impreso: 20 Dic 2021  
Editor: Roberto Manuel Salas  
PalavraS-Chave  
Fitossociologia; Maranhão; Nordeste; valor de importância.  
ISSN versión impresa 0373-580X  
ISSN versión on-line 1851-2372  
561  
Bol. Soc. Argent. Bot. 56 (4) 2021  
introdução  
que nas restingas maranhenses, no trecho referente  
ao litoral amazônico se verifique uma maior  
A intensa antropização nas regiões costeiras representação de espécies do domínio Amazônico,  
para o desenvolvimento do turismo, especulação e no litoral nordestino um maior registro de espécies  
imobiliária e instalações de portos, provocam do Cerrado. Diante disso, acredita-se que por ser  
degradação e perdas irreparáveis à diversidade uma região ecotonal, a costa da Ilha do Maranhão  
vegetal das restingas, sendo necessária a apresente características vegetacionais comuns  
implementação de efetivas unidades de conservação aos litorais amazônico e nordestino, sendo um  
para proteção deste ambiente (Rocha et al., 2007; diferencial quanto à sua composição e distribuição  
Braz et al., 2013). No Brasil, as restingas são de espécies.  
peculiares por se estenderem ao longo do litoral em  
Apesar desta particularidade, pesquisas sobre as  
variadas extensões, com fitofisionomias compostas áreas ecotonais da restinga da Ilha do Maranhão  
por estrato variando entre herbáceo a arbóreo ainda são escassas quanto ao conhecimento e  
(Suguio & Tessler, 1984; Braz et al., 2013).  
caracterização do estrato lenhoso (Machado &  
Considerando a riqueza da flora, a extensão Almeida Jr., 2019; Paiva & Almeida Jr. 2020;  
territorial, os riscos de ameaça e a carência de Almeida Jr. et al., 2020). Embora existam registros  
dados ecológicos sobre as restingas, esforços da riqueza florística das restingas maranhenses  
foram intensificados para conhecer a diversidade (Cabral-Freire & Monteiro, 1993; Serra et al., 2016;  
e estrutura da vegetação litorânea (Zickel et al., Lima & Almeida Jr., 2018; Correia et al., 2020;  
2
015). Nesse contexto, estudos fitossociológicos Guterres et al., 2020) faz-se necessário compreender  
mostram-se importantes por caracterizar a a organização e o arranjo estrutural da vegetação.  
comunidade vegetal (Walter et al., 2015), auxiliar Neste contexto, o presente trabalho teve como  
no entendimento do arranjo estrutural dessas objetivo avaliar o arranjo estrutural da comunidade  
comunidades e subsidiar medidas de recuperação, lenhosa de uma área de restinga ecotonal. Para isso,  
manejo e conservação dos ecossistemas (Velazco foram levantadas as seguintes questões: i) Qual a  
et al., 2015; Martins et al., 2017), na costa Norte e composição estrutural da comunidade lenhosa da  
Nordeste do Brasil.  
restinga de Panaquatira? ii) Qual a diversidade do  
Nesta última década, análises sobre a diversidade estrato lenhoso da restinga de Panaquatira? iii) Em  
da comunidade lenhosa de restingas foram realizadas quais tipos de vegetação as espécies da restinga de  
ao longo do litoral nordestino, com destaque para Panaquatira ocorrem?  
os estados de Pernambuco (Almeida Jr. et al.,  
2
011; Cantarelli et al., 2012; Zickel et al., 2015)  
e Bahia (Menezes et al., 2009; Silva & Menezes, material e métodoS  
012; Santos et al., 2015). Todavia, apenas três  
estudos (Machado & Almeida Jr., 2019; Almeida Área de estudo  
2
Jr. et al., 2020; Paiva & Almeida Jr., 2020) foram  
O estudo foi desenvolvido em uma área de  
desenvolvidos no litoral maranhense, necessitando restinga na praia de Panaquatira (02°28’23”S  
de mais pesquisas para ampliar o conhecimento 044°03’13,8”W, Fig. 1), localizada no município de  
sobre a distribuição das espécies ao longo da costa São José de Ribamar, estado do Maranhão, Brasil.  
do Estado do Maranhão, considerada a segunda Com extensão de 5,6 km, a praia de Panaquatira  
maior do Nordeste.  
apresenta topografia plana com declive suave  
Cabe ressaltar que o litoral maranhense se (Souza et al., 2006), ficando na região de transição  
encontra dividido em duas vertentes. A porção oeste, entre os dois tipos do litoral brasileiro (Lima e  
caracterizada como litoral amazônico e a porção Almeida Jr., 2018), o litoral amazônico e o litoral  
leste pertencente ao litoral nordestino setentrional nordestino setentrional. A região apresenta clima  
(
Villwock et al., 2005). A Ilha do Maranhão tropical do tipo Aw, conforme a classificação de  
encontra-se na divisa entre o litoral amazônico Köppen (Peel et al., 2007). As temperaturas na Ilha  
e o nordestino (Silveira, 1964). E, considerando do Maranhão variam ao longo do ano de 25,5 °C a  
que as restingas são colonizadas por espécies de 28,6 °C, com índice pluviométrico médio em torno  
ecossistemas adjacentes (Scarano, 2002), espera-se 2.000 mm/ano (IMESC, 2011).  
562  
L. Belfort et al. - Vegetação lenhosa em uma restinga no litoral Amazônico  
Fig. 1. Localização da área de estudo. A. Brasil; B. Estado do Maranhão; C. Praia de Panaquatira. Fonte:  
Lima et al. (2017).  
A restinga da praia de Panaquatira possui próximos, com justaposição das copas (Lima et  
vegetação de manguezal em trechos rebaixados al., 2017). Para isso, foi utilizado o método de  
da área que ficam sujeitas a alagamentos por pontos-quadrantes (Cottam & Curtis, 1956), onde  
águas estuarinas (Lima et al., 2017). A restinga foram instaladas cinco transecções paralelas, de  
do presente estudo é considerada uma das áreas 100m cada. Em cada transecção foram alocados  
de maior expressividade em relação à vegetação 10 pontos quadrantes, espaçados 10 m entre si,  
de restinga do Maranhão, por presentar um bom perfazendo o total de 50 pontos. Foram incluídos  
estado de conservação, quando comparada com na amostragem os indivíduos lenhosos vivos com  
outras áreas do litoral do Estado, apresentando perímetro à altura do solo (PAS) ≥ 10 cm. Para  
uma flora com alta riqueza e diferentes tipos cada indivíduo foi medido o perímetro do caule  
fisionômicos (Lima et al., 2017; Lima & Almeida (com auxílio de uma fita métrica), a altura da  
Jr., 2018).  
planta (estimada com auxílio de vara graduada)  
e a distância da planta até o centro do quadrante.  
Para as palmeiras foram medidas as estipes  
Amostragem da vegetação  
A amostragem foi realizada na fisionomia aéreas, considerando o mesmo valor de critério  
frutíceto fechado não inundável (fisionomia com de inclusão, com PAS ≥10 cm; cabe destacar que  
aspecto fechado, que apresentam uma composição na área não foi registrada nenhuma palmeira com  
de arbustos e arvoretas se desenvolvendo muito estipe subterrânea.  
563  
Bol. Soc. Argent. Bot. 56 (4) 2021  
Indivíduos ramificados ao nível do solo foram das espécies, conforme proposto por Pereira et al.  
considerados na amostragem quando pelo menos (2004). De acordo com esses autores as espécies  
uma dos ramos atendia ao critério de inclusão, com foram classificadas em dominantes (VI > 10),  
PAS ≥10 cm. Diante disso, o perímetro de cada intermediárias (10 > VI > 1) e raras (VI < 1). O  
ramificação era medido e depois todos os valores padrão de distribuição espacial local das espécies foi  
eram somados para ser calculado e transformado no estimado segundo o índice de Morisita padronizado  
valor correspondente ao diâmetro da planta (Moro (Ip) proposto por Smith-Gill (1975), adaptado  
&
Martins, 2011). Os valores dos perímetros foram por Krebs (1999), que desconsidera as espécies  
convertidos em diâmetros para os cálculos dos com apenas um indivíduo. Cada espécie pode ser  
parâmetros estruturais. Todos os arbustos, árvores classificada como regular (Ip < -0,5), aleatória  
e palmeiras amostrados foram etiquetados com (-0,5 < Ip > 0,5) ou agregada (Ip > 0,5). Assim, foi  
plaquetas de PVC e numerados sequencialmente.  
As espécies amostradas foram coletadas  
avaliado o padrão de distribuição de 13 espécies.  
Para conhecimento sobre a distribuição dos  
conforme técnicas usuais para plantas vasculares táxons nos principais domínios fitogeográficos  
Peixoto & Maia, 2013). Em laboratório, foram brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Floresta  
(
identificadas a partir de referências bibliográficas Atlântica, Pampa e Pantanal) foram utilizados os  
especializadas (Barroso et al., 1999; Barbosa et dados da Lista de espécies da Flora do Brasil (2020)  
al., 2013; Morokawa et al., 2013; Silva et al., e literatura especializada. Para essa análise foram  
2
014) e comparação com o acervo do Herbário considerados, apenas, os táxons identificados até  
do Maranhão (MAR) (Almeida Jr., 2015) da epíteto específico.  
Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A  
organização das famílias seguiu a classificação  
do APG IV (APG, 2016) e após identificação, reSultadoS  
as amostras foram depositadas, como coleção  
testemunho, no Herbário MAR.  
Foram identificadas 22 espécies, distribuídas  
em 18 gêneros e 14 famílias de plantas arbustivas  
e arbóreas (Tabela 1), correspondendo a 200  
Análise dos dados  
A estrutura horizontal foi analisada a partir indivíduos amostrados. Dentre as espécies  
dos parâmetros fitossociológicos calculados para registradas, Attalea speciosa, Coccoloba  
cada espécie amostrada. Foram determinados os ramosissima, Guettarda angelica e Himatanthus  
parâmetros de frequência relativa (FR), densidade drasticus são caracterizadas como endêmicas do  
relativa (DR), dominância relativa (DoR), valor de Brasil.  
cobertura (VC) e valor de importância (VI) além  
As famílias mais ricas em número de espécies  
do índice de Shannon-Wienner (H’) e equabilidade foram Myrtaceae, com quatro espécies, seguida de  
de Pielou (J), através do pacote FITOPAC 2.1 Arecaceae, Fabaceae, Ochnaceae, Polygonaceae  
(Shepherd, 2009). e Rubiaceae, com duas espécies, cada. As demais  
Foram construídos histogramas de distribuição famílias apresentaram apenas uma espécie. Quanto  
dos indivíduos por classes de diâmetro, com ao número de indivíduos, Arecaceae (com 56  
intervalos de 10cm e por classes de alturas, com indivíduos), Myrtaceae (com 39), Fabaceae (36)  
intervalos de 1m. Esses valores de intervalos foram e Apocynaceae (com 35) foram as famílias que  
adotados no intuito de seguir o padrão de outros se destacaram no arranjo estrutural da restinga,  
estudos realizados em áreas de restinga da região contabilizando 82,5% dos indivíduos amostrados.  
-
1
Nordeste do Brasil (Zickel et al., 2015; Santos- O índice de Shannon foi 2,401 nat.ind e a  
Filho et al., 2015; Santos et al., 2015; Machado & equabilidade de Pielou resultou em 0,749.  
Almeida Jr., 2019; Almeida Jr. et al. 2020; Paiva &  
Dentre as espécies com maior abundância  
Almeida Jr., 2020).  
destacaram-se Himatanthus drasticus (35), Attalea  
Para melhor descrição fitossociológica speciosa (33), Chamaecrista ramosa (33), Eugenia  
e conhecimento das espécies ocorrentes na biflora (27) e Astrocaryum vulgare (23). Essas  
restinga estudada caracterizou-se a estrutura da espécies também apresentaram destaque quanto  
comunidade com base no Valor de Importância ao Valor de Importância (VI) ecológico, porém  
564  
L. Belfort et al. - Vegetação lenhosa em uma restinga no litoral Amazônico  
Tabela 1. Espécies amostradas na área de restinga em Panaquatira, São José de Ribamar, Maranhão.  
Parâmetros fitossociológicos: Número de indivíduos (Ni); Frequência Relativa (FR); Densidade Relativa  
(DR); Dominância Relativa (DoR); Valor de Cobertura (VC); Valor de Importância (VI). Domínios  
fitogeográficos: Amazônia (AM); Caatinga (CAA); Cerrado (CR); Floresta Atlântica (FA); Pampas (PA);  
Pantanal (PN). Espécies ordenadas por Valor de Importância.  
Domínios  
fitogeográficos  
AM CAA CR FA PA PN  
Voucher  
MAR  
FR DR DoR VC  
(%) (%) (%) (%) (%)  
VI  
Espécies  
Famílias  
Ni  
Astrocaryum vulgare Mart.  
Arecaceae  
Arecaceae  
9336  
9337  
9328  
X
X
X
-
-
X
X
X
-
-
-
-
-
-
-
-
-
23 12,08 11,5 37,5 24,5 20,36  
33 14,77 16,5 26,94 21,7 19,4  
35 18,12 17,5 8,55 13 14,72  
Attalea speciosa  
Mart. ex Spreng.  
Himatanthus drasticus  
Apocynaceae  
X
(Mart.) Plumel  
Chamaecrista  
ramosa (Vogel) H.S.  
Irwin & Barneby  
Fabaceae  
9320  
X
X
X
X
-
X
33 11,41 16,5 4,15 10,3 10,68  
9
9
325,  
324  
Eugenia biflora (L.) DC.  
Myrtaceae  
Malpighiaceae  
Myrtaceae  
X
X
X
X
-
X
X
X
-
X
X
X
X
X
X
-
-
X
X
X
-
-
-
-
X
-
27 12,75 13,5 4,57  
9
10,27  
4,7 3,5 5,8 4,6 4,66  
4,03 0,91 2,4 2,98  
4,03 3,5 0,59 2,7  
Byrsonima crassifolia  
9319  
323,  
7
8
7
5
1
1
(L.) Kunth  
9
Myrcia multiflora (Lam.) DC.  
-
4
9
332  
Matayba guianensis Aubl.  
Sapindaceae  
Ochnaceae  
9731  
-
X
-
2
Ouratea hexasperma  
9331  
-
-
3,36 2,5 0,32 1,4 2,05  
0,67 0,5 4,66 2,5 1,94  
0,67 0,5 4,19 2,3 1,78  
(A.St. Hil.) Baill.  
Anacardium occidentale L. Anarcardiaceae 9317  
X
-
X
-
X
-
X
-
X
-
Pouteria ramiflora  
Sapotaceae  
Fabaceae  
9726  
9318  
(Mart.) Radlk.  
Andira  
surinamensis (Bondt)  
Splitg. ex Amshoff  
Myrcia cuprea  
X
X
X
-
-
-
3
2,01 1,5 0,37 0,9 1,29  
Myrtaceae  
Combretaceae  
Ochnaceae  
Nyctaginaceae  
Myrtaceae  
9333  
9322  
9330  
X
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3
3
3
2
1
1
1
1
2,01 1,5 0,34 0,9 1,28  
2,01 1,5 0,15 0,8 1,22  
2,01 1,5 0,09 0,7 1,2  
(O.Berg) Kiaersk.  
Combretaceae  
Ouratea fieldingiana  
-
-
-
X
-
(Gardner) Engl.  
9723,  
Guapira sp.  
-
-
-
1,34  
1
0,08 0,5 0,8  
9
728  
Eugenia stictopetala  
Mart. ex DC.  
9326  
X
X
X
-
X
-
X
-
X
X
X
-
0,67 0,5 0,3 0,4 0,49  
0,67 0,5 0,28 0,3 0,48  
0,67 0,5 0,11 0,3 0,42  
0,67 0,5 0,03 0,2 0,4  
Coccoloba  
ramosissima Wedd.  
Polygonaceae  
Rubiaceae  
9732  
9733  
9327  
Chomelia obtusa Cham.  
X
X
X
-
&
Schltdl.  
Guettarda angelica Mart.  
ex Müll. Arg.  
Rubiaceae  
Protium  
heptaphyllum (Aubl.)  
Marchand  
Burseraceae  
9329  
9321  
X
X
X
X
X
X
X
-
-
-
-
-
1
1
0,67 0,5 0,03 0,2 0,4  
0,67 0,5 0,03 0,2 0,4  
Coccoloba latifolia Lam.  
Polygonaceae  
565  
Bol. Soc. Argent. Bot. 56 (4) 2021  
em uma ordem diferente, a saber: Astrocaryum (Fig. 2). Os maiores valores diamétricos foram  
vulgare (20,36%), Attalea speciosa (19,40%), registrados em dois indivíduos, representados por  
Himatanthus drasticus (14,72%), Chamaecrista Pouteria ramosa sp., com 110cm e Astrocaryum  
ramosa (10,68%), Eugenia biflora (10,27%) e vulgare, com 89,17cm. Sobre as plantas  
Byrsonima crassifolia (4,66%) (Tabela 1).  
ramificadas desde a base, obteve-se um total de  
As espécies de maior VI representaram mais da 41 indivíduos (20,5%), destacando-se Eugenia  
metade (80,11%) do total do Valor de Importância. biflora, Himatanthus drasticus, Chamaecrista  
As espécies avaliadas como intermediárias foram ramosa, Myrcia multiflora, Attalea speciosa,  
representadas por 16 espécimes (19,89% do VI). Astrocaryum vulgare e Matayba guianensis.  
A dominância por poucas espécies indica que a  
A altura dos indivíduos registrados neste estudo  
comunidade estudada apresenta uma estrutura variou de 0,3m a 16m, com altura média de 3,16m.  
oligárquica. Astrocaryum vulgare representa a A maior frequência de altura dos indivíduos  
espécie mais importante devido a dominância amostrados corresponde a segunda (1,1-2m) e  
relativa (37,50%), assim como Attalea speciosa terceira (2,1-3m) classes, com 65 e 49 indivíduos,  
que apresentou dominância relativa de 26,94%. respectivamente, totalizando 77,5% (Fig. 3). O  
Himatanthus drasticus foi a espécie que se indivíduo de menor altura foi representado por  
destacou quanto a frequência e densidade relativa, Chamaecrista ramosa, amplamente registada na  
com 18,12% e 17,50%, respectivamente.  
área, desenvolvendo-se em grandes moitas e com  
Os valores de diâmetro variaram de 3,18 cm grande representatividade na restinga. A última  
a 110 cm. O maior número de indivíduos (73%) classe contemplou dois indivíduos com alturas  
concentrou-se na primeira classe diamétrica, com superiores a 10m, um espécime de Anacardium  
intervalo de 3cm a 13cm; para a segunda classe, occidentale com 15m e outro espécime de  
foram registrados 16,5% do total de indivíduos Byrsonima crassifolia com 16m.  
Fig. 2. Distribuição dos indivíduos arbustivos e arbóreos por classe de diâmetro (10 cm) na restinga de  
Panaquatira, São José de Ribamar, Maranhão.  
566  
L. Belfort et al. - Vegetação lenhosa em uma restinga no litoral Amazônico  
Fig. 3. Distribuição dos indivíduos arbustivos e arbóreos por classe de altura (1m) na restinga de  
Panaquatira, São José de Ribamar, Maranhão.  
Foi avaliado o padrão de distribuição local de percebe-se a influência de espécies do domínio  
1
3 espécies, das quais 12 encontram-se distribuídas Amazônico, Cerrado e Caatinga na colonização da  
aleatoriamente na área. A única espécie com padrão restinga de Panaquatira, demonstrando a condição  
de distribuição diferenciado foi Chamaecrista ecotonal, diante das particularidades quanto a  
ramosa, apresentando distribuição do tipo agregada, paisagem, fisionomias e diversidade, e essa mistura  
com Ip igual a 0,51. Na análise de distribuição nos reforça uma configuração de vegetação em mosaico  
principais domínios fitogeográficos brasileiros, para a área de estudo.  
2
0 espécies foram analisadas. Deste total,  
Anacardium occidentale, Byrsonima crassifolia  
e Chamaecrista ramosa apresentaram registro diSCuSSão  
em quase todos os diferentes tipos de vegetação  
no Brasil. Cinco espécies (Chomelia obtusa,  
As famílias mais ricas registradas no presente  
Eugenia stictopetala, Matayba guianensis, Myrcia estudo também se destacam nas restingas do litoral  
multiflora e Protium heptaphyllum) apresentaram nordestino setentrional. No entanto, ressalta-se  
registro em quatro domínios fitogeográficos e aqui a ausência de estudos fitossociológicos da  
as demais espécies ocorrem em menos de três comunidade lenhosa em áreas do litoral amazônico,  
domínios fitogeográficos; destacando assim as impossibilitando assim comparações entre estudos  
variações quanto a amplitude de distribuição dessas que utilizaram os mesmos critérios metodológicos.  
espécies. A partir dos dados analisados, cerca de Apesar disso, considerando os estudos florísticos  
8
4% das espécies registradas neste estudo são para as restingas dos estados do Pará e Amapá,  
comuns ao domínio Amazônico, 79% ao Cerrado, as famílias Fabaceae, Rubiaceae, Myrtaceae,  
3% a Caatinga, 52% a Mata Atlântica, 21% aos Apocynaceae e Melastomataceae destacam-se  
Pampas e 5% ao Pantanal (Tabela 1). Com isso, como as mais representativas em número de  
6
567  
Bol. Soc. Argent. Bot. 56 (4) 2021  
-
1
espécies (Silva et al., 2010; Silva et al., 2021). 3,508 nat.ind (Almeida Jr. et al., 2011) e 3,018  
-
1
Reforçando a importância desse conjunto de nat.ind (Vicente et al., 2014). Considerando os  
plantas para a colonização das áreas litorâneas do estudos do Maranhão, o presente estudo (2,401  
-1  
nat.ind ) apresentou diversidade menor em  
Maranhão.  
A riqueza específica representada por Myrtaceae relação aos que foram registrados nas restingas  
-
1
já foi constatada para diferentes áreas de restingas de Curupu (2.9 nat.ind ), município de Raposa  
do litoral brasileiro (Giaretta et al., 2013; Santos (Machado & Almeida Jr., 2019), Itatinga (2.92  
-1  
et al., 2015). Em análises sobre a estrutura da nat. ind ), em Alcântara (Almeida Jr. et al., 2020)  
-
1
vegetação lenhosa no litoral nordestino, Myrtaceae e na restinga da praia da Guia (3.03 nat.ind ),  
também foi registrada como a mais rica nas em São Luís (Paiva & Almeida Jr., 2020). Os  
restingas da Bahia (Santos et al., 2015), Pernambuco valores de diversidade para essas regiões pode  
(
(
Almeida Jr. et al., 2011), Rio Grande do Norte estar relacionada a quantidade de espécies raras  
Medeiros et al., 2014), Alagoas (Medeiros et amostradas (Felfili & Rezende, 2003) devido ao  
al., 2010) e Paraíba (Vicente et al., 2014). Essa maior valor que o índice atribui a esse grupo de  
riqueza se deve pela grande quantidade de espécies plantas ou devido as particularidades de cada área.  
registradas no Brasil (Sobral et al., 2015). E por  
O valor obtido para a equabilidade (J’de 0,749)  
essas espécies se desenvolverem em diferentes pode representar uma área com pouca agregação  
tipos de ambientes, estando presente na maioria de espécies e distribuição aleatória da maioria  
das formações vegetais (Oliveira-Filho & Fontes, dos indivíduos na área (Medeiros et al., 2010). O  
2
000). Incluindo as áreas de solos arenosos padrão pode ser uma resposta às interações intra  
como as restingas (Rosário et al., 2005; Souza e interespecíficas, como competição, predação,  
et al., 2007; Amorim & Almeida Jr., 2021); que dispersão, crescimento, reprodução entre outras  
possuem solos ácidos, com baixa fertilidade e características.  
baixa disponibilidade hídrica (Scarano, 2002;  
Magnago et al., 2012; Santos-Filho et al., 2013).  
E diante das particularidades observadas no  
Maranhão, devido aos ambientes ecotonais, os  
Apesar de Myrtaceae ter apresentado maior valores do H’ encontrados representam uma alta  
riqueza específica na área amostrada, não foi a diversidade para as restingas; por se tratar de um  
família mais abundante, assim como verificado ecossistema com baixa disponibilidade hídrica,  
em outros estudos ao longo do litoral brasileiro escassez de nutrientes no solo, alta salinidade,  
(
2
Thomazi & Silva, 2014; Santos-Filho et al., fortes ventos que também podem estar associados  
013; Santos-Filho et al., 2015; Almeida Jr. et a outros fatores como inundações, queimadas,  
al., 2020; Paiva & Almeida Jr., 2020). Arecaceae pastagens, supressão da vegetação, construções  
foi a família que se destacou em abundância, imobiliárias e até o pisoteio (causados pelo fluxo  
sendo representada por Astrocaryum vulgare de pessoas caminhando no ambiente) (Santos-  
e Attalea speciosa. No Brasil, as espécies de Filho et al., 2013; Paiva & Almeida Jr., 2020).  
Arecaceae ocorrem em praticamente todas as  
formações vegetais (Souza & Lorenzi, 2012).  
A diversidade encontrada (2,401 nat.ind ) organização espacial das plantas acontecerem de  
foi similar aos valores registrados em estudos forma independente no ambiente (Araújo et al.,  
semelhantes realizados por Santos-Filho et al. 2014). Essa distribuição pode estar relacionada ao  
O teste de Morisita confirmou que as espécies  
se desenvolvem aleatoriamente, devido a  
-
1
-1  
2015) no Piauí (2.22 nat.ind ), Castro et al. tipo de agente dispersor (Jorge et al., 2015), nesse  
-1  
(
(
2012) no Ceará (2.8 nat.ind ) e por Almeida Jr. caso, o vento, que pode ser considerado como  
Zickel (2012) no Rio Grande do Norte (2,59 mais eficiente para áreas litorâneas; e também  
&
-
1
nat.ind ), nas restingas do litoral nordestino estar relacionada aos padrões estocásticos de  
setentrional. Ao analisar apenas o litoral, estabelecimento, crescimento/desenvolvimento e  
pode-se confirmar que as restingas da Bahia, competição das espécies na restinga do presente  
Alagoas, Pernambuco e Paraíba apresentam estudo. Com isso, a predominância de espécies  
maior diversidade quanto a composição lenhosa, com distribuição espacial aleatória destaca uma  
-
1
apresentando valores de 3,553 nat.ind (Santos et homogeneidade no ambiente, permitindo assim  
-
1
al., 2015), 3,330 nat.ind (Medeiros et al., 2010), que sejam analisadas quais espécies, a partir do  
568  
L. Belfort et al. - Vegetação lenhosa em uma restinga no litoral Amazônico  
número de indivíduos, podem ser “exploradas” ou e nordestino, destacaram Astrocaryum vulgare  
mantidos na área, de forma adequada e direcionada e Eugenia biflora como as de maior VI. Essa  
para que seja garantida a reprodução dessas semelhança justifica-se pela proximidade geográfica  
espécies.  
e por ambas as áreas pertencerem a mesma região  
Chamaecrista ramosa foi uma exceção na ecotonal. Diferente dos estudos realizados em  
amostragem, pois apresentou padrão de restingas do litoral nordestino (Almeida Jr. et al.,  
distribuição agregado. Esse tipo de distribuição 2011; Cantarelli et al., 2012; Santos et al., 2015;  
ocorre geralmente em espécies autocóricas, por Zickel et al., 2015), que não registraram nenhuma  
depositarem as sementes próximos à planta mãe, das espécies de maior VI catalogadas no presente  
estabelecendo o padrão agregado (Araújo et estudo. Isso demonstra as diferenças estruturais e  
al., 2014). Além disso, esse padrão pode estar as distintas influências recebidas pela vegetação,  
associado a ocorrência de diferentes microhábitats considerando o componente lenhoso ao longo do  
e condições edáficas (Lima & Prado, 2007). A litoral nordestino.  
dispersão de espécies de Fabaceae (como o gênero  
Quanto a caracterização da estrutura da  
Chamaecrista) em campos rupestres, por exemplo, comunidade com base no VI (Pereira et al., 2004),  
ocorrem mesmo com ventos fortes e ar mais foram observadas poucas espécies dominantes. Isso  
seco (Dutra et al., 2009); condições ambientais se deve, provavelmente, aos fatores adversos aos  
semelhantes as quais Chamaecrista ramosa está quais a comunidade está submetida (Scarano, 2009),  
submetida na restinga estudada, explicando assim como solo arenoso de baixa fertilidade, escassez de  
o maior destaque dessa população na área. Cabe água, alta salinidade, intensa ação do vento, comuns  
destacar, também, que espécies que apresentam ao ecossistema de restinga (Castro et al., 2012;  
reprodução vegetativa, pode ter uma tendência Menezes et al., 2012; Medeiros et al., 2014). O  
à formação de padrões agregados; visto que os estabelecimento de espécies dominantes pode ter  
indivíduos se desenvolveriam mais próximos entre possibilitado condições para o desenvolvimento de  
si.  
espécies menos resistentes às condições ambientais  
As espécies Astrocaryum vulgare, Attalea extremas das restingas (Araújo et al., 2016).  
speciosa, Himatanthus drasticus, Chamaecrista  
As distribuições de diâmetro e altura do presente  
ramosa, Eugenia biflora e Byrsonima crassifolia estudo mostraram que a comunidade é dominada  
foram as que mais contribuíram, quanto ao por indivíduos jovens de baixo porte e com  
valor de importância, no arranjo estrutural da troncos finos, semelhante vegetação de restinga  
restinga ecotonal. E Attalea speciosa, Coccoloba de Curupu (Machado & Almeida Jr., 2019). A  
ramosissima, Guettarda angelica e Himatanthus distribuição diamétrica decrescente, em forma  
drasticus são consideradas endêmicas do Brasil de J-invertido, caracteriza uma comunidade em  
(Flora do Brasil, 2020), destacando a importância equilíbrio entre mortalidade e recrutamento dos  
de conservação dessa restinga ecotonal. indivíduos (Rodrigues & Magalhães, 2011). Os  
Astrocaryum vulgare é uma planta pioneira e maiores valores de diâmetro foram registrados  
sua abundância na área pode estar relacionada em um indivíduo de grande porte, representado  
a capacidade de desenvolvimento em solos por Pouteria ramosa (110cm), e um indivíduo de  
pobres e/ou excesso de perfilhos que facilitam a muitas ramificações, representado por Astrocaryum  
regeneração (Shanley & Medina, 2005). Attalea vulgare (89,17 cm). A quantidade de indivíduos  
speciosa também é considerada uma espécie ramificados pode ter relação com a capacidade de  
pioneira e uma colonizadora eficiente (Ribeiro & rebrota de cada espécie, sendo uma estratégia de  
Walter, 1998; Mitja & Ferraz, 2001) de ambientes crescimento, diante das particularidades das áreas  
arenosos. Himatanthus drasticus destaca-se por de restinga.  
sua capacidade de rebrota a partir das raízes  
Em relação aos domínios fitogeográficos, a  
(
Moro et al., 2011), o que contribui para seu espécie Anacardium occidentale foi a única com  
desenvolvimentos em áreas de restinga.  
registros para todos os domínios. Esse fato pode  
No Maranhão, Machado & Almeida Jr. (2019) estar relacionado a distribuição dessa espécie em  
ao analisarem o estrato lenhoso de uma restinga em regiões tropicais e subtropicais (Souza & Lorenzi,  
uma região de transição entre os litorais amazônico 2012), por ser nativa e de grande importância  
569  
Bol. Soc. Argent. Bot. 56 (4) 2021  
econômica (Araújo et al., 2010), sendo mantidas nas e supervisão geral. EBAJ contribuição com a  
áreas litorâneas onde já existem ou sendo inseridas conceituação o desenho experimental, revisão  
e cultivadas, onde não se encontrava de forma crítica, adição de conteúdo intelectual e supervisão  
natural, devido ao potencial econômico do fruto geral.  
(Zickel et al., 2015). Entre as espécies amostradas,  
nenhuma é restrita a um único bioma, assim como  
não há registro de endemismo. E por estar situada agradeCimentoS  
em uma área ecotonal do litoral maranhense, muitas  
espécies são comuns aos domínios Amazônico e  
Os autores agradecem a Fundação de Amparo  
Cerrado, porém com maior proporção de plantas à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico  
Amazônicas; conferindo maior singularidade a e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA pelo  
essas restingas.  
financiamento do projeto. À Coordenação de  
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –  
CAPES (finance code 001). Ao CNPq e ao FINEP.  
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e  
ao Laboratório de Estudos Botânicos (LEB) pela  
ConCluSão  
Aestrutura da restinga entre os litorais amazônico estrutura física e recursos humanos, em especial a  
e nordestino mostra que a área apresenta um valor Ariade Silva, Bruna Freire, Gustavo Lima e Ana  
de diversidade que deve ser considerado alto por Cássia Medeiros.  
ser tratar de área ecotonal. E apresentaram valores  
de diversidade similares a outras áreas de restingas  
do nordeste. A vegetação estudada mostra uma bibliografia  
estrutura oligárquica, dominada por indivíduos  
jovens de porte baixo e calibres finos, representando ALMEIDA JR, E.B., SANTOS-FILHO, F.S.,  
uma comunidade com espécies advindas da floresta  
amazônica e do cerrado, cujas particularidades  
reforçam a necessidade de conservação.  
ARAÚJO, E.L. & ZICKEL, C.S. 2011. Structural  
characterization of the woody plants in restinga of  
Brazil. J. Ecol. Nat. Environ. 3: 95–103.  
Apesar da ausência de estudos com os mesmos  
critérios metodológicos, impossibilitando  
comparações com as restingas do litoral amazônico,  
as famílias registradas no presente estudo também  
se destacaram na composição florística das áreas  
da costa amazônica e da costa nordestina. Isso se  
https://doi.org/10.5897/JENE.9000098  
ALMEIDA JR., E.B. ꢀ ZICKEL, C.S. 2012. Análise  
fitossociológica do estrato arbustivo-arbóreo de uma  
floresta de restinga no Rio Grande do Norte. Agrária  
7: 286–291.  
https://doi.org/10.5039/agraria.v7i2a1218  
deve a facilidade de desenvolvimento das espécies ALMEIDA JR., E.B. 2015. Herbário do Maranhão,  
dessas famílias diante das condições limitantes  
Maranhão (MAR). U. BioSci. 4: 129–132.  
dos ecossistemas litorâneos. A análise do valor de ALMEIDA JR., E.B., CORREIA, B.E.F. & SANTOS-  
importância indica possíveis diferenças estruturais  
entre a restinga ecotonal da costa maranhense com  
as restingas do litoral nordestino. No entanto, faz-se  
necessário mais estudos nas áreas ecotonais para  
FILHO, F.S. 2020. Diversity and structure of  
the woody component of a restinga in Alcântara,  
Maranhão State, Brazil. Acta Brasiliensis 4: 85-90.  
https://doi.org/10.22571/2526-4338261  
elucidar questões referentes ao arranjo estrutural e AMORIM, G.S. & ALMEIDA JR., E.B. 2021. A família  
distribuição das espécies nas restingas da costa do  
Maranhão.  
Myrtaceae nas restingas da Ilha do Maranhão,  
Brasil. Iheringia. Sér. Bot. 76: e2021008.  
ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP (APG) IV.  
2
016. An update of the Angiosperm Phylogeny  
Contribuição doS autoreS  
Group classification for the orders and families of  
flowering plants: APG IV. Bot. J. Linn. Soc. 181:  
1-20. https://doi.org/10.1111/boj.12385  
LF contribuição com a coleta de dados, análise e  
interpretação dos dados, elaboração do manuscrito. ARAUJO, A.C.M., SILVA, A.N.F. ꢀ ALMEIDA JR.,  
FRFN revisão crítica, adição de conteúdo intelectual  
E.B. 2016. Caracterização estrutural e status de  
570  
L. Belfort et al. - Vegetação lenhosa em uma restinga no litoral Amazônico  
conservação do estrato herbáceo de dunas da Praia  
de São Marcos, Maranhão, Brasil. Acta Amaz. 46:  
47–258.  
https://doi.org/10.1590/S0102-33062012000100013  
CORREIA, B.E.F., MACHADO, M.A. & ALMEIDA  
JR., E.B. 2020. Lista florística e formas de vida da  
vegetação de uma restinga em Alcântara, litoral  
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Bras. Geogr. Fís. 13: 2198-2211.  
https://doi.org/10.26848/rbgf.v13.5.p2198-2211  
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Itacolomi, MinasGerais, Brasil. Rodriguésia60:371-  
387. https://doi.org/10.1590/2175-7860200960210  
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https://doi.org/10.1590/S0102-33062013000100011  
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